quarta-feira, 13 de maio de 2015

Brasil busca melhoria da qualidade e competitividade do leite



                       


Pilares serão assistência técnica, sanidade animal e linhas de crédito específicas para a modernização do setor
Após cerca de dois meses de discussões entre representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), da Secretaria de Defesa Animal (SDA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora) e da Associação Viva Lácteos, o Projeto de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro foi apresentado para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, nesta terça-feira (12/5). 
 
O projeto visa a alinhar as políticas públicas do Ministério da Agricultura para o setor, a fim de qualificar ainda mais a produção nacional, fazendo com que a competitividade aumente em relação ao mercado internacional. “Pretendemos trabalhar concomitantemente a ampliação do consumo interno e a abertura de novos mercados, atuando como parceiros do setor produtivo e induzindo o desenvolvimento da competitividade nacional e internacional”, afirmou a ministra Kátia Abreu. 
 
Os principais pilares do projeto serão a assistência técnica, a abertura de linhas específicas para a modernização e otimização de custos no setor, a sanidade animal, a qualidade e a promoção do consumo de leite. Os estados prioritários serão o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás, maiores produtores de leite do país. No entanto, o projeto poderá ser ampliado para outros estados. 
 
A proposta de assistência técnica tem como objetivo a ascensão dos produtores de leite das classes D e E, para a classe C, por meio da transferência de conhecimento técnico e gerencial. A meta será atender um grupo de aproximadamente 80 mil produtores em um período de quatro anos.
 
Outra meta apresentada no projeto é fazer com que o leite chegue às plataformas das indústrias com melhoria no padrão de qualidade. Para tanto, serão realizadas ações de atualização para produtores e funcionários das fazendas e para técnicos das indústrias e de cooperativas, além de educação continuada para os transportadores.
 
Qualidade do leite
Para melhorar a qualidade do leite produzido nos estados beneficiados, foram estipuladas algumas metas. Entre elas, a reestruturação do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), que tem coordenação do ministério e participação do setor privado e da comunidade científica; a criação do Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temoral para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite (SIMQL), que conterá dados  analisados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL); o aprimoramento do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) e da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) e o fortalecimento da Rede de Laboratórios.
 
Linha de crédito
Com relação às linhas de crédito específicas para a melhoria da produção, a intenção é otimizar os custos da produção e promover o investimento em tecnologias para a modernização da atividade. “Isso irá contribuir para a melhoria da qualidade do leite, que consequentemente aumentará a competitividade das indústrias, em função do maior rendimento dos produtos”, disse Kátia Abreu.
 
Sanidade animal
O projeto vai contribuir para a revisão do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), sendo que a principal proposta de alteração é a categorização dos estados em classes e níveis de controle. As classes serão determinadas pelas prevalências, estimadas por estudos padronizados e realizados pelos serviços veterinários oficiais. 
 
Para estabelecer os níveis, será avaliada a execução das ações de defesa sanitá ria animal, apresentada pelo serviço veterinário estadual e aprovada pelo Mapa. Para os próximos dois anos, a previsão é de que no mínimo 80% das bezerras sejam vacinadas contra brucelose.

Tomate, esse caviar carioca


                          


Por Jorge Luiz Lopes

Alçado por diversas vezes a categoria de vilão dos preços, o produto parece que gostou da classificação e promete permanecer nesse patamar por muito tempo, de acordo com dados técnicos produzidos pelo governo federal e por duas centrais da região Sudeste brasileira: Ceagesp (SP) e CeasaMinas. Porquê? É isso que tentaremos responder para dar sentido ao título dessa reportagem especial do CeasaCompras.com.br. O preço da caixa de 22 quilos foi vendida, nesta terça-feira (12/5) a R$ 130, o tomate longa vida AA, na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio. O quilo do produto nos chamados "sacolões" atingiu R$ 10, em muitos deles, e a R$ 8,58, em uma pequena parcela. Para isso, utilizaram a técnica da mistura, entre grandes e pequenos, para aumentar o lucro.

Antes, bem lá longe no tempo, ele foi praticamente a redenção de uma população migratória que vinha de longe e desembarcou por aqui: os japoneses. A partir daquele momento produziram um legume de qualidade que chegou a ser rotulado como o melhor, o chamado "Tomate Santa Cruz", indicando a origem da produção, um município carioca, de terra preta excelente para o cultivo, e que hoje verifica problemas de expansão e a destruição das lavouras pelo projeto "Minha Casa,Minha Vida", do governo federal. Enquanto havia a queda de um lado, a produção se sobressaía de outro, fortalecendo o município de Paty do Alferes, na Região Serrana fluminense. Daí a tradicional Festa do Tomate tão conhecida, realizada sempre em junho no distrito de Avelar.

Quem frequenta as centrais de abastecimento do Estado lembra muito bem das queixas dos produtores rurais: a tirania de um tipo de tomate, o bonito "salada", que não tem proteína quase nenhuma mas que agrada bastante ao consumidor que se deixou levar pela propaganda enganosa dos supermercados. Isso mesmo, a produção do tomate está sendo vítima da máfia dos supermercados que só compram os tomates desse tipo, ignorando os mais pequenos que são jogados fora todos os anos. Toneladas perdidas. Ou o produtor vende o que pedem, ou vão ficar com a produção encalhada. Diante disso, que não é assumido publicamente, as áreas de produção foram se reduzindo, se transformando em pasto. A instabilidade da produção e o preço levaram o agricultor a destruir o cultivo. 

Tentando uma solução engenhosa, que permite produzir durante oito meses, produtores rurais de Paty do Alferes investiram em novas técnicas de plantio: o cultivo protegido. O tomate agora é produzido em estufas, em vasos suspensos, desde 2010, com a produção conseguindo um alto valor agregado. Se você não sabe, o tomate é suscetível a diversas pragas que exigem grande quantidade de agrotóxico, e dessa maneira, as perdas, se houver, são bem menores e o lucro garantido. O que significa preço alto para o consumidor. Ou seja, melhor qualidade, maior preço. O seu bolso vai aguentar?

Segundo produtor

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos), o Rio de Janeiro é o segundo maior produtor de tomate do país (27,6%),  com base em dados de 2010. O primeiro estado produtor é o Paraná (71,5%); Goiás, em terceiro (20,7%); São Paulo (19,9%), Minas Gerais (12%).  Juntando os estados do Sudeste, estes respondem por 49,5% da produção nacional. 

O IBGE diz ainda que a produção de hortaliças cresceu 30% no Rio de Janeiro, em dez anos, e que a área cultivada abrange 785 mil hectares, produzindo 17.000 mil toneladas e gerando uma receita de R$ 11 bilhões. Desse total produzido, 64% vem do grupo do tomate (liderando ainda), batata, melancia, cebola, cenoura e batata-doce.

Numa escala mundial, o Brasil é apenas o oitavo produtor de tomate (3,1%), sendo os líderes: Índia (37,5%), China (28,5%); Irã e República da Islândia (21,7%), Turquia (16,2%).

Tomate nas centrais

Fizemos uma pesquisa de preços nas centrais de abastecimento do Região Sudeste e do Rio Grande do Sul, para termos um comparativo para passar para os consumidores. Na Ceasa do Rio de Janeiro, como dissemos no início da matéria, a caixa do produto foi vendida a R$ 130, o tipo salada AA; e a R$ 90, o menor. Para saber o preço por quilo é só dividir e você vai se assustar com o que estão fazendo. 

Na Ceasa de Minas Gerais, mais especificamente na de Belo Horizonte (capital) e de Governador Valadares, encontramos os seguintes preços para a caixa com 20 kg: R$ 75 e R$ 35, respectivamente.

A Ceasa da Grande Vitória (ES), os preços por quilo eram os seguintes, dependendo do tamanho: R$ 4,17 e R$ 2,83, respectivamente.

Já na Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, situada em São Paulo, os preços eram os seguintes: R$ 6,48 e R$ 5,48.

Na Ceasa gaúcha, os preços eram os seguintes: R$ 5 e R$ 4.

Acordo das sacolinhas em São Paulo não tem adesão total




                              


Folha

No primeiro dia em vigor, o acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o Procon que estabelece algumas normas temporárias para a distribuição de sacolinhas plásticas nos comércios paulistanos foi parcialmente cumprido.

Seu principal ponto, a gratuidade nas duas primeiras sacolas plásticas independente do valor gasto pelo cliente, foi seguido. Entretanto, outros aspectos, como o desconto de R$ 0,03 a cada cinco produtos ou R$ 30 adquiridos para quem levar sua própria sacola e o desconto na venda das sacolas retornáveis, não foram totalmente cumpridos.

Nos supermercados visitados pela reportagem (redes Carrefour, Extra, Pão de Açúcar e Walmart), também não havia qualquer aviso ou placa que informasse aos clientes sobre as mudanças, uma das exigências do acordo.

A profissional de marketing Patrícia Rocha França, 34 anos, gastou R$ 152,03 em 31 produtos no Walmart de Santo Amaro e, apesar de ter levado sua própria sacola, não obteve qualquer desconto na compra. "Não questionei porque esqueci. Eles também não me disseram nada [sobre o desconto]", disse. Ela tinha direito a R$ 0,15 de bônus.

Procurada, a Apas informou que seus associados estão se adaptando para cumprir o acordo plenamente.

O Procon, por sua vez, informou que vai fiscalizar o estabelecimentos e, se encontrar irregularidades, notificá-los. Eles estarão então sujeitos a multas.

O Carrefour informou que dá desconto de 50% nas sacolas reutilizáveis e que cumpre o acordo. Extra e Pão de Açúcar afirmaram que pode haver atrasos no cumprimento do prazo por causa do tamanho da operação. A assessoria do Walmart não atendeu às ligações da reportagem.

CeasaMinas analisa características de produtos vendidos no atacado


                          



De acordo com a equipe que está fazendo a pesquisa, trabalhos semelhantes estão sendo feitos na Ceagesp e Ceasas do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A CeasaMinas iniciou nesta segunda-feira um trabalho para analisar alguns produtos vendidos no entreposto de Contagem e identificar aspectos como peso e diâmetro. O objetivo é estabelecer uma linguagem padrão de acordo com o mercado. O primeiro produto analisado foi a manga palmer.

Na amostra coletada no Mercado Livre do Produtor (MLP), tanto o peso como o diâmetro das mangas estavam dentro do padrão esperado. Foram descobertos poucos defeitos mecânicos ou causados por pragas.

Um dos produtores que forneceram amostras foi Róbson Martins, de Matias Cardoso. Para ele, é importante classificar o produto, já que isso interfere no preço. “Quando o pessoal pede uma manga aqui, eles acham que o produto é mais caro. Mas na verdade ele é melhor classificado”, diz ele.

A pesquisa deve durar até o final do ano. Além da manga Palmer, serão analisada batata, cebola, cenoura e beterraba. Todos os produtos terão amostras do MLP e das lojas. Eles foram escolhidos por estarem no ranking dos 10 mais vendidos na CeasaMinas em 2014 e serem ofertados durante todo o ano.

Preço dos ovos tem forte queda na CeasaMinas


                             


O preço médio do quilo dos ovos no atacado da CeasaMinas caiu 20% em abril em comparação com março. O valor passou de R$ 3,62 em março para R$ 2,91 no último mês. O motivo para a queda foi redução na demanda. A queda no preço está causando o descarte de aves mais velhas com o objetivo de reduzir o custo de produção nas granjas.

Já as olerícolas tiveram reajuste de 5% no preço em comparação com o mês de março. Alguns produtos importantes como tomate e cebola estão passando por entressafra, o que elevou os preços. O tomate subiu 48% saindo de R$ 1,61 a R$ 2,38. Já a cebola subiu de R$ 2,11 para R$ 2,37, uma alta de 12%.

Mas algumas hortaliças estão com preços baixos. Um exemplo é o chuchu, que caiu 48%. Em abril, o preço médio do quilo no atacado saiu por apenas R$ 0,34. Houve redução também no preço do pepino, que caiu de R$ 1,04 para R$ 0,77.

Frutas

O grupo das frutas apresentou alta de 9,6% entre março e abril no seu preço médio no atacado. O crescimento foi impulsionado pela estiagem e entressafra. Alguns produtos importantes subiram de preço. A banana caturra, por exemplo, subiu 9% passando de R$ 0,99 para R$ 1,08. Alta também no preço do mamão, que subiu de R$ 1,07 para R$ 1,59.

Porém, algumas frutas estão com preços bons para o consumidor. A tangerina pokan despencou de R$ 2,46 para R$ 1,29. A melancia também teve redução de preço, caindo de R$ 0,94 para R$ 0,81. Outra boa dica de consumo é o melão. Seu preço teve redução de 11%, caindo de R$ 2,02 para R$ 1,79.

Colatina é destaque na Ceasa capixaba



                            


Entre os meses de janeiro a abril deste ano foram ofertados 6.993.250 quilos na unidade. Tomate tem baixa oferta e preço continuará alto.

A Unidade Regional das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), localizada em Colatina região Noroeste do Estado, ofertou 1.803.755 quilos de produtos hortifrutícolas no mês de abril, gerando uma movimentação financeira de R$ 2.837.630,75.

De acordo com o setor de estatística da Ceasa/ES, entre os meses de janeiro a abril deste ano foram ofertados 6.993.250 quilos na unidade, gerando um total financeiro de R$10.835.252,87. Os municípios que mais contribuíram na oferta foram Cariacica, com 333.439 quilos, São Roque do Canaã, com 332.940 e Colatina, com 290.733 quilos.

Outros municípios também foram destaque na oferta como Baixo Guandu, Domingos Martins, Governador Lindenberg, Itaguaçú, Itarana, Linhares, Marilândia, Pancas, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Domingos do Norte e São Gabriel da Palha. Entre os produtos mais comercializados estão a o repolho híbrido, a alface, o tomate, a cenoura, o inhame, a laranja, a maçã, o limão, a banana, a batata, a cebola, e a abóbora.

De acordo com o gerente técnico das Unidades Regionais, Marcos Antonio Cosseti Magnago, o volume comercializado nesse mês de abril, manteve-se estável em relação ao mês anterior. “Entretanto, quando comparamos com o mesmo mês do ano anterior, este volume obteve aumento de 22,5%. 

No início do ano passado tivemos problemas de excesso de chuvas, e neste ano, sofremos novamente problemas climáticos, entretanto agora com a estiagem com isso houve aumentos nos preços de alguns produtos, especialmente o tomate, devido à baixa oferta, ” explica o gerente.

Feira de flores tem novos dias e horários na Ceagesp



                              

A tradicional Feira de Flores promovida no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) passa a contar com um novo horário. A partir do dia 12/5, a comercialização no Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP) será feita da meia-noite às 7 horas, todas as terças e sextas-feiras.

A adequação, que foi discutida ao longo de mais de um ano com representantes do setor, visa aperfeiçoar a operação de venda de plantas e produtos relacionados, de modo a beneficiar os permissionários. A medida faz parte das ações contínuas do processo de modernização e revitalização da Companhia e integra o programa de controle e de monitoramento do trânsito interno no ETSP.

Além de melhorar a locomoção de veículos dentro do entreposto da capital, o novo horário irá também facilitar o acesso dos motoristas que chegam ao local. Haverá ainda o favorecimento das atividades realizadas no MLP, com o aumento do tempo de distanciamento dos setores que compartilham o espaço, já que a Feira de Flores termina às 7 horas e a operacionalização de hortaliças e verduras no local tem início ao meio-dia.

Marca registrada da CEAGESP, a Feira de Flores do ETSP é a maior do gênero no país. Reúne cerca de 1.200 produtores de flores, plantas, grama e mudas e conta com uma área especial para acessórios e artesanato. Semanalmente, são comercializadas entre 800 e 1 mil toneladas de flores e plantas. Em cada um dos dias em que é realizada, circulam em média de 5 mil a 8 mil pessoas.

Para auxiliar os permissionários e o público em relação ao novo horário, o Departamento do Entreposto da Capital (DEPEC), que responde pelo entreposto paulistano, mantém um canal direto de comunicação para melhorar a operacionalização da Feira de Flores.