sexta-feira, 22 de maio de 2015
Frescor do Azeite 100% brasileiro
Fonte: Blog Paladar (Estadão)
A produção de azeite brasileiro cresceu e melhorou. Pela primeira vez, é possível montar um painel de degustação de azeites feitos no País. Prensados e engarrafados em diferentes regiões.
Em comum, todos têm a cor viva e o aroma generoso que revelam de cara: o azeite é fresco. O curto intervalo de tempo entre o campo e o prato é o maior trunfo do azeite produzido no Brasil – os importados enfrentam uma longa jornada até chegar ao consumidor. E azeite, quanto mais novo, melhor.
A colheita nacional terminou entre março e abril e os azeites recém-extraídos já estão na prateleira. No caso dos importados à venda aqui, na melhor hipótese, foram prensados em novembro. E mais: os brasileiros, engarrafados pelo próprio produtor, escapam das fraudes e adulterações corriqueiras no mundo do azeite denunciadas no livro Extravirgindade, do jornalista americano Tom Mueller.
A produção de azeite brasileiro atingiu neste ano um nível de qualidade inédito. Pela primeira vez, o País participou do Salão Internacional do Azeite Extravirgem, em Jaén, na Espanha, no início do mês. O Brasil levou uma seleção feita por Marcelo Scofano, professor de gastronomia no Rio de Janeiro.
“Há predominância de azeite de fruta madura, com características suaves e delicadas, mas marcantes, uma vez que a grande parte dos produtores usa arbequina”, diz o especialista. Ele ressalta que a produção deste ano tem azeites de frutado verde com muita personalidade, produzidos em Caçapava do Sul (RS), na Bocaina e na Mantiqueira. Para Scofano, o azeite brasileiro promete boa evolução. “A personalidade sensorial do terroir brasileiro está em formação, mas tem características muito próprias.”
Crescimento. As duas maiores regiões produtoras de azeite no País – Serra da Mantiqueira e sul do Rio Grande do Sul – já somam cerca de 20 plantas de refino, ou lagares. “Antes, o desafio era saber se a oliveira seria capaz de produzir em escala comercial em condições climáticas e solo brasileiro”, diz Paulo Freitas, degustador profissional de azeites. A confirmação já veio, agora o momento é de buscar a afirmação. “Temos pelo menos cinco marcas consolidadas no mercado. No ano passado, eram só três”.
Várias marcas nacionais de azeite ainda são vendidas apenas localmente ou nas próprias fazendas. E algumas poderão demorar para chegar às lojas.
Outra novidade é a certificação de marcas de azeite orgânico no País. “Havia um grande questionamento se seria possível produzir azeite orgânico no Brasil devido ao clima úmido. Mas neste ano, dois produtores já conseguiram certificação”, comemora Freitas.
“Cada safra é uma degustação nova, estamos descobrindo os sabores”, conta Carlos Diniz, presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), que tem 45 associados entre Minas Gerais e São Paulo.
Em busca do azeite brasileiro
Para montar esta seleção de azeites nacionais, dois especialistas visitaram produtores nas três regiões produtoras do País e escolheram os melhores. Paulo Freitas é degustador e Arnaldo Comin, dono do empório Rua do Alecrim, primeira loja da cidade especializada em azeites brasileiros. O repórter Daniel Telles e a repórter Paula Moura também participaram da avaliação. Veja a seguir os azeites extravirgens brasileiros que vale conhecer.
BORRIELLO
Carla Retuci largou o mercado financeiro para fazer azeite com o marido, Mario Borriello, em Andradas (MG). Neste ano, compraram a prensa e estão prensando arbequina e grappolo na fazenda, aberta a visitação.
Degustação
Blend grappolo e arbequina: frutado e amargor médios, leve picância. Equilibrado.
Informações:
Tel.: 98282-0872
R$ 36,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim); R$ 68 (500 ml, n’A Queijaria)
OLIQ
Três apaixonados por São Bento do Sapucaí (SP), Vera Masagão, Antônio Batista e Cristina Vicentin resolveram produzir azeite de arbequina numa propriedade na região. Plantam também koroneiki, grappolo e Maria da Fé. Fazenda é aberta a visitação.
Degustação
Grappolo: frutado médio a alto, amargor e picância leves. Notas de castanhas.
Informações:
R$ 33,90 (250 ml, no Empório do Alecrim); R$ 49 (250 ml, n’A Queijaria)
OLIVAIS DA BOCAINA
Aníbal Cury e Dominique Pierre Faga são donos da Olivais da Bocaina, em Silveiras (SP). Produzem azeites de arbequina e grappolo e esperam a frutificação de koroneiki. Há visitas guiadas e degustação.
Degustação
Grappolo: frutado e amargor médios e picância de leve a média. Tem boa complexidade.
Informações:
R$ 35 (250 ml, direto com o produtor); R$ 38,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim)
OURO DE SANT’ANA
Depois de 40 anos em uma multinacional, o agrônomo peruano Fernando Rotondo se instalou em Santana do Livramento (RS), plantou koroneiki, arbosana, coratina, arbequina, picual e frantoio. Neste ano, engarrafou azeites de arbequina e coratina, mais picante.
Degustação
Arbequina: frutado médio, amargor e picância leves.
Informações:
R$ 24,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim) e R$ 35,30 (500 ml, no Empório Santa Luzia)
PROSPERATO
A primeira safra comercial da família Marchetti foi em 2013. Além das três variedades disponíveis no mercado – arbequina, arbosana e koroneiki –, já têm olivais de picual, frantoio, manzanilla, coratina e galega. Recebem visitas no lagar em Caçapava do Sul (RS).
Degustação
Koroneiki: frutado, amargor e picância médios. Boa persistência de sabor. Blend arbequina e arbosana: frutado, amargo e picância médios.
Informações:
Preços ainda não definidos. A safra 2015 chega em julho no Empório Rua do Alecrim
FAZENDA MARIA DA FÉ
Reflorestadores, os Bonifácios se depararam com uma fazenda de olivais abandonados em Maria da Fé (MG). Apostaram no negócio e produzem azeite de arbequina, grappolo, koroneiki e coratina. Agora, buscam certificação orgânica. Aberta à visitação.
Degustação
Coratina: Frutado médio, amargor de médio a intenso, picância de média a intensa. Muito intenso. Para alguns, amargo demais.
Informações
11 99991-7608
R$ 35 (250 ml, com o produtor)
VERDE OLIVA
O casal Newton Litwinski e Fátima Garcia produz azeite orgânico numa fazenda em Delfim Moreira (MG). Aceitam encomendas por correio e fazem visitas agendadas.
Degustação
Arbequina: frutado leve, amargor leve a médio, picância leve.
Informações
tel.: 35 3624-1334
R$ 50 (250 ml, direto com o produtor)
PAIOL VELHO
Na propriedade da família de Luiz Menezes, em Cristina (MG), são plantadas azeitonas de quatro variedades. Sua primeira produção comercial, neste ano, é pequena (100 litros), mas deve crescer em dois anos.
Degustação
Blend de grappolo e koroneiki: frutado de leve a médio, amargor médio e picância leve. Bem equilibrado.
Informações
tel.: 12 99719-2083
R$ 70 (500 ml, direto com o produtor)
EPAMIG
A empresa produz azeites de seus olivais experimentais e também processa azeitonas de produtores da região.
Degustação
Maria da Fé: frutado médio, amargor leve e picância de leve a média. Notas verdes de azeitona, folhas verdes e maçã verde.
Informações:
tel.: 35 3662-1227
R$ 35 (250 ml, direto do o produtor)
COMO DEGUSTAR AZEITE
Tripé
As principais características sensoriais do azeite são notas frutadas, amargor e picância. E são esses elementos que se deve buscar ao provar um azeite. Quanto mais fácil surgirem os atributos, mais novo o azeite.
Frutado
Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo, tomate, amêndoas ou até chocolate. A presença de frutado é indicador de qualidade, azeite sem fruta não é bom. Mas tanto faz o tipo de fruta.
Amargor
É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso. Um bom azeite deve apresentar equilíbrio entre o amargor e a picância.
Picância
É sentida quase na garganta. A intensidade depende da variedade da azeitona. Amargor e picância intensos vão bem com pratos mais condimentados.
Cor
Tom esverdeado indica que o azeite foi recém-espremido. Com o tempo, que pode variar de seis meses a um ano, o óleo vai ficando mais dourado.
E a acidez?
Não é perceptível ao paladar. Trata-se de um parâmetro químico que determina a quantidade de gordura do azeite. Se for menor que 0,8%, o azeite é extravirgem. Quanto menor a acidez, melhor o azeite, mas não se trata de critério absoluto. O degustador Paulo Freitas ressalta: “um azeite com 0,2% de acidez pode ser menos agradável e até ter defeitos comparado ao que tenha 0,5%”.
Especial - Deu a louca nos preços dos hortigranjeiros
No Rio, os preços praticados dentro da central de abastecimento, no período de um mês, subiram até 30%, como constatamos em alguns produtos analisados. Mas, em um mercado italiano de São Paulo, inaugurado nesta semana, eles chegavam ao absurdo: o quilo da vagem era vendida por R$ 22,39. Como constatou um blogueiro do jornal Estadão.
Há algumas semanas a gente vinha chamando a atenção sobre aumento dos preços dos produtos negociados pelas centrais de abastecimento, principalmente na Região Sudeste do país. Em algumas, a dança dos preços, como em Minas Gerais e no Espírito Santo, chegava a destoar das centrais de São Paulo (Ceagesp) e do Rio de Janeiro (Irajá e Colubandê), com o tomate puxando a alta junto com outros produtos, como a batata e a cebola, por exemplo. Na dianteira, o tomate chamou mais a atenção e chegou a virar tema de reportagem de dois importantes jornais cariocas: O Globo e Extra. O CeasaCompras, se você for no portal (www.ceasacompras.com.br) e no Blog verá que a gente tinha denunciado e tentado explicar o que vinha ocorrendo com os preços do tomate, que tinha no município de Paty do Alferes, na Região Serrana Sil, o seu maior produtor. A gente apelidou o tomate de "caviar" carioca.
E agora, acompanhando o desenrolar dos preços, notamos que a situação é bem drástica no Rio e chega ao absurdo em São Paulo, onde um mercadão italiano inaugurado nessa semana (como noticiamos no Blog Qsacada - www.qsacada.blogspot.com.br) que chegou a cúmulo de vender o quilo da vagem manteiga a R$ 22,39; o do tomate, a R$ 16,70; dos melões, com preços variados (R$ 26,90, R$ 14,90, R$ 16,99); a melancia a R$ 21,39; a cereja, R$ 99,90 o quilo; e a maçã, dependendo da procedência (R$ 15,39, R$ 13,39 e R$ 11,90, respectivamente). A alegação é que os produtos são fresquinhos e, em alguns casos, importados.
Com nós estamos falando de São Paulo, fomos pesquisar os preços divulgados pela diretoria técnica da Ceagesp, a maior da América Latina e que é administrada pelo Governo Federal. Lá, o preço do quilo da vagem era de R$ 4,36, mesmo assim, ainda alto quando chega para o consumidor final. O tomate era vendido a R$ 5,10; a cenoura comum, R$ 2,72; o alho nacional (R$ 13,15), argentino (12,99) e o chinês (R$ 11); a batata tinha o preço variando entre R$ 0,87 e R$ 1,70; a cebola roxa, R$ 4,44; a cebola de Santa Catarina (R$ 5,18), argentina (R$ 5,29) e a holandesa (R$ 4,02).
Os preços dos ovos brancos e vermelhos, caixa com 20 dúzias, eram de R$ 73,44 e R$ 85, respectivamente. O abacaxi, unidade com dois quilos, custava R$ 4,66 (enquanto que na Ceasa capixaba, as mesma fruta sai por R$ 1,50); e a banana prata de Minas Gerais (R$ 2,70) e de São Paulo (R$ 2,18), o quilo.
Preços 30%, em média, mais caros no Rio
Nossa equipe do CeasaCompras também pesquisou os preços praticados pelas centrais de abastecimento do Irajá, na Zona Norte do Rio, a maior do estado, e do Colubandê, no município de São Gonçalo, Região Metropolitana, durante um mês, entre os dias 20 de abril e 20 de maio, onde detectamos um aumento de 30% em boa parte dos preços. Então, como existe a grita geral sobre o tomate que está sendo cobrado entre R$ 9 e R$ 10 o quilo, verificamos comora era vendida, há um mês, a caixa de 22 quilos do produto: antes, custava R$ 70 ( e mesmo assim os preços ainda eram altos nos chamados "sacolões" e nas feiras livres); mas agora, a caixa estava sendo vendida a R$ 100, com tendência de mais alta até o meio da semana que vem.
A cebola, que antes custava R$ 55, a saca de 20 quilos, passou a ser vendida a R$ 80 ( de Santa Catarina) e R$ 82 (Rio Grande do Sul),e a cebola roxa (R$ 85). Outro absurdo de preços: o alho importado, caixa com 10 quilos, que antes era vendido entre R$ 100 e R$ 130, hoje passou para R$ 120, o chinês, e R$ 140, o argentino. A vagem, que antes custava R$ 45, a caixa com 15 quilos, hoje baixou R$ 5 em relação ao preço anterior.
Para satisfação geral, constatamos quedas de preços, como a caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos, que antes era vendida por R$ 100,e agora estava saindo por R$ 90. No caso dos ovos brancos houve um aumento de apenas R$ 3, de um mês para cá: custa R$ 78.
Na fruta, o abacaxi pérola sofreu majoração de R$ 1 em relação ao preço anterior: está sendo vendido a R$ 4, a unidade com dois quilos.
Em relação ao feijão e o arroz, constatamos queda de R$ 12 na saca com 30 kg do produto, que está sendo vendida agora por R$ 100; enquanto que o mesmo pacote com 30 kg do arroz fino branco, que antes era vendido por R$ 59,70; hoje sai por R$ 62,40.
Nossa análise baseou-se nos preços anunciados pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio.
Alta faz tomate desaparecer de restaurantes do Rio
Há alguns dias o CeasaCompras vem analisando a alta de preços do produto. Uma majoração sem qualquer justificativa plausível em nosso estado, já que temos uma região produtora importante que fica em Paty do Alferes, na Região Serrana Sul. Agora, jornais do Rio, como O Globo, correm atrás para mostrar os problemas causados no comércio e para o consumidor. Veja matéria.
O tomate voltou a vestir a máscara de vilão dos preços altos, e os comerciantes fazem malabarismos para substituir o produto que — de tão caro — já é tratado como iguaria de luxo nos pratos dos cariocas. No atacado, os gerentes de restaurantes que, até a última sexta-feira (dia 15), compravam uma caixa de 22 quilos do tipo Carmem por R$ 75, encontraram o mesmo alimento ontem, na Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), em Irajá, por cem reais — alta de 33%.
Para não comprometer a qualidade dos pratos, cozinheiros estão usando artifícios como a troca de ingredientes.
— Estamos cozinhando com mais extrato de tomate, porque é mais barato e não faz tanta diferença nos pratos quentes. Também reduzimos o tomate no molho à campanha e disfarçamos a falta com mais cebola e pimentão — afirmou o subgerente Cleyson Martins, de 35 anos.
A secretária Rosane do Nascimento, de 60 anos, almoça todos os dias fora de casa e já percebeu que o produto tem se tornado um item cada vez mais raro nos restaurantes do Centro do Rio.
— Adoro tomate, mas à uma hora da tarde não tem mais a opção no bufê de saladas. Tenho notado que está faltando (no cardápio). Está difícil até comprar o alimento até para comer em casa — disse.
Nos balcões dos restaurantes a quilo, a alternativa é oferecer uma menor quantidade. O comerciante Adilson Ferreira, de 43 anos, decidiu expor os pratos com tomate no início do horário de almoço, mas, depois que acabam, não há substituição.
— O preço do tomate está quase o mesmo da carne. Se comprar via atravessador, sai a R$ 9 o quilo — afirmou ele.
O alimento está no período de entressafra, o que reduz a oferta no mercado e contribui para a escala de preço, segundo a Ceasa. De acordo com a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o custo do tomate subiu 17,9% apenas em abril e acumula uma alta de 48,65% desde janeiro deste ano.
— Para 2015, esperamos uma queda de 17% na safra. Eu recomendo que o consumidor substitua o fruto pelo molho de tomate, que teve uma alta menor, de 0,49% em abril — explicou Irene Machado, técnica do IBGE.
Custo continuará alto até junho
A expectativa da Ceasa é que o tomate comece a apresentar uma queda de custo a partir da segunda quinzena de junho, quando terão início as colheitas nas plantações do Noroeste do estado. De julho a setembro, normalmente, a retração no preço já costuma ser mais acentuada, pois a oferta de municípios do interior é somada às das cidades da região do Médio Paraíba. Para especialistas, pesquisar e comparar as ofertas nos supermercados, nas feiras e nos hortifrutis são as melhores estratégias para economizar.
— A busca ajudará o consumidor a encontrar um produto com melhor qualidade e menor preço. Vale usar a internet, os encartes promocionais dos jornais e até a indicação de amigos — sugeriu André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Não é apenas o tomate que está mais raro nos pratos dos cariocas. Alguns tipos de feijão também registraram aumento de preços e estão sendo substituídos pelos estabelecimentos. O mototaxista Alan da Silva, de 33 anos, já reparou que o feijão branco da receita original de dobradinha some em tempos de inflação em alta.
— Os restaurantes estão priorizando o feijão fradinho, mais barato do que o branco. Eles (os donos) acham que não percebemos, mas eu notei. Mas não tem problema. Fica gostoso também — disse.
Pimentão é destaque na oferta no mercado da Ceasa/ES
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo.
O pimentão é um vegetal bastante consumido em todo o mundo, com um sabor forte e apimentado ele é usado na gastronomia de diversas formas como saladas, prato principal, e também como tempero de alimentos. Nos primeiros meses do ano, nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), circularam 2.416.240 quilos do produto gerando uma movimentação financeira de R$4.537.280,62.
O município que mais contribuiu com a oferta foi Santa Maria de Jetibá, responsável por 40%, seguido de Domingos Martins com 19%. Os dois municípios totalizaram 1.408.375 quilos. Outros municípios como Alfredo Chaves, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, e Santa Teresa também contribuíram de forma positiva na comercialização.
Segundo dados do setor de estatística da Ceasa/ES, 20 municípios capixabas ofertam o produto no entreposto central, localizado em Cariacica. O Estado de São Paulo também contribuiu na comercialização, no período de janeiro a abril o Estado contribuiu com 73.395 quilos totalizando R$489.686,04. O vegetal querido pelos capixabas pode ser encontrado durante todo o ano e é um dos produtos mais procurados. Atualmente o quilo do pimentão verde está sendo cotado a R$2,10, o vermelho R$6,45 e o amarelo R$6,30 o quilo.
Saúde
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo. Ao escolher, descarte os que apresentam machucados ou áreas escuras e fique com os que têm cor viva e pele lisa.
Segundo a nutricionista Matilde Alves o pimentão é uma excelente fonte de vitamina C, importante para o sistema imunológico e um poderoso antioxidante que ajuda a combater radicais livres, responsáveis por agredir células saudáveis. Quando está maduro é uma boa fonte de vitamina A que auxilia na saúde dos ossos, da pele e da visão.
O pimentão vermelho ainda contém licopeno, uma substância aparentemente relacionada à menor incidência de câncer de próstata, de colo de útero, de bexiga e do pâncreas.
Para saborear o pimentão, que tal uma receita bem fácil?
Pimentão recheado com carne moída e queijo
Ingredientes
570 g de carne moída
3 dentes de alho picados
1 cebola picada
430 g de tomate sem casca
1 xícara de queijo ralado
1 1/2 xícara de caldo de galinha
6 pimentões vermelhos pequenos
Modo de preparo
Aqueça uma frigideira e refogue a cebola, o alho e a carne moída. Adicione o queijo, misture e reserve esse caldo. Corte uma tampa na parte dos cabinhos dos pimentões e retire o miolo e as sementes. Coloque um pouco do caldo em cada um dos pimentões e coloque-os dentro de formas individuais ou refratário. Pré-aqueça o forno em temperatura média (180ºC) e gratine por 30 minutos.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Alimentação Saudável nas escolas vai premiar municípios do Rio de Janeiro
Prêmio será lançado durante a Green Rio 2015 para estimular compras para a merenda escolar de produtos da agricultura local.
Produtores rurais fluminenses terão mais uma oportunidade para aumentar sua renda com a comercialização de seus produtos. Durante o Green Rio 2015, que acontece nos dia 20 e 21, das 10h às 18h, no Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico, no Rio, será lançado o prêmio Alimentação Escolar Saudável. O evento, uma iniciativa da ONG Planeta Orgânico, conta com o apoio da secretaria estadual de Agricultura.
Em reunião, nesta quinta-feira (14/5), com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a diretora da ONG, Maria Beatriz Martins Costa, apresentou o projeto, realizado em parceira com o Sebrae RJ. Segundo ela, a premiação visa estimular as prefeituras a utilizarem produtos locais mais saudáveis na merenda escolar da rede municipal.
As prefeituras interessadas poderão se inscrever em estande montado na Green Rio ou nas unidades do Sebrae RJ, em seu município. Indicadores como o aumento do uso de frutas e legumes, diminuição da utilização de produtos industrializados e, principalmente, aumento da compra de alimentos oriundos de estabelecimentos locais serão quesitos utilizados na avaliação da premiação.
- Para abordar o tema, convidamos o pesquisador dinamarquês, Bent Milkkensen, da Universidade Aalborg, que falará no evento sobre como as compras locais desafiam as cadeias globais de alimento - adiantou a diretora.
Na avaliação do secretário Christino Áureo, a iniciativa é mais uma forma de estimular administrações municipais para a valorização da produção agropecuária local.
- Já contamos com o Programa Nacional de Alimentação Escolar, uma parceria entre o ministério do Desenvolvimento Agrário e as secretarias estaduais de Agricultura e de Educação, que visa garantir que 30% do total dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam utilizados na aquisição de alimentos da agricultura familiar. Em conjunto, essas ações promoverão uma prática importante tanto para a saúde da população, quanto para o aquecimento da economia dos municípios - afirmou.
As prefeituras de Três Rios, Trajano de Morais, Itaperuna e Paraíba do Sul já garantiram a participação no projeto.
Outros temas para a promoção de práticas sustentáveis também serão tratados durante a Green Rio 2015, cuja a principal abordagem será Bioeconomia e Biodiversidade. Para Maria Beatriz, o estado do Rio já se destaca na implantação de políticas públicas sustentáveis. O Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, segundo ela, já está praticando a bioeconomia.
- É um caso concreto de programa com preocupação real com a agricultura sustentável - finalizou.
As inscrições para as palestras do Green Rio 2015 são gratuitas e podem ser feitas através do site: www.greenrio.com.br.
Vigor anuncia investimento de R$ 70 milhões em Barra do Piraí
Planta industrial deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano neste município do Sul Fluminense..
Os incentivos para a indústria leiteira, implementados pela secretaria estadual de Agricultura, através do programa Rio Leite, continuam atraindo investimentos para o estado do Rio. A Vigor Alimentos divulgou, nesta quarta-feira (13), que deverá investir R$ 70 milhões na conclusão da planta industrial, que está sendo construída em Barra do Piraí, no Sul fluminense. A informação foi passada pelo CEO do grupo, Gilberto Xandó, por ocasião da divulgação ao mercado do balanço do primeiro trimestre de 2015 da empresa.
Para o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o iniciativa é fundamental para o desenvolvimento da cadeia leiteira naquela região.
- Estamos confiantes nessa operação da Vigor no Rio de Janeiro. Serão centenas de empregos na fábrica e milhares no campo. É a comprovação do acerto do nosso Programa Rio Leite, que, apoiado pelo governador Luiz Fernando Pezão, permitiu atrair empresas e estimular o produtor, elo mais importante de toda essa cadeia - afirmou.
A expectativa da empresa é que a fábrica entre em operação no segundo semestre, para atender os mercados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Segundo previsão da Vigor, o empreendimento deverá gerar 500 empregos diretor e 1.500 indiretos. Para a produção de iogurtes, requeijões, fermentados, leite UHT e achocolatados, serão captados 6 milhões de litros de leite por mês, adquiridos com produtores do Rio de Janeiro e estados vizinhos.
A planta de Barra do Piraí foi cedida em comodato à Vigor pelo Município, em junho de 2014.
Angra dos Reis (RJ) terá entreposto de pesca
Projeto, apresentado em Brasília, nesta semana, custará R$ 4,5 milhões. Em trabalho conjunto, governos federal e estadual preparam Estatística Pesqueira. Rio de Janeiro apresenta projeto "De Olho no Peixe" , na reunião da Fiperj com o Ministério da Pesca
Com o intuito de formalizar parcerias em prol do setor pesqueiro e aquícola fluminense, o presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, se reuniu nesta terça-feira, 12, com o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, em Brasília. No encontro, foram apresentados ao ministro alguns projetos da instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), sinalizando duas importantes conquistas para o estado: a possibilidade de celebração de novo convênio para a realização da Estatística Pesqueira e a nacionalização da campanha “De Olho no Peixe”.
O projeto de um Entreposto Pesqueiro para Angra dos Reis também esteve na pauta da reunião, que contou ainda com os subsecretários da Sedrap Sebastião Rodrigues (de Estado) e Renato Bravo (de Pesca), além do deputado federal Julio Lopes e do diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj, Augusto Pereira.
Estatística Pesqueira - Resultado de convênio firmado com o próprio Ministério (entre agosto de 2010 e novembro de 2012), o Monitoramento da Pesca no Estado do Rio de Janeiro, mais conhecido como Estatística Pesqueira, é mantido desde então com recursos próprios da Fundação, passando de cinco municípios (Angra, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e São João da Barra) para 16 assistidos. Foram incluídos: Búzios, Paraty, Rio de Janeiro, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Macaé, Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana. Para Augusto Pereira, esta é sem dúvida uma grande vitória para a instituição.
- Com o fim do primeiro convênio, passamos a trabalhar apenas com estagiários. Essa nova parceria vai permitir contratarmos funcionários com carga horária maior, intensificando o esforço de coleta de dados - explica Augusto.
O objetivo da Estatística Pesqueira é estimar a produção desembarcada no estado e suas oscilações sazonais, além de caracterizar a frota quanto aos tipos de petrechos e embarcações utilizadas. O ministro Helder Barbalho classificou a geração de estatística como fundamental e prioritária, pois não só dará notoriedade à pasta, ratificando sua importância, como vai nortear a elaboração de políticas públicas em benefício do setor.
De Olho no Peixe - Durante a reunião, o presidente da Fiperj, Essiomar Gomes, soube vender bem seu peixe. A campanha de conscientização “De Olho no Peixe”, que foi levada a nove municípios no período da Semana Santa para reforçar o consumo do pescado, caiu nas graças do ministro e vai virar pauta nacional em vésperas de grandes feriados. “É muito satisfatório para a gente ver um programa que nasceu no estado do Rio ganhar forma nacional”, diz Essiomar.
Entreposto em Angra - O presidente da Fiperj falou ainda sobre o projeto de construção, em Angra, de um Entreposto Pesqueiro - estabelecimento dotado de dependências e instalações adequadas ao recebimento, manipulação, frigorificação, distribuição e comércio do pescado.
- Nossa estatística aponta que Angra é o principal município produtor de pescado do estado, à frente até de Niterói e São Gonçalo. A Fiperj já está fazendo um estudo técnico e um projeto para que a cidade tenha enfim um entreposto pesqueiro, que é uma reivindicação antiga dos moradores - informou Essiomar.
Quando estiver pronto, o projeto será apresentando à Prefeitura e depois ao Ministério. Essiomar Gomes adianta que entendendo a importância do entreposto não só para o município como para todo o estado os deputados federais Julio Lopes, Fernando Jordão e Luiz Sérgio apresentarão uma emenda cada de R$ 1,5 milhão para construção do entreposto, totalizando R$ 4,5 milhões para a construção do estabelecimento.
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