quarta-feira, 10 de junho de 2015
Maior feira de orgânicos do País vai até sábado em São Paulo
Começa nesta quarta-feira (10/6), em São Paulo, o principal evento de negócios ligados ao setor de orgânicos no continente, a Biobrazil Fair/Biofach América Latina – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia. Novamente, a feira se instala no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, na zona sul. Entre 10 e 13 de junho (sábado agora), das 11h às 19h, os visitantes poderão conhecer – dá para arriscar dizer – absolutamente tudo o que se produz de alimentos orgânicos no Brasil, desde in natura até processados. Além disso, outros artigos, como roupas (incluindo moda íntima), cosméticos feitos com ingredientes orgânicos, produtos de limpeza, brinquedos, e até pasta de dentes orgânica e ração para pets! O bacana é que, ao contrário de várias outras feiras de negócios, onde só entram representantes de empresas interessadas, esta é gratuita e aberta ao público. Ou seja, dá para ter um “curso intensivo” sobre tudo o que se produz no segmento no Brasil e também em outros países.
Há vários estandes que promovem degustação e outros que vendem ali seus produtos a preços promocionais. Até um food truck da Mãe Terra, no estande da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), estará lá, servindo alimentos orgânicos e naturais. Já o Pão de Açúcar leva seu caminhão sustentável para oferecer aulas rápidas e gratuitas de gastronomia orgânica. Outra novidade é a máquina que extrai leite de grãos, no estande da Sabor Vida, ideal para pessoas intolerantes à lactose ou que adotam dietas vegetarianas e veganas. Ou também para quem simplesmente gosta de leite de aveia, arroz, castanhas, etc.
Ou seja, se o visitante estiver interessado em finalmente começar a adotar uma alimentação mais saudável, livre de resíduos de agrotóxicos e produzida com maior respeito pelo meio ambiente, agora é a hora de se inteirar do assunto e já adquirir alguns alimentos ou pelo menos contatar diretamente seus fornecedores. A Biobrazil Fair/Biofach vai reunir 122 expositores, informa a Francal Feiras, organizadora do evento, em parceria com a NürnbergMesse – dona da marca Biofach e promotora de várias feiras do gênero, entre elas a Biofach Nuremberg, a principal feira do segmento de orgânicos do mundo.
Eventos
Durante a feira, ocorrem vários eventos – o único aberto ao público é o 11º Fórum Orgânico e Sustentável:
DIA 10 (quarta-feira) – Às 9h, no auditório do 2º andar, haverá debate sobre a nova lei de alimentação escolar, sancionada pelo prefeito Fernando Haddad; – Das 14h às 18h, ocorrerá o 11º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável. Veja programação completa no link acima. – A partir das 13h, assunto que interessa a quem quer comprar e vender orgânicos: a rodada de negócios, promovida pela Francal Feiras e pelo Sebrae. Entre os dias 11 e 12, empresários, compradores, produtores e varejo conversam entre si para fechar negócios no segmento.
DIA 11 (quinta-feira) – Às 9h, encontro com agricultores orgânicos, tendo em vista a aprovação da lei da merenda escolar orgânica no município de São Paulo. Será mapeada a oferta de produtos debatida a inserção destes produtos e produtores na alimentação escolar paulistana; – Às 12h30, autoridades mundiais do setor de orgânicos recebem a imprensa no estande da Organics Brasil. Entre os assuntos, os dez anos do projeto, o cenário mundial do segmento de orgânicos, certificações e a contribuição da Biobrazil Fair/Biofach no desenvolvimento da agricultura orgânica brasileira; – Das 14h às 18h, prossegue o 11º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável (programação no link acima); – Prossegue a partir das 13h a rodada de negócios.
No mesmo Pavilhão da Bienal ocorre, paralelamente, a Naturaltech 2015 – 11ª Feira de Alimentação Saudável, Suplementos, Produtos Naturais e Saúde, único evento brasileiro de negócios voltado ao segmento de produtos naturais.
Além disso, será lançado o Anuário de Produtos Orgânicos, Naturais e Sustentáveis, editado pelo Espaço Orgânico, Natural e Sustentável. Este catálogo, atualizado, traz vários fornecedores de orgânicos, com contatos para interessados, além de duas pesquisas: uma sobre tendência de consumo interno de orgânicos e outra sobre lojas de orgânicos, ambas realizadas pela Nielsen e Kantar Indicator.
SERVIÇO: Informações pelo telefone (11) 2226-3100; site www.biobrazilfair.com.br (no site há também a descrição de produtos e lançamentos da Biobrazil/Biofach) e www.naturaltech.com.br Estacionamento dentro do Parque Ibirapuera, com zona azul.
Preço da cesta básica sobe em 17 cidades e tomate é o vilão
Itens básicos de alimentação ficaram mais caros, segundo levantamento do Dieese; os vilões do aumento de preços foram tomate, pão francês, carne, leite e óleo. O CeasaCompras avisou sobre a questão da especulação com os preços do tomate e a tendência de aumento da carne bovina devido a venda de bezerros com cotação alta.
O preço da cesta básica em maio subiu em 17 das 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foi a segunda elevação consecutiva. Segundo a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta terça-feira, 9, as maiores altas foram registradas em cidades do Nordeste: Salvador (10,69%), Fortaleza (8,89%) e Recife (7,73%). Apesar disso, a única capital que teve queda no valor do conjunto de bens alimentícios básicos, Aracaju(-1,58%), também fica na região.
Nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, todas as cidades acumularam altas que variaram entre 7,20%, em Manaus e 29,95%, em Salvador.
No acumulado de 12 meses até maio, a situação é a mesma, com todas as cidades mostrando elevação do preço na cesta básica. O principal destaque neste recorte também ficou com Salvador, com alta de 25,41% no período. Na sequência, aparece Goiânia (16,94%). E, apesar de ter registrado queda nos preços em maio, Aracaju acumula em 12 meses a terceira maior elevação: 14,66%
Tomate e carne estão entre os itens que ficaram mais caros
Em termos de valores, o maior custo da cesta básica em maio foi registrado em São Paulo: R$ 402,05, seguido do Rio de Janeiro (R$ 395,23), Florianópolis (R$ 394,29) e Vitória (R$ 387,92). Já os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 277,16), João Pessoa (R$ 303,80) e Natal (R$ 312,41).
De acordo com cálculos do Dieese, em maio, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo conceitos firmados na Constituição, deveria equivaler a R$ 3.377,62, ou 4,29 vezes mais do que o valor do salário mínimo atual, de R$ 788,00. Em maio do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 3.079,31 ou 4,25 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).
Produtos. Os produtos que mais influenciaram a elevação no preço da cesta básica em maio, conforme o Dieese, foram tomate, pão francês, carne bovina, leite e óleo de soja. O destaque entre os vilões ficou com o tomate, que aumentou em todas as cidades avaliadas com taxas de elevação que oscilaram entre 3,02% em Aracaju e 63,94% em Florianópolis. Segundo o órgão, apesar do início da colheita da safra de inverno, a maturação do tomate é mais lenta no frio. "Além disso, houve incidência de pragas, o que reduziu a oferta do fruto. Por outro lado, aumentou a demanda de tomate no Nordeste e no Rio de Janeiro", explicou o Dieese, em nota.
Produção de café cai 13% no Espírito Santo
Estimativa da safra 2015 foi apresentada pelo Ministério da Agricultura e pela Conab nesta terça-feira (9/6) deve ser de 44,28 milhões de sacas este ano. Efeitos climáticos são responsáveis por essa queda acentuada na safra, o que fatalmente irá ecoar no bolso do consumidor.
A produção de café no Brasil, de acordo com a segunda estimativa divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deverá chegar a 44,28 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado. O resultado, que considera a produção de café arábica e conilon, mostra uma redução de 2,3% em comparação com a safra passada, de 45,34 milhões de sacas.
A produção de café conilon apresenta recuo de 13%. Segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, André Nassar, essa redução é decorrente das altas temperaturas na região produtora do estado do Espírito Santo. A forte estiagem no período de formação e enchimento dos grãos também contribuiu para esse cenário.
Já o café arábica deverá apresentar um acréscimo de 1,9% devido, principalmente, à evolução da cultura na Zona da Mata mineira e também à produção do Paraná, que se recupera da forte geada de 2013.
A produção de café arábica, que corresponde a 74,3% do volume produzido no país, está estimada em 32,91 milhões de sacas. Nassar destacou também a produção em Minas Gerais, com o volume estimado de 23,30 milhões de sacas.
O conilon, cuja produção é estimada em 11,35 milhões de sacas, representa 25,7% do total nacional, sendo o Espírito Santo o maior destaque, com uma produção de 7,76 milhões de sacas.
Área
A área em produção é de 1,942 milhão de hectares, com uma queda de 0,2% ou 4,81 mil ha em relação à safra passada, quando chegou a 1,947 milhão.
Minas Gerais concentra a maior área plantada, de 975,27 mil de hectares, predominando a espécie arábica, com 98,64% do total no estado. Isso representa 50,2% da área cultivada no país.
O estado do Espírito Santo ocupa a segunda colocação, com 433,27 mil hectares. O conilon capixaba cobre uma área de 283,05 milha.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Brasileiro vai manter bolsa fechada até 2019
Lazer e bebidas não alcoólicas terão o menor aumento no consumo.Despesas devem aumentar em 7% ao ano até 2019, mostra relatório da Mintel, sobre impacto da crise econômica no país.
Enquanto os gastos dos brasileiros evoluíram a uma média de 11% entre 2009 e 2014, esse aumento deve ser mais modesto nos próximos anos, aponta o relatório Estilos de Vida dos Brasileiros: Hábitos Online, antecipado ao G1 pela Mintel.
Durante os próximos anos, até 2019, os gastos irão aumentar 37% – o que representa um crescimento anual mais modesto, de 7% ao ano, segundo a pesquisa. Em 2019, a previsão é de que o total de gastos chegue a R$ 4.509,7 bilhões.
De acordo com o relatório, a economia mais lenta é a grande responsável pelo crescimento mais moderado. "A inflação, impulsionada pelo aumento dos custos de energia, o real mais fraco, a escassez de água, crédito mais difícil e o aumento de impostos anunciado recentemente, afetam a renda dos consumidores", diz a Mintel.
A previsão de aumento no índice de desemprego nos próximos cinco anos também deve forçar os consumidores a serem ainda mais cuidadosos com seus gastos. Essa situação irá afetar também o crescimento de todos os setores, com a maioria deles deparando-se com um futuro menos favorável nos próximos anos.
Beleza e itens do lar no topo do consumo
Os setores de produtos de beleza e itens para casa serão os mais beneficiados com o crescimento do consumo até 2019, com evolução de 63% e 56%, respectivamente, mostra a pesquisa.
Mesmo assim, nesse período, o setor de beleza e cuidados pessoais terá um crescimento mais moderado ante o período de 2009 a 2014, segundo a Mintel, principalmente devido às novas medidas fiscais que incluem o aumento dos preços dos cosméticos importados.
Ainda assim, este setor irá crescer mais do que todos os outros.
A média anual de crescimento prevista entre 2015 e 2019 é de 10,2%, atingindo R$107,3 bilhões em 2019. Já a média anual de crescimento entre 2010 e 2014 foi de 13%.
Já o mercado de itens para casa recebeu um estímulo nas vendas, no final de 2014, com o aumento do tempo médio para o pagamento de empréstimos. "Mesmo com juros ainda altos, o número de parcelas de pagamento de itens como eletrodomésticos e móveis aumentou, tornando o pagamento mais vantajoso para os consumidores", diz a Mintel.
No entanto, conclui o relatório, as novas medidas fiscais anunciadas em janeiro – que incluem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre novos empréstimos, limitando o acesso a empréstimos para muitos consumidores.
A pesquisa apinta também que, com a retirada gradual do IPI reduzido (benefício que estimulava as compras no setor desde 2012), as compras de eletrodomésticos também serão impactadas. "Apesar dessas medidas fiscais, o mercado de itens para casa deverá ter um crescimento médio anual de 9% até 2019", diz o relatório.
Lazer e bebidas não alcoólicas crescerão menos
O setor de entretenimento e lazer terá um crescimento mais lento, de 20%, se comparado aos outros setores, entre 2014 a 2019. Nos próximos anos, a previsão é de que os consumidores passem a priorizar serviços e produtos essenciais.
"A maioria dos brasileiros escolhe lazer e entretenimento de acordo com seu orçamento, e como a situação atual sinaliza tempos difíceis à frente, é provável que os consumidores procurem atividades de lazer e entretenimento mais baratas", diz o relatório.
Segundo a Mintel, o setor de bebidas não alcoólicas continuará a ser afetado por vendas mais baixas e pela produção de bebidas gaseificadas, sua categoria principal. Enquanto isso, a crise de água nas regiões mais populosas irá provavelmente beneficiar o mercado de água engarrafada, já que "muitos consumidores estão vendo na água em garrafa uma solução para o problema", afirma o estudo.
O setor de alimentação e bebidas foi o grupo que mais pesou na despesa das famílias brasileiras em 2014. Em 2013 o mercado de refrigerante representou R$ 31,06 bilhões do total de R$ 57 bilhões do setor de bebidas não alcoólicas (participação de 54,5%), o segmento mais representativo.
"O mercado de refrigerantes está sofrendo retração em volume, o que vem acontecendo desde 2011, e o mesmo aconteceu com o mercado em valor, em 2013", diz a pesquisa.
Roupas e acessórios, tecnologia e comunicação, e férias são outros setores em que um maior número de consumidores irá procurar promoções e descontos, ou optar por adiar suas compras até que tenham uma maior renda disponível.
Ajuste fiscal deve impactar produtos para casa
Algumas medidas de ajuste fiscal anunciadas em janeiro de 2015 poderão afetar fortemente o consumidor brasileiro, diz o estudo. Uma delas impacta o setor de itens para a casa (eletrodomésticos, móveis e bens duráveis).
O Ministro da Fazenda Joaquim Levy, anunciou o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5%, para 3% ao ano, tornando o crédito ao consumidor mais caro. Esse valor será cobrado além dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Isso vai dificultar as compras, principalmente pela classe média, de itens que antes podiam ser pagos em várias vezes sem juros.
Além disso, com a retirada gradual do IPI reduzido as vendas de items para a casa devem ser negativamente impactadas. A previsão para os próximos cinco anos (entre 2015 e 2019) é de que o setor cresça, em média, 9,3% ao ano, em contraste com 11,8% de crescimento anual dos últimos quatro anos.
Finanças e habitação
Entre 2015 e 2019, o mercado de finanças pessoais e habitação terá um crescimento anual de 6,4%, estima o estudo da Mintel. "A incerteza econômica tornou os consumidores mais cautelosos sobre como investir no mercado imobiliário e sobre seus gastos do dia a dia", conclui o relatório.
Essa tendência deverá continuar em 2015 com o mercado imobiliário mostrando sinais de estabilidade. As medidas fiscais, que dobraram o imposto IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em todas as operações de crédito, e um aumento na taxa de juros de hipotecas, pode ter tido um efeito negativo sobre o mercado imobiliário, adiando os planos de compra de imóveis dos consumidores.
"Empréstimos pessoais também serão afetados pelo aumento do IOF, tornando o crédito mais caro e menos acessível aos consumidores", destaca o levantamento.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Denúncia "Lixão" de Seropédica põe água do Rio em risco
Aterro sanitário é risco para aquífero no Rio, diz ambientalista. Professor ressalta importância de monitoramento de poluição na região. Esse não é o único crime ambiental: extração de areia no município está matando o Guandú e autoridades fingem que não estão vendo.
Veja matéria do G1
Após quatro anos de operação da Central de Tratamento de Resíduos em Seropédica, na Baixada Fluminense, ambientalistas advertem sobre a importância de monitoramento mais rigoroso com relação aos níveis de poluição do aterro sanitário, já que o mesmo fica localizado sobre o aquífero Piranema, uma reserva de água subterrânea com capacidade de abastecer a população carioca, em caso de necessidade.
De acordo com o ambientalista e professor de engenharia sanitária da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Adacto Ottoni, em 2014, quando ainda integrava a comissão do Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea), ele enviou um documento para o Instituto Estadual de Ambiente (Inea), ressaltando a importância de monitorar com maior rigor os níveis de poluição do solo e do aquífero.
“Como o aterro tem uma pilha enorme de lixo, pode estar vazando chorume para o ponto branco [área em que a água não recebe influência de agentes externos, como o lixo], que fica antes. Sugeri que eles jogassem o ponto branco para depois do Arco Metropolitano [autoestrada construída no entorno da região metropolitana do Rio], pois ali sim você não teria influência do aterro. Eles o botaram praticamente em cima do lixo", explica o professor, alegando que esta seria a forma mais correta e precisa de apurar os níveis de contaminação do aquífero.
Em nota, o Inea alegou que a gerência de Licenciamento de Saneamento e Resíduos não recebeu, até o momento, o referido documento. Ainda de acordo com Ottoni, apesar da qualidade boa da água, provavelmente não é mais possível utilizar o aquífero como manancial. “O problema do aquífero Piranema é que ele tem uma qualidade de água boa, mas, infelizmente, é complicado poder usar como manancial, pois tem um aterro de lixo em cima. No meu entender, o licenciamento ambiental não devia ter sido dado”, advertiu o professor, lembrando que o aquífero poderia ser usado como manancial alternativo.
Catadores de antigo lixão enfrentam dificuldades
Já os catadores do antigo Lixão de Seropédica, na Baixada Fluminense, têm enfrentado dificuldade para continuar sobrevivendo da coleta seletiva. Além de falta de matéria-prima, eles reclamam da falta de equipamentos e do espaço inadequado.
“A gente não tem caminhão, não tem condições de trabalhar aqui. O Inea empresta uma van duas vezes por semana e a gente faz a coleta assim. Quando não tem a van, a gente pede emprestado para uma firma que presta serviço para a prefeitura”, afirma a catadora Giovana Nunes. Segundo ela, na época que o lixão de Seropédica funcionava, cerca de 60 catadores viviam da coleta seletiva. Atualmente, em função da falta de matéria-prima para o trabalho, apenas nove fazem parte da cooperativa.
Após vistoria da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa ao local, a vice-presidente da CPI, deputada Lucinha (PSDB), afirma que constatou diversas irregularidades na cooperativa. “De acordo com o contrato, em 12 meses eles (a Ciclus, empresa que opera o STR de Seropédica) deveriam ter inserido os catadores no sistema de coleta seletiva. O contrato especifica que a CTR teria que viabilizar a coleta seletiva no município de Seropédica e de Itaguaí com uma central de catadores de material reciclável, o que não existe aqui”, criticou Lucinha.
Deputados constataram situação de abandono em cooperativa de reciclagem em Seropédica (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Deputados constataram situação de abandono em cooperativa de reciclagem em Seropédica (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Em nota, a Ciclus informou que projetou e implantou uma unidade de recebimento de material reciclável situada em terreno cedido pela prefeitura de Seropédica. De acordo com a empresa, o terreno fica próximo ao antigo lixão da cidade e das residências dos antigos catadores, para facilitar o deslocamento dos membros da cooperativa que já atuam no local. No entanto, a central de reciclagem fica a cerca de 30 minutos do CTR.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Seropédica não se pronunciou.
CPI investiga irregularidades em estação de tratamento
Em funcionamento há mais de quatro anos, o CTR de Seropédica, inaugurado em abril de 2011, passou a receber o lixo do Rio que era levado para os lixões de Gramacho e Gericinó. No entanto, segundo vistoria técnica realizada da CPI da Alerj, algumas irregularidades foram constatadas na operação do CTR.
De acordo com a licença de operação, a Ciclus, empresa que opera o CTR, deveria promover a limpeza e lubrificação dos veículos e equipamentos dentro da estação de tratamento. "A parte de manutenção e lubrificação dos veículos e dos equipamentos é, praticamente, uma espelunca. Dentro da estação de tratamento de resíduos sólidos deveria funcionar um departamento só para parte de lubrificação, manutenção e lavagem e não tem nada disso. O que nós encontramos foi um quebra-galho”, afirmou a deputada.
Ainda segundo a licença de operação, os caminhões que fazem o transbordo para o CTR precisam ter uma pintura de visualização para entrar na estação, o que a maioria das carretas que acessam o local não possuem. Outro questionamento feito durante a vistoria foi a quantidade de chorume tratado na estação. Segundo a licença, a Ciclus deveria tratar mil metros cúbicos de chorume por dia e atualmente estaria tratando apenas a metade desse volume.
CPI investiga tratamento de chorume na Estação de Tratamento de Seropédica (Foto: Léo Santos / Divulgação Alerj)
CPI investiga Estação de Tratamento de Seropédica (Foto: Léo Santos / Divulgação Alerj)
Sobre a programação visual das carretas que acessam a estação, a Ciclus informou que obteve autorização da Comlurb o início das operações sem a programação visual original. Já sobre a quantidade de chorume tratado, a empresa alegou que possui capacidade para fazer o tratamento de mil metros cúbicos de chorume por dia, mas o aterro atualmente está gerando entre 400 e 500 metros cúbicos apenas. A situação está sendo investigada pela CPI da Alerj, já que além disso, 90 metros cúbicos de chorume têm sido enviados para tratamento na Estação de Alegria da Cedae.
Saga do tomate: Preços abaixam 60% na Ceasa do Rio, mas comerciantes ainda exploram consumidor final
No dia 22 de maio passado, nós do CeasaCompras demos um alerta sobre a loucura que estavam os preços de diversos produtos vendidos ao consumidor, principalmente hortifrutigranjeiros, sem qualquer justificativa aparente para esse absurdo. Tiramos como exemplo o preço do quilo do tomate, que estava sendo cobrado entre R$ 9 e R$ 10, no Rio de Janeiro. A caixa do produto, com 22 quilos, era negociada na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte da capital carioca, e do Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana do estado, a R$ 100. Não tinha para onde correr e conseguir uma pechincha: os preços variavam nos patamares citados, tanto nos supermercados, como nos chamados "sacolões" de bairros e nas feiras livres.
Mas, nessa semana, os preços praticados na central de abastecimento do Rio indicaram queda entre 60% e 40%, dependendo do tipo do tomate, o chamado "longa vida", cuja a caixa, nesta terça-feira (2/6), estava custando entre R$ 40, o menor tamanho, e R$ 60, o tamanho maior, aquele tipo salada. No entanto, apesar disso, apenas alguns comerciantes consideraram abaixar os preços do quilo do produto ao consumidor. Fomos a alguns "sacolões" e encontramos preços em torno de R$ 5,80, quando deveria custar pouco mais de R$ 3, ou R$ 4, na pior das hipóteses, contando margem de lucro e encargos sociais da loja. O pior encontramos nos "Varejões Volantes", ônibus clandestinos transformados para parecerem que são da Ceasa Grande Rio. No bairro da Ilha do Governador, um deles vendia o quilo do tomate a quase R$ 7. Abusando da fé do comprador, quando deveria estar custando bem menos já que eles não têm os mesmos encargos que os donos de "sacolões".
Mistura para iludir
A esperteza vai mais além: tanto os donos dos "Varejões Volantes", como os dos "sacolões", utilizam a tática da mistura da mercadoria. Eles misturam tomates grandes com os pequenos, iludindo o consumidor e ganhando muito em cima dele. Como dissemos logo acima, a caixa do tomate extra AA estava custando R$ 60, e a do extra, menor portanto, apenas R$ 40.
Outros preços
O alho branco chinês teve uma queda de pouco mais de 10% no seu preço: estava sendo vendida a caixa por R$ 105. No caso da saca da cebola, os preços caíram para R$ 75 ( Santa Catarina) e R$ 72 (Rio Grande do Sul). Há cerca de um mês custava R$ 80. A sacada de 50 kg da batata lisa custava entre R$ 70 e R$ 90.
De acordo com analistas dos mercados, a tendência dos preços é de baixa durante esse mês de junho.
Orgânicos: Brasil quer estimular mais produção e consumo
De acordo com o governo federal, eventos realizados em 21 estados e no Distrito Federal serviram para mostrar à população os benefícios desses alimentos
A 11ª Semana dos Alimentos Orgânicos terminou nesse final de semana (31/5). Mesmo com o encerramento, a campanha para a divulgação dos alimentos orgânicos continuará durante todo o ano, com o objetivo de mostrar à população quais são as bases do sistema de produção orgânica e os benefícios desses produtos para a saúde e o meio ambiente.
Este ano, a semana foi realizada em 21 estados – Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins – e no Distrito Federal. Em todas essas unidades federativas, foram realizados cursos, palestras e feiras de alimentos orgânicos, a fim de oferecer informações aos consumidores sobre os produtos orgânicos, onde encontrá-los e como são produzidos. A proposta da Semana dos Orgânicos foi a de divulgar para a população os benefícios ambientais, sociais e nutricionais desses produtos.
O encerramento oficial ocorreu nesse domingo (31), no Jardim Botânico de Brasília, quando houve degustação de produtos derivados do pequi e chás com ervas do cerrado e oficina de arranjos e paisagismo com espécies da região, além de palestra sobre o potencial do pequi na gastronomia e ação de prevenção a incêndios florestais.
Ações integradas
Também foram lançados os primeiros cadernos do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade (Probio II), desenvolvido pelo Mapa e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O conteúdo desses cadernos tem o intuito de reduzir a possibilidade de possíveis conflitos de entendimento com relação às boas práticas adotadas para espécies de expressão econômica e ambiental para os biomas brasileiros, utilizadas no processo extrativista sustentável.
A 11ª Semana dos Orgânicos contou com diversos parceiros, como a Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Educação, Ministério da Fazenda e a Biodiversidade para a Alimentação e Nutrição (BFN).
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