Salsa: tempero da saúde
O plantio da salsa no Espírito Santo tem destaque no município de Santa Maria de Jetibá, responsável por 82,85%. O Rio de Janeiro, principalmente na Região Serrana, se produz mais de 90% das verduras consumidas pela população fluminense.
A salsa, ou salsinha como é popularmente conhecida, é uma erva aromática bastante utilizada como tempero na culinária brasileira, mas o que poucos sabem é que ela é uma aliada da saúde por conter uma série de benefícios, entre os quais as vitaminas C e K.
Segundo a nutricionista Matilde Alves a salsa é rica em vitaminas do complexo C que ajuda a proteger o organismo de infecções. “A vitamina C ajuda a manter a saúde dos ossos, cartilagens e mucosas e facilita a absorção de ferro. Além disso, possui uma grande quantidade de vitamina K, que auxilia a regular os processos de coagulação do sangue”, relata a nutricionista.
O plantio da salsa no Espírito Santo tem destaque no município de Santa Maria de Jetibá, responsável por 82,85% do total comercializado nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES). Só nos primeiros cinco meses do ano circularam, pelo entreposto da Ceasa em Cariacica, 288.753,69 quilos de salsa ofertados pelo município.
Em seguida vem o município de Marechal Floriano, que ofertou no entreposto central 10.835 quilos. Outros municípios como Alfredo Chaves, Cariacica, Domingos Martins, Santa Teresa, Viana, Itarana, Santa Leopoldina e Afonso Cláudio, que ajudaram a totalizar 348.344,28 quilos do produto comercializados.
Para saborear e aproveitar os benefícios da salsa, a nutricionista indica uma receita bem fácil.
Manteiga aromatizada com salsa e cebolinha:
Ingredientes:
200g de manteiga ou 200 ml de azeite
1 colher de sopa de cebolinha picada
1 e 1/2 colher de sopa de salsa picada
4 dentes de alho picados
Preparo
Pique todos os ingredientes e reserve. Deixe a manteiga amolecer em temperatura ambiente. Em seguida misture bem os ingredientes à manteiga e coloque para gelar. Assim, estará pronta para usar.

Vídeo foi lançado pela Amil nas redes sociais, elaborado pela agência Artplan de publicidade, mostra crianças desenhando o que mais gostam de comer. Os exemplos são: pizza, chocolate, maionese, batata frita, mostarda. Nenhuma conhecia outro tipo de alimento se não fast food. Projeto faz parte de campanha contra a obesidade, idealizada pela empresa de medicina privada, uma das maiores do país.
Em uma campanha sobre a obesidade infantil, crianças são estimuladas a desenharem os alimentos que mais gostam e, em seguida, outros como beterraba, rúcula e inhame. Enquanto o primeiro pedido teve como resultado representações de pizzas e hambúrgueres, o segundo não foi bem sucedido porque as crianças não conheciam aqueles ingredientes e não conseguiram reproduzi-los no papel.
Foi pedido para que as crianças desenhassem o que é uma beterraba, chuchu, inhame, couve-flor. Abobrinha, que elas nunca ouviram falar. O resultado inicial delas, foi torcer o nariz para o pedido inusitado. Mas uma delas chegou a diser que conhecia alface, o que significa que nem tudo está perdido.
O vídeo, batizado de "Desenhos da Verdade", foi lançado pela Amil das redes sociais nesta quinta-feira (11/6), e faz parte de uma campanha da empresa contra a obesidade infantil iniciada em 2014.
As crianças que participaram da filmagem têm 6 anos, aproximadamente. O desenho foi mostrado em seguida aos pais, que se surpreenderam com o resultado. Um deles teve uma reação coerente: "Quem educa os filhos são os pais"; uma mãe larga a seguinte pérola: " Está faltando legumes na vida deles", quando ela mesma deveria ter incentivado desde o início. Outra, mais categórica: " Ele vai comprar comigo", garantiu a partir do que viu no desenho do filho. Nenhum deles nunca havia ensinado os filhos a se alimentar melhor.
“Quando a propaganda consegue a relevância de se tornar uma real contribuição à educação, à saúde, ao bem-estar e à qualidade de vida, é muito gratificante”, comenta Alessandra Sadock, Diretora de Criação da Artplan, agência que criou o vídeo.
Ainda no vídeo, uma especialista diz que as crianças têm que saber a origem dos alimentos além do pacote que conhecem.
Campanha CeasaCompras.com
Por conta dessa iniciativa, o CeasaCompras vai iniciar uma campanha em seu portal, no Face e no Blog CeasaCompras, visando orientar pais e filhos sobre o tipo importante de alimentos sobre a saúde. Incrementando o que vem fazendo desde o início. A campanha terá a seguinte chamada: " O que é isso, mamãe?". A Amil, por exemplo, está tentando praticar uma medicina preventiva. Aguardem.
Começa
nesta quarta-feira (10/6), em São Paulo, o principal evento de negócios
ligados ao setor de orgânicos no continente, a Biobrazil Fair/Biofach
América Latina – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e
Agroecologia. Novamente, a feira se instala no Pavilhão da Bienal, no
Parque do Ibirapuera, na zona sul. Entre 10 e 13 de junho (sábado
agora), das 11h às 19h, os visitantes poderão conhecer – dá para
arriscar dizer – absolutamente tudo o que se produz de alimentos
orgânicos no Brasil, desde in natura até processados. Além disso, outros
artigos, como roupas (incluindo moda íntima), cosméticos feitos com
ingredientes orgânicos, produtos de limpeza, brinquedos, e até pasta de
dentes orgânica e ração para pets! O bacana é que, ao contrário de
várias outras feiras de negócios, onde só entram representantes de
empresas interessadas, esta é gratuita e aberta ao público. Ou seja, dá
para ter um “curso intensivo” sobre tudo o que se produz no segmento no
Brasil e também em outros países.
Há vários estandes que promovem
degustação e outros que vendem ali seus produtos a preços promocionais.
Até um food truck da Mãe Terra, no estande da Sociedade Nacional de
Agricultura (SNA), estará lá, servindo alimentos orgânicos e naturais.
Já o Pão de Açúcar leva seu caminhão sustentável para oferecer aulas
rápidas e gratuitas de gastronomia orgânica. Outra novidade é a máquina
que extrai leite de grãos, no estande da Sabor Vida, ideal para pessoas
intolerantes à lactose ou que adotam dietas vegetarianas e veganas. Ou
também para quem simplesmente gosta de leite de aveia, arroz, castanhas,
etc.
Ou seja, se o visitante estiver interessado em finalmente
começar a adotar uma alimentação mais saudável, livre de resíduos de
agrotóxicos e produzida com maior respeito pelo meio ambiente, agora é a
hora de se inteirar do assunto e já adquirir alguns alimentos ou pelo
menos contatar diretamente seus fornecedores. A Biobrazil Fair/Biofach
vai reunir 122 expositores, informa a Francal Feiras, organizadora do
evento, em parceria com a NürnbergMesse – dona da marca Biofach e
promotora de várias feiras do gênero, entre elas a Biofach Nuremberg, a
principal feira do segmento de orgânicos do mundo.
Eventos
Durante a feira, ocorrem vários eventos – o único aberto ao público é o 11º Fórum Orgânico e Sustentável:
DIA
10 (quarta-feira) – Às 9h, no auditório do 2º andar, haverá debate
sobre a nova lei de alimentação escolar, sancionada pelo prefeito
Fernando Haddad; – Das 14h às 18h, ocorrerá o 11º Fórum Internacional de
Agricultura Orgânica e Sustentável. Veja programação completa no link
acima. – A partir das 13h, assunto que interessa a quem quer comprar e
vender orgânicos: a rodada de negócios, promovida pela Francal Feiras e
pelo Sebrae. Entre os dias 11 e 12, empresários, compradores, produtores
e varejo conversam entre si para fechar negócios no segmento.
DIA
11 (quinta-feira) – Às 9h, encontro com agricultores orgânicos, tendo
em vista a aprovação da lei da merenda escolar orgânica no município de
São Paulo. Será mapeada a oferta de produtos debatida a inserção destes
produtos e produtores na alimentação escolar paulistana; – Às 12h30,
autoridades mundiais do setor de orgânicos recebem a imprensa no estande
da Organics Brasil. Entre os assuntos, os dez anos do projeto, o
cenário mundial do segmento de orgânicos, certificações e a contribuição
da Biobrazil Fair/Biofach no desenvolvimento da agricultura orgânica
brasileira; – Das 14h às 18h, prossegue o 11º Fórum Internacional de
Agricultura Orgânica e Sustentável (programação no link acima); –
Prossegue a partir das 13h a rodada de negócios.
No mesmo
Pavilhão da Bienal ocorre, paralelamente, a Naturaltech 2015 – 11ª Feira
de Alimentação Saudável, Suplementos, Produtos Naturais e Saúde, único
evento brasileiro de negócios voltado ao segmento de produtos naturais.
Além
disso, será lançado o Anuário de Produtos Orgânicos, Naturais e
Sustentáveis, editado pelo Espaço Orgânico, Natural e Sustentável. Este
catálogo, atualizado, traz vários fornecedores de orgânicos, com
contatos para interessados, além de duas pesquisas: uma sobre tendência
de consumo interno de orgânicos e outra sobre lojas de orgânicos, ambas
realizadas pela Nielsen e Kantar Indicator.
SERVIÇO: Informações pelo telefone (11) 2226-3100; site www.biobrazilfair.com.br (no site há também a descrição de produtos e lançamentos da Biobrazil/Biofach) e www.naturaltech.com.br Estacionamento dentro do Parque Ibirapuera, com zona azul.
Itens
básicos de alimentação ficaram mais caros, segundo levantamento do
Dieese; os vilões do aumento de preços foram tomate, pão francês, carne,
leite e óleo. O CeasaCompras avisou sobre a questão da especulação com
os preços do tomate e a tendência de aumento da carne bovina devido a
venda de bezerros com cotação alta.
O preço da cesta básica em
maio subiu em 17 das 18 cidades pesquisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foi a
segunda elevação consecutiva. Segundo a Pesquisa da Cesta Básica de
Alimentos, divulgada nesta terça-feira, 9, as maiores altas foram
registradas em cidades do Nordeste: Salvador (10,69%), Fortaleza (8,89%)
e Recife (7,73%). Apesar disso, a única capital que teve queda no valor
do conjunto de bens alimentícios básicos, Aracaju(-1,58%), também fica
na região.
Nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o
mesmo período de 2014, todas as cidades acumularam altas que variaram
entre 7,20%, em Manaus e 29,95%, em Salvador.
No acumulado de 12
meses até maio, a situação é a mesma, com todas as cidades mostrando
elevação do preço na cesta básica. O principal destaque neste recorte
também ficou com Salvador, com alta de 25,41% no período. Na sequência,
aparece Goiânia (16,94%). E, apesar de ter registrado queda nos preços
em maio, Aracaju acumula em 12 meses a terceira maior elevação: 14,66%
Tomate e carne estão entre os itens que ficaram mais caros
Em
termos de valores, o maior custo da cesta básica em maio foi registrado
em São Paulo: R$ 402,05, seguido do Rio de Janeiro (R$ 395,23),
Florianópolis (R$ 394,29) e Vitória (R$ 387,92). Já os menores valores
médios foram verificados em Aracaju (R$ 277,16), João Pessoa (R$ 303,80)
e Natal (R$ 312,41).
De acordo com cálculos do Dieese, em maio, o
salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro
pessoas, segundo conceitos firmados na Constituição, deveria equivaler a
R$ 3.377,62, ou 4,29 vezes mais do que o valor do salário mínimo atual,
de R$ 788,00. Em maio do ano passado, o valor necessário para atender
às despesas de uma família chegava a R$ 3.079,31 ou 4,25 vezes o salário
mínimo então em vigor (R$ 724,00).
Produtos. Os produtos que
mais influenciaram a elevação no preço da cesta básica em maio, conforme
o Dieese, foram tomate, pão francês, carne bovina, leite e óleo de
soja. O destaque entre os vilões ficou com o tomate, que aumentou em
todas as cidades avaliadas com taxas de elevação que oscilaram entre
3,02% em Aracaju e 63,94% em Florianópolis. Segundo o órgão, apesar do
início da colheita da safra de inverno, a maturação do tomate é mais
lenta no frio. "Além disso, houve incidência de pragas, o que reduziu a
oferta do fruto. Por outro lado, aumentou a demanda de tomate no
Nordeste e no Rio de Janeiro", explicou o Dieese, em nota.
Estimativa da safra
2015 foi apresentada pelo Ministério da Agricultura e pela Conab nesta
terça-feira (9/6) deve ser de 44,28 milhões de sacas este ano. Efeitos
climáticos são responsáveis por essa queda acentuada na safra, o que
fatalmente irá ecoar no bolso do consumidor.
A produção de café
no Brasil, de acordo com a segunda estimativa divulgada pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), deverá chegar a 44,28 milhões de
sacas de 60 kg de café beneficiado. O resultado, que considera a
produção de café arábica e conilon, mostra uma redução de 2,3% em
comparação com a safra passada, de 45,34 milhões de sacas.
A
produção de café conilon apresenta recuo de 13%. Segundo o secretário de
Política Agrícola do Mapa, André Nassar, essa redução é decorrente das
altas temperaturas na região produtora do estado do Espírito Santo. A
forte estiagem no período de formação e enchimento dos grãos também
contribuiu para esse cenário.
Já o café arábica deverá apresentar
um acréscimo de 1,9% devido, principalmente, à evolução da cultura na
Zona da Mata mineira e também à produção do Paraná, que se recupera da
forte geada de 2013.
A produção de café arábica, que corresponde a
74,3% do volume produzido no país, está estimada em 32,91 milhões de
sacas. Nassar destacou também a produção em Minas Gerais, com o volume
estimado de 23,30 milhões de sacas.
O conilon, cuja produção é
estimada em 11,35 milhões de sacas, representa 25,7% do total nacional,
sendo o Espírito Santo o maior destaque, com uma produção de 7,76
milhões de sacas.
Área
A área em produção é de 1,942
milhão de hectares, com uma queda de 0,2% ou 4,81 mil ha em relação à
safra passada, quando chegou a 1,947 milhão.
Minas Gerais
concentra a maior área plantada, de 975,27 mil de hectares, predominando
a espécie arábica, com 98,64% do total no estado. Isso representa
50,2% da área cultivada no país.
O estado do Espírito Santo ocupa
a segunda colocação, com 433,27 mil hectares. O conilon capixaba cobre
uma área de 283,05 milha.
Lazer e bebidas não
alcoólicas terão o menor aumento no consumo.Despesas devem aumentar em
7% ao ano até 2019, mostra relatório da Mintel, sobre impacto da crise
econômica no país.
Enquanto os gastos dos brasileiros evoluíram a
uma média de 11% entre 2009 e 2014, esse aumento deve ser mais modesto
nos próximos anos, aponta o relatório Estilos de Vida dos Brasileiros:
Hábitos Online, antecipado ao G1 pela Mintel.
Durante os próximos
anos, até 2019, os gastos irão aumentar 37% – o que representa um
crescimento anual mais modesto, de 7% ao ano, segundo a pesquisa. Em
2019, a previsão é de que o total de gastos chegue a R$ 4.509,7
bilhões.
De acordo com o relatório, a economia mais lenta é a
grande responsável pelo crescimento mais moderado. "A inflação,
impulsionada pelo aumento dos custos de energia, o real mais fraco, a
escassez de água, crédito mais difícil e o aumento de impostos anunciado
recentemente, afetam a renda dos consumidores", diz a Mintel.
A
previsão de aumento no índice de desemprego nos próximos cinco anos
também deve forçar os consumidores a serem ainda mais cuidadosos com
seus gastos. Essa situação irá afetar também o crescimento de todos os
setores, com a maioria deles deparando-se com um futuro menos favorável
nos próximos anos.
Beleza e itens do lar no topo do consumo
Os
setores de produtos de beleza e itens para casa serão os mais
beneficiados com o crescimento do consumo até 2019, com evolução de 63% e
56%, respectivamente, mostra a pesquisa.
Mesmo assim, nesse
período, o setor de beleza e cuidados pessoais terá um crescimento mais
moderado ante o período de 2009 a 2014, segundo a Mintel, principalmente
devido às novas medidas fiscais que incluem o aumento dos preços dos
cosméticos importados.
Ainda assim, este setor irá crescer mais do que todos os outros.
A
média anual de crescimento prevista entre 2015 e 2019 é de 10,2%,
atingindo R$107,3 bilhões em 2019. Já a média anual de crescimento entre
2010 e 2014 foi de 13%.
Já o mercado de itens para casa recebeu
um estímulo nas vendas, no final de 2014, com o aumento do tempo médio
para o pagamento de empréstimos. "Mesmo com juros ainda altos, o número
de parcelas de pagamento de itens como eletrodomésticos e móveis
aumentou, tornando o pagamento mais vantajoso para os consumidores", diz
a Mintel.
No entanto, conclui o relatório, as novas medidas
fiscais anunciadas em janeiro – que incluem o aumento do IOF (Imposto
sobre Operações Financeiras) sobre novos empréstimos, limitando o acesso
a empréstimos para muitos consumidores.
A pesquisa apinta também
que, com a retirada gradual do IPI reduzido (benefício que estimulava
as compras no setor desde 2012), as compras de eletrodomésticos também
serão impactadas. "Apesar dessas medidas fiscais, o mercado de itens
para casa deverá ter um crescimento médio anual de 9% até 2019", diz o
relatório.
Lazer e bebidas não alcoólicas crescerão menos
O
setor de entretenimento e lazer terá um crescimento mais lento, de 20%,
se comparado aos outros setores, entre 2014 a 2019. Nos próximos anos, a
previsão é de que os consumidores passem a priorizar serviços e
produtos essenciais.
"A maioria dos brasileiros escolhe lazer e
entretenimento de acordo com seu orçamento, e como a situação atual
sinaliza tempos difíceis à frente, é provável que os consumidores
procurem atividades de lazer e entretenimento mais baratas", diz o
relatório.
Segundo a Mintel, o setor de bebidas não alcoólicas
continuará a ser afetado por vendas mais baixas e pela produção de
bebidas gaseificadas, sua categoria principal. Enquanto isso, a crise de
água nas regiões mais populosas irá provavelmente beneficiar o mercado
de água engarrafada, já que "muitos consumidores estão vendo na água em
garrafa uma solução para o problema", afirma o estudo.
O setor de
alimentação e bebidas foi o grupo que mais pesou na despesa das
famílias brasileiras em 2014. Em 2013 o mercado de refrigerante
representou R$ 31,06 bilhões do total de R$ 57 bilhões do setor de
bebidas não alcoólicas (participação de 54,5%), o segmento mais
representativo.
"O mercado de refrigerantes está sofrendo
retração em volume, o que vem acontecendo desde 2011, e o mesmo
aconteceu com o mercado em valor, em 2013", diz a pesquisa.
Roupas
e acessórios, tecnologia e comunicação, e férias são outros setores em
que um maior número de consumidores irá procurar promoções e descontos,
ou optar por adiar suas compras até que tenham uma maior renda
disponível.
Ajuste fiscal deve impactar produtos para casa
Algumas
medidas de ajuste fiscal anunciadas em janeiro de 2015 poderão afetar
fortemente o consumidor brasileiro, diz o estudo. Uma delas impacta o
setor de itens para a casa (eletrodomésticos, móveis e bens duráveis).
O
Ministro da Fazenda Joaquim Levy, anunciou o aumento da alíquota do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5%, para 3% ao ano,
tornando o crédito ao consumidor mais caro. Esse valor será cobrado além
dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Isso vai
dificultar as compras, principalmente pela classe média, de itens que
antes podiam ser pagos em várias vezes sem juros.
Além disso, com
a retirada gradual do IPI reduzido as vendas de items para a casa devem
ser negativamente impactadas. A previsão para os próximos cinco anos
(entre 2015 e 2019) é de que o setor cresça, em média, 9,3% ao ano, em
contraste com 11,8% de crescimento anual dos últimos quatro anos.
Finanças e habitação
Entre
2015 e 2019, o mercado de finanças pessoais e habitação terá um
crescimento anual de 6,4%, estima o estudo da Mintel. "A incerteza
econômica tornou os consumidores mais cautelosos sobre como investir no
mercado imobiliário e sobre seus gastos do dia a dia", conclui o
relatório.
Essa tendência deverá continuar em 2015 com o mercado
imobiliário mostrando sinais de estabilidade. As medidas fiscais, que
dobraram o imposto IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em todas as
operações de crédito, e um aumento na taxa de juros de hipotecas, pode
ter tido um efeito negativo sobre o mercado imobiliário, adiando os
planos de compra de imóveis dos consumidores.
"Empréstimos
pessoais também serão afetados pelo aumento do IOF, tornando o crédito
mais caro e menos acessível aos consumidores", destaca o levantamento.

Aterro sanitário é risco para aquífero no Rio, diz ambientalista. Professor ressalta importância de monitoramento de poluição na região. Esse não é o único crime ambiental: extração de areia no município está matando o Guandú e autoridades fingem que não estão vendo.
Veja matéria do G1
Após quatro anos de operação da Central de Tratamento de Resíduos em Seropédica, na Baixada Fluminense, ambientalistas advertem sobre a importância de monitoramento mais rigoroso com relação aos níveis de poluição do aterro sanitário, já que o mesmo fica localizado sobre o aquífero Piranema, uma reserva de água subterrânea com capacidade de abastecer a população carioca, em caso de necessidade.
De acordo com o ambientalista e professor de engenharia sanitária da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Adacto Ottoni, em 2014, quando ainda integrava a comissão do Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea), ele enviou um documento para o Instituto Estadual de Ambiente (Inea), ressaltando a importância de monitorar com maior rigor os níveis de poluição do solo e do aquífero.
“Como o aterro tem uma pilha enorme de lixo, pode estar vazando chorume para o ponto branco [área em que a água não recebe influência de agentes externos, como o lixo], que fica antes. Sugeri que eles jogassem o ponto branco para depois do Arco Metropolitano [autoestrada construída no entorno da região metropolitana do Rio], pois ali sim você não teria influência do aterro. Eles o botaram praticamente em cima do lixo", explica o professor, alegando que esta seria a forma mais correta e precisa de apurar os níveis de contaminação do aquífero.
Em nota, o Inea alegou que a gerência de Licenciamento de Saneamento e Resíduos não recebeu, até o momento, o referido documento. Ainda de acordo com Ottoni, apesar da qualidade boa da água, provavelmente não é mais possível utilizar o aquífero como manancial. “O problema do aquífero Piranema é que ele tem uma qualidade de água boa, mas, infelizmente, é complicado poder usar como manancial, pois tem um aterro de lixo em cima. No meu entender, o licenciamento ambiental não devia ter sido dado”, advertiu o professor, lembrando que o aquífero poderia ser usado como manancial alternativo.
Catadores de antigo lixão enfrentam dificuldades
Já os catadores do antigo Lixão de Seropédica, na Baixada Fluminense, têm enfrentado dificuldade para continuar sobrevivendo da coleta seletiva. Além de falta de matéria-prima, eles reclamam da falta de equipamentos e do espaço inadequado.
“A gente não tem caminhão, não tem condições de trabalhar aqui. O Inea empresta uma van duas vezes por semana e a gente faz a coleta assim. Quando não tem a van, a gente pede emprestado para uma firma que presta serviço para a prefeitura”, afirma a catadora Giovana Nunes. Segundo ela, na época que o lixão de Seropédica funcionava, cerca de 60 catadores viviam da coleta seletiva. Atualmente, em função da falta de matéria-prima para o trabalho, apenas nove fazem parte da cooperativa.
Após vistoria da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa ao local, a vice-presidente da CPI, deputada Lucinha (PSDB), afirma que constatou diversas irregularidades na cooperativa. “De acordo com o contrato, em 12 meses eles (a Ciclus, empresa que opera o STR de Seropédica) deveriam ter inserido os catadores no sistema de coleta seletiva. O contrato especifica que a CTR teria que viabilizar a coleta seletiva no município de Seropédica e de Itaguaí com uma central de catadores de material reciclável, o que não existe aqui”, criticou Lucinha.
Deputados constataram situação de abandono em cooperativa de reciclagem em Seropédica (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Deputados constataram situação de abandono em cooperativa de reciclagem em Seropédica (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Em nota, a Ciclus informou que projetou e implantou uma unidade de recebimento de material reciclável situada em terreno cedido pela prefeitura de Seropédica. De acordo com a empresa, o terreno fica próximo ao antigo lixão da cidade e das residências dos antigos catadores, para facilitar o deslocamento dos membros da cooperativa que já atuam no local. No entanto, a central de reciclagem fica a cerca de 30 minutos do CTR.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Seropédica não se pronunciou.
CPI investiga irregularidades em estação de tratamento
Em funcionamento há mais de quatro anos, o CTR de Seropédica, inaugurado em abril de 2011, passou a receber o lixo do Rio que era levado para os lixões de Gramacho e Gericinó. No entanto, segundo vistoria técnica realizada da CPI da Alerj, algumas irregularidades foram constatadas na operação do CTR.
De acordo com a licença de operação, a Ciclus, empresa que opera o CTR, deveria promover a limpeza e lubrificação dos veículos e equipamentos dentro da estação de tratamento. "A parte de manutenção e lubrificação dos veículos e dos equipamentos é, praticamente, uma espelunca. Dentro da estação de tratamento de resíduos sólidos deveria funcionar um departamento só para parte de lubrificação, manutenção e lavagem e não tem nada disso. O que nós encontramos foi um quebra-galho”, afirmou a deputada.
Ainda segundo a licença de operação, os caminhões que fazem o transbordo para o CTR precisam ter uma pintura de visualização para entrar na estação, o que a maioria das carretas que acessam o local não possuem. Outro questionamento feito durante a vistoria foi a quantidade de chorume tratado na estação. Segundo a licença, a Ciclus deveria tratar mil metros cúbicos de chorume por dia e atualmente estaria tratando apenas a metade desse volume.
CPI investiga tratamento de chorume na Estação de Tratamento de Seropédica (Foto: Léo Santos / Divulgação Alerj)
CPI investiga Estação de Tratamento de Seropédica (Foto: Léo Santos / Divulgação Alerj)
Sobre a programação visual das carretas que acessam a estação, a Ciclus informou que obteve autorização da Comlurb o início das operações sem a programação visual original. Já sobre a quantidade de chorume tratado, a empresa alegou que possui capacidade para fazer o tratamento de mil metros cúbicos de chorume por dia, mas o aterro atualmente está gerando entre 400 e 500 metros cúbicos apenas. A situação está sendo investigada pela CPI da Alerj, já que além disso, 90 metros cúbicos de chorume têm sido enviados para tratamento na Estação de Alegria da Cedae.