Veja 9 dicas para fazer o café
perfeito em casa, segundo à quarta edição do "Guia do Barista",
publicação referência para interessados no universo do café.
De
forma didática, o guia assinado por Edgard Bressani, especialista no
assunto e presidente-executivo do Octávio Café, reúne dicas para o
preparo do expresso, informações sobre países produtores do grão, regras
de competições internacionais, além de mapas e fotos dos processos que
levam à bebida.
"Não é um guia só para baristas, é para
apreciadores e apaixonados por café. Da semente à xícara, para que todos
possam conhecer o processo e entender o que há por trás do café", diz o
autor.
O livro, que será lançado nesta terça (26), conta também com receitas de drinques clássicos e criativos com a bebida.
Confira abaixo dicas do autor Edgard Bressani para fazer um bom café em casa.
1. Escolha um pacote certificado
Busque
nas prateleiras embalagens de grãos 100% arábica e indicações de que o
café é especial, com origem, rastreabilidade e proteção ambiental.
Atente para certificações como Utz Certified, Rainforest Aliance e da
Associação Brasileira de Cafés Especiais. Bons blends de café costumam
custar entre R$ 30 e R$ 60 o quilo.
2. Prefira o café daqui
Quanto
mais recente a torra, melhor. O período entre a torra e o consumo faz
com que ele perca sabor. O café importado pelo Brasil já vem torrado.
Por isso, prefira o café nacional. Mesmo assim, preste atenção à data de
validade –que identifica a idade do café.
3. Armazene em potes herméticos
Em
casa, proteja o café guardando o pó (ou grãos) em potes herméticos. Se
possível, invista em embalagens que permitem tirar o oxigênio de seu
interior (ele oxida o café). Procure um lugar com pequena variação de
temperatura e protegido da luz. Ele não deve ser mantido em geladeira
por causa da umidade, uma inimiga do café.
4. Moer em casa é o ideal
O
café moído na hora é mais rico em aromas. Hoje, o mercado tem muitas
opções de moedores caseiros, manuais e elétricos. Um aparelho pode
custar cerca de R$ 100. Se o café feito em casa for o coado, é preciso
moer bastante o grão, até que fique fino.
5. Use água filtrada ou mineral
Ao
aquecer a água, cuidado para que ela não ferva (fique borbulhando):
isso diminui a quantidade de oxigênio e, consequentemente, a intensidade
de aromas da bebida. Mantenha a água a aproximadamente 93 ºC.
6. Escalde o filtro de papel
Compre
filtros do tamanho do porta-filtro. Antes de preparar o café, use a
água quente para escaldar o filtro –isso tira o gosto de papel que pode
ser passado para a bebida. Depois de usar filtros de pano, lave os
filtros só com água, para evitar o gosto de produtos.
7. Não compacte o pó
Para
fazer o café coado, coloque o pó no filtro de forma uniforme, sem
compactá-lo, apertando-o. Molhe as beiradas primeiro e, a seguir, o
centro do coador. Depois, direcione a água, em fio, bem no centro.
8. Bom café não precisa de açúcar
Café
de boa qualidade deve mostrar o sabor que tem. Diferentemente do café
especial, de torra mais clara, o industrial é muito torrado –uma
tentativa de mascarar defeitos na bebida. Por isso, o açúcar se faz
necessário: com ele é possível tomar qualquer coisa.
9 - Explore outros método
Hoje
o mercado tem disponíveis utensílios para preparar café em casa de
outras maneiras. Aeropress, chemex, prensa francesa e mocha são fáceis
de usar e o mesmo pó preparado em variados métodos tem sabores
diferentes. Vale a pena explorar.
O Guia do Barista, da Café Editora, está a venda no site cafeeditora.com.br por R$ 60
A cebola foi um dos produtos que sofreu aumento nos preços no estado capixaba..
Alguns
produtos hortifrutícolas, encontrados no mercado das Centrais de
Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), apresentaram queda e alta
nos preços comparados com a última semana. Os produtos que mais
registraram baixa nos preços foram o coco verde e o mamão havaí.
O
coco verde teve queda de 31,5% no preço, o produto que custava R$0,73
na semana passada, está sendo ofertado a R$0,50. O mamão Havaí teve
redução de 17% nos preços, o produto que era ofertado a R$R$1,06 se
encontra a R$0,88.
Outros produtos também foram destaque e estão
com os preços mais acessíveis ao consumidor: o mamão formosa (-14%), a
tangerina ponkan (-12%), o quiabo (-10%), a abobrinha italiana (-10%), o
melão amarelo (-10%), a cenoura (-9,6%), e a batata doce (-8,5).
Alguns
produtos registraram alta nos preços como o pepino (46,9%), o chuchu
(28,6%), o pimentão verde (24,7%) e a vagem (23%). A cebola e o tomate
prevaleceram durante todo o mês com os preços mais elevados.
Segundo
o gerente técnico das Unidades Regionais, Marcos Antônio Magnago, neste
período alguns fatores têm contribuído para os preços relativamente
altos. “Um dos fatores que explicam o aumento do preço do tomate no
Espírito Santo foi a estiagem nos primeiros meses do ano. Muitas
lavouras foram prejudicadas pela falta de chuva e tiveram que diminuir a
produção devido ao uso controlado de água”.
Ele também disse que
no caso da cebola, ”nessa época do ano, quem abastece o mercado
brasileiro é o Estado de Santa Catarina que sofreu com fortes chuvas,
que agravaram a queda na produção. Outra grande parte da cebola
comercializada na Ceasa/ES é importada da Holanda e da Argentina, e
possui os preços mais altos. A expectativa é que em breve inicie-se a
safra de em Petrolina (PE) e a oferta tende a normalizar”, explica o
gerente.
Informações à Imprensa:
No
Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e
o amarelo. O vermelho, por exemplo, é um grande aliado na prevenção do
câncer.
O pimentão é um vegetal bastante consumido em todo o
mundo, com um sabor forte e apimentado ele é usado na gastronomia de
diversas formas como saladas, prato principal, e também como tempero de
alimentos. Nos primeiros meses do ano, nas Centrais de Abastecimento do
Espírito Santo (Ceasa/ES), circularam 2.416.240 quilos do produto
gerando uma movimentação financeira de R$4.537.280,62.
O
município que mais contribuiu com a oferta foi Santa Maria de Jetibá,
responsável por 40%, seguido de Domingos Martins com 19%. Os dois
municípios totalizaram 1.408.375 quilos. Outros municípios como Alfredo
Chaves, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, e Santa Teresa também
contribuíram de forma positiva na comercialização.
Segundo dados
do setor de estatística da Ceasa/ES, 20 municípios capixabas ofertam o
produto no entreposto central, localizado em Cariacica. O Estado de São
Paulo também contribuiu na comercialização, no período de janeiro a
abril o Estado contribuiu com 73.395 quilos totalizando R$489.686,04. O
vegetal querido pelos capixabas pode ser encontrado durante todo o ano e
é um dos produtos mais procurados. Atualmente o quilo do pimentão verde
está sendo cotado a R$2,10, o vermelho R$6,45 e o amarelo R$6,30 o
quilo.
Saúde
No Brasil, há três variedades mais comuns de
pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo. Ao escolher, descarte os que
apresentam machucados ou áreas escuras e fique com os que têm cor viva e
pele lisa.
Segundo a nutricionista Matilde Alves o pimentão é
uma excelente fonte de vitamina C, importante para o sistema imunológico
e um poderoso antioxidante que ajuda a combater radicais livres,
responsáveis por agredir células saudáveis. Quando está maduro é uma boa
fonte de vitamina A que auxilia na saúde dos ossos, da pele e da visão.
O
pimentão vermelho ainda contém licopeno, uma substância aparentemente
relacionada à menor incidência de câncer de próstata, de colo de útero,
de bexiga e do pâncreas.
Para saborear o pimentão, que tal uma receita bem fácil?
Pimentão recheado com carne moída e queijo
Ingredientes
570 g de carne moída
3 dentes de alho picados
1 cebola picada
430 g de tomate sem casca
1 xícara de queijo ralado
1 1/2 xícara de caldo de galinha
6 pimentões vermelhos pequenos
Modo de preparo
Aqueça
uma frigideira e refogue a cebola, o alho e a carne moída. Adicione o
queijo, misture e reserve esse caldo. Corte uma tampa na parte dos
cabinhos dos pimentões e retire o miolo e as sementes. Coloque um pouco
do caldo em cada um dos pimentões e coloque-os dentro de formas
individuais ou refratário. Pré-aqueça o forno em temperatura média
(180ºC) e gratine por 30 minutos.
Os
disparates dos preços chegam aos restaurantes que são capazes de cobrar
uma sobremesa contendo duas fatias de abacaxi, por R$ 39.
A
Cidade Maravilhosa, como conhecemos a capital fluminense, por conta da
politicagem barata e rasteira que vem de anos está entregue a todo tipo
de mazela, e no ano passado, por ocasião da vergonhosa Copa do Mundo
para os brasileiros, turistas e nativos tiveram de conviver com a
realidade dos preços altos dos produtos e imóveis. Apelidaram a situação
de "Surreal", numa comparação jocosa ao nosso dinheiro, devido aos
preços beirando o absurdo. E quando a gente pensa que a situação vai
tomando outra forma, até mesmo por conta das dificuldades provocadas por
uma política econômica pífia, eis que nos surpreendemos com posts no
Facebook, num espaço de uma semana, falando sobre absurdos contemplados
por duas consumidoras: uma em restaurante, dito de luxo, na Zona Sul do
Rio, e outra, ao ir a uma feira ou supermercado que a pessoa não disse
qual.
Ao ir a um restaurante, Elba Boechat, se deparou com o
absurdo de ter de pagar pouco mais de R$ 39 por duas fatias de abacaxi
verde e quase sem gosto (deve ser o tipo pérola campista que só serve
para assar na brasa ou em suco). A mesma fruta, com peso de 2 kg, está
sendo vendida na central de abastecimento de Irajá (Ceasa Grande Rio) ao
preço de R$ 3,50 a unidade. Só que nos chamados "sacolões", feiras
livres e supermercados, estes preços variam muito e podem chegar a R$ 7
uma fruta. Qual a justificativa dos restaurantes para um abacaxi com
preço tão alto? Perda do produto, afirmam; preços altos de aluguéis dos
imóveis na Zona Sul, tarifas absurdas da light, gás e taxas outras. Aí,
jogam a bomba na mão do consumidor. E pague quem quiser pagar.
Ontem,
nos surpreendemos novamente com post de Mirthes Guimarães falando sobre
os preços que encontrou, possívelmente na feira: o badejo, peixe
considerado nobre, sendo vendido a R$ 30 o kg; a tilápia, que virou moda
entre os naturebas, custando o absurdo de R$ 35, o kg. Sem contar o
tomate a R$ 8 e a cebola a R$ 7.
No caso da tilápia, um peixe
criado em cativeiro em muitos lugares da Região Serrana do estado, ótimo
e usado até mesmo nas refeições de pacientes no pós-operatório, como
acontece no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, Zona Sul carioca, o preço
cobrado ao consumidor podemos classificá-lo de roubo. Isso mesmo: o
consumidor está sendo assaltado a mão desarmada. Explicamos: se você for
ao Ceasa de Irajá, no mercado de peixe que existe lá, vai encontrar o
quilo do pescado tilápia a R$ 5,50, o kg. O único problema é depois
filetar o peixe. Mas isso não é sangria desatada, já que na internet
você encontra vídeos bacanas ensinando a filetar peixes variados. E o
pior é quando você vai a um restaurante e paga por um filé grande de
tilápia, acompanhado de arroz e salada, algo em torno de R$ 100. Os
preços altos desse produto também podem ser encontrados nas redes de
supermercados, junto com uma outra fraude, que podemos considerar: os
pacotes com meio quilo também apresentam preços que chegam a R$ 16, R$
18.
O CeasaCompras foi constatar também outros preços citados
pela Mirthes: o badejo estava sendo vendido a R$ 20 o quilo; a caixa de
22 kg do tomate (R$ 100) e a saca com 20 kg da cebola (R$ 80, a de Santa
Catarina; R$ 78, do Rio Grande do Sul; e R$ 70 a cebola roxa, que
normalmente era mais cara).
Soluções em peixes
Já que
falamos de peixes, vamos dar os preços de alguns deles, como a abrotea,
considerado o bacalhau brasileiro e que tem carne muito parecida com a
merluza, que está a R$ 6 kg, na Ceasa de Irajá. Outros peixes e frutos
do mar, são: corvina (R$ 7); espada (R$ 2,50), galo (R$ 2). garoupa (R$
20); linguado (R$ 20), lula (R$ 6); polvo (R$ 13); e sardinha verdadeira
(R$ 2).
Alimento
considerado saudável por muitos adeptos vem transformando o Meio
Ambiente chileno, embora não digam abertamente, pode afetar a saúde de
quem consome o produto com muita frequência. Quase todo o salmão
consumido no Brasil vem do Chile.
Do Globo Rural
Há
dez anos, o Brasil comprava do Chile dez mil toneladas de salmão. Hoje,
são 80 mil toneladas. É praticamente todo o salmão consumido no nosso
país. O Globo Rural visitou os centros de cultivos para entender como é
feita a engorda do peixe e os reflexos da criação para o meio ambiente.
Os
salmões ficam dentro de ‘balsas-jaulas’, enormes tanques-rede
flutuantes, com 25 metros por 25 metros e 20 de profundidade. Em cada um
ficam 28 mil peixes, que permanecem por 17 meses, até alcançarem 4,5
kg. Eles são monitorados 24 horas.
Jorge é mergulhador e entra
todos os dias no tanque. Ele monitora a mortalidade, a atividade do
peixe. Também checa se as redes estão perfeitas para que os salmões não
escapem. Caso isso aconteça, os criadores têm prejuízo. Além disso, pode
causar um dano para o meio ambiente, porque o salmão é uma espécie
exótica.
A indústria diz que não há escape, mas o biólogo do IMar
– Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos de Ambientes
Costeiros, em Puerto Montt, Edwin Niklitschek, discorda e explica.
“Estamos falando de vários milhões de salmões que escapam todo ano. Isso
tem um impacto muito grande sobre os peixes nativos. Isso porque eles
se alimentam deles e competem com eles.”
Remígio Gutierrez,
pescador há 25 anos, dirige o sindicato da categoria e denuncia os
efeitos da indústria salmoneira para o meio ambiente. “Havia muita vida
antes deles chegarem, mas depois morreu tudo o que está ao redor. Isso
se chama: a sombra da indústria salmoneira. Os sedimentos, as fezes do
salmão que caem ao fundo do mar, matam toda a vida. Termina com tudo.”
O
tratamento para doenças do salmão é outra polêmica. “O medicamento já
vem na ração. Normalmente se usa antibiótico para combater a doença
bacteriana”, explica o técnico do Centro de Cultivo Francisco Alvarez.
“Isso
prejudica profundamente a vida do fundo marinho, que fica limitada às
bactérias que estão aproveitando a matéria orgânica e alguns poucos
sobreviventes. A matéria orgânica e os químicos que se diluem desde a
sombra da balsa-jaula e chegam ao meio ambiente podem levar à
proliferação de espécies indesejáveis, como maré vermelha, algas que
bloqueiam o sistema respiratório dos animais, algas tóxicas”, diz o
biólogo do IMar.
Ao fim de cada ciclo de cultivo, o centro passa
por um período de três meses de descanso obrigatório por lei. É um vazio
sanitário, criado depois de uma crise sofrida pela indústria
salmoneira, entre 2007 e 2009. O vírus da anemia infecciosa, chamado
vírus ISA, que não atinge o ser humano, matou a metade dos peixes.
Indústria e governo tomaram uma série de medidas para controlar a crise.
“Na
prática, se mudou desde a restrição à importação de ovas, até a criação
de bairros de centros de cultivo, organizados, geograficamente e que,
coordenadamente, têm épocas de cultivo. Descansam três meses e outros
bairros vão produzir. Desta maneira se contém uma eventual disseminação
de um vírus e se coordena os tratamentos no interior de um bairro”,
explica Felipe Manterola, representante da SalmonChile.
No
estuário de Reloncavi, as balsas de cultivo de salmão estão abandonadas.
A denúncia é que estão desse jeito há anos. Em Santiago, capital do
país, o diretor do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura José Miguel
Burgos, confirma que o cultivo está mesmo fechado há mais de dois anos,
em um processo em que o governo deve suspender a concessão, porque não
foram respeitados os limites exigidos.
“São olhados vários
parâmetros basicamente para garantir oxigênio suficiente no fundo
marinho. Quando algum limite é superado, esse centro que superou o
limite não pode operar até que recupere sua condição. Essa é uma
regulação mais restrita que em muitos outros países”, diz o diretor.
Enquanto
se discute se as regras são adequadas, a indústria do salmão continua
empregando direta ou indiretamente 73 mil chilenos e produzindo
alimento.
Quando atinge 4,5 kg, o salmão do Atlântico é
transportado em navios rumo ao processamento. Em Quellón, na ilha de
Chiloé, existe um centro de monitoramento. Lá, os peixes são sugados por
uma tubulação e caem em tanques para o processamento. Dependendo da
época do ano, os tanques recebem de 30 mil a 100 mil peixes por dia.
Já
sem as vísceras, o salmão passa por uma checagem. Juan Fernandez, chefe
de produção, explica o que deve ser observado. “É importante revisar a
cavidade ventral e avaliar se há presença de algum corte ou ferida que
possa gerar o não aproveitamento 100% do peixe. Deve estar limpa e sem
restos de vísceras. Deve ter suas nadadeiras íntegras, pele de cor
característica de um peixe juvenil, dorso escuro, verde. Seus olhos
devem estar projetados para fora, nunca para dentro, porque para fora
significa que é um peixe fresco.”
Receita
O chefe suíço,
Frederick Emeric, explica as características do salmão. “O salmão é um
peixe muito bom porque tem pouca gordura e é uma gordura saudável para o
organismo”. Ele preparou um prato chileno: ceviche, peixe cru marinado
no limão.
Ele corta o salmão em cubinhos e acrescenta cebola
roxa, aipo, suco de limão, alho, azeite, sal e coentro. Depois gengibre e
pimenta aji, muito usada na região. Mistura tudo e está pronto! Veja no
vídeo toda a explicação.
Empresas
transformam terrenos em hortas na capital; restaurantes usam produtos
em pratos. Shopping transformou cobertura em plantação, adubada com lixo
orgânico produzido por eles.
A 10 minutos da Avenida Paulista,
em pleno bairro da Vila Mariana, na zona sul da capital, existe um
cafezal com 1,6 mil pés. Na última quinta-feira, começou a colheita da
safra 2015 da tradicional (e simbólica) lavoura do Instituto Biológico.
Mas não se trata da única plantação de alimentos dentro da área urbana
de São Paulo. Atualmente, são muitas as empresas que apostam em hortas
comunitárias.
É o caso do Shopping Eldorado, na Marginal do
Pinheiros, na zona oeste. Em 2012, a administração do empreendimento
decidiu transformar a cobertura do complexo em plantação. Contratou dois
funcionários para cuidar exclusivamente da empreitada e envolveu todos
os demais no processo de separação do lixo orgânico - quase 1 tonelada
por dia, que vai para uma composteira e é transformada em adubo - e de
colheita. Eles podem levar as hortaliças e temperos para casa. A 10
minutos da Avenida Paulista, em pleno bairro da Vila Mariana, existe um
cafezal com 1,6 mil pés.
Na próxima quinta, começa a colheita da
safra 2015 da tradicional (e simbólica) lavoura do Instituto Biológico.
Mas não se trata da única plantação de alimentos dentro da área urbana
de São Paulo.
Atualmente, são muitas as empresas que apostam
em hortinhas comunitárias como forma de integrar suas equipes, afinar
um discurso ecologicamente correto e, em alguns casos, fazer o bem.
O
Shopping Eldorado contratou dois funcionários para cuidar
exclusivamente da horta e envolveu todos os demais no processo de
separação do lixo orgânico - quase 1 tonelada por dia, que vai para uma
composteira e é transformada em adubo .Os funcionários também participam
da colheita - quando eles podem levar as hortaliças e temperos para
casa
A horta da casa de eventos EcoHouse, em Pinheiros, serve para
abastecer os restaurantes da rede Tantra - que são do mesmo
proprietário, o chef Eric Thomas O projeto foi desenvolvido há quatro
anos na EcoHouse. No período, foram plantadas folhas verdes para
saladas, de forma hidropônica; flores comestíveis, como orquídeas e
mini-rosas; ervas para temperos; e até árvores frutíferas, como
limoeiros, parreiras e jabuticabeiras
"Hoje, nossa plantação ocupa 3 mil metros quadrados", afirma Marcio Glasberg, gerente de operações do shopping.
A
horta da casa de eventos EcoHouse, em Pinheiros, na zona oeste, serve
para abastecer os restaurantes da rede Tantra - que são do mesmo
proprietário, o chef Eric Thomas. "Um dos objetivos do projeto é provar
que um restaurante pode ser independente na produção de seus insumos no
local, diminuindo, assim, o impacto ambiental", afirma.
O projeto
foi desenvolvido há quatro anos. Já foram plantadas folhas verdes para
saladas, de forma hidropônica; flores comestíveis, como orquídeas e
minirrosas; ervas para temperos; e até árvores frutíferas, como
limoeiros e jabuticabeiras.
Também do ramo de alimentação e com
discurso "saudável", a rede de restaurantes Salad implementou, há seis
meses, uma horta em seu escritório administrativo, no Pacaembu, zona
oeste. Toda a produção é usada no preparo das refeições dos 22
funcionários que atuam na sede. A empresa ressalta que a ideia de criar a
hortinha veio de uma tentativa de começar "um trabalho de dentro para
fora, conscientizando os colaboradores sobre a importância de uma
alimentação saudável e equilibrada".
No bairro da Água Fria, na
zona norte, a agência de comunicação E4 também criou hortinha dentro do
escritório, há três anos. Ali, eles têm cebolinha, hortelã, manjerona e
orégano, entre outras plantas - até um pé de acerola. "A produção fica
para os testes que fazemos em nossa cozinha, já que somos uma agência
especializada em nutrição e alimentação saudável. E, claro, para o
consumo próprio do pessoal da agência", conta o diretor, Gustavo
Negrini.
Há ainda escolas que usam hortas de forma pedagógica. É o
caso do Colégio Santa Amália, na Saúde, zona sul. Ali, desde o ano
passado, há uma plantação de 3 metros quadrados. "A cada dois meses, uma
turma fica responsável pelo plantio, colheita e preparo de pratos com
os produtos colhidos", explica Rafaela Yumi Montesinos, nutricionista do
colégio.
Cafezal. No caso do cafezal da Vila Mariana - cuja
produção anual de cerca de 500 kg é distribuída a entidades
assistenciais cadastradas pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado
-, a história começou na primeira metade do século 20. Atualmente, a
lavoura urbana tem função didática, pedagógica e cultural: serve para
que os paulistanos possam conhecer o cultivo daquele que já foi o motor
da economia do Estado.
"Qualquer um pode visitar, conhecer esse
tipo de lavoura que é tão importante para a nossa história", diz o
diretor técnico do instituto, Antonio Batista Filho. Desde 2006, sempre
em maio, o Instituto realiza o início simbólico da colheita do café.
Casa
Branca (EUA) faz do sumiço de abelhas uma questão de Estado. Mais de 40%
das abelhas americanas desapareceram, segundo estudo. O problema
ultrapassa preocupações conservacionistas, já que os insetos geram 15
bilhões de dólares por ano para a agricultura do país. Veja matéria
desta semana publicada pela Veja.
As abelhas começaram a sumir
nos Estados Unidos. E isso preocupou a Casa Branca. Um estudo divulgado
pelo consórcio Bee Informed Partnership, financiado pelo governo e por
universidades americanas, destacou que apenas no ano passado 42% das
colônias americanas desse inseto desapareceram. Por que isso dá dor de
cabeça até no presidente Barack Obama? As abelhas são as principais
polinizadoras do hemisfério norte, associadas ao florescimento da flora e
à maior parte do cultivo agrícola. Só nos Estados Unidos, um mercado de
15 bilhões de dólares depende diretamente desse trabalho de
polinização. Com menos abelhas, menor é a produção. A gravidade do
problema econômico fez a Casa Branca montar uma força-tarefa de
cientistas para resolver o assunto. Na última terça-feira (19) começaram
a aparecer os primeiros resultados.
Para poupar os insetos, as
estratégias governamentais são aumentar o tamanho dos habitats
polinizadores, encorajar o treinamento de cientistas especializados em
abelhas e estabelecer bancos de sementes de plantas atrativas para o
inseto. "Buscamos engajar todos os segmentos da nossa sociedade para
que, trabalhando juntos, possamos dar passos significativos e
importantes para reverter o declínio dos polinizadores", disse o
Secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, em carta
oficial.
O sumiço das abelhas começou a ser notado por
apicultores americanos há dez anos. Como de costume, os insetos saíam
das colônias à procura de pólen e, de tabela, polinizavam plantações de
frutas, legumes e grãos. O problema é que elas começaram a não voltar
mais, deixando para trás apenas a rainha com poucas operárias
remanescentes. Fenômeno que ganhou o nome de colony colapse disorder (em
inglês, síndrome do colapso da colônia, ou CCD). Pesquisadores então
indicaram que essas abelhas morriam antes de conseguir retornar. É um
enorme problema que ultrapassa as preocupações conservacionistas. Sem as
abelhas, não há plantações. Sem essas, diminui a produção local de
comida, e a economia sofre.
O novo levantamento confirma que a
crise não só continua, como piora. A taxa de desaparecimento de 42% é
maior que a de 2013 e 2012 somados, quando se registrou uma baixa de
34,2%. A taxa atual é quatro vezes acima do que a baixa considerada
"normal" pelos apicultores. Nos estados de Oklahoma, Illinois, Iowa e
Pensilvânia, o dano foi ainda maior: bateu os 60%.
Abelhas também teriam uma personalidade, indica estudo
O
inseto, que muitas vezes é lembrado apenas pelas picadas dolorosas, é
essencial para a agricultura. Dois terços de todos os alimentos
ingeridos no planeta dependem das abelhas. Estima-se que elas rendam 15
bilhões de dólares por ano apenas à economia americana, graças a sua
ajuda à agricultura. Como existem 2,5 milhões de colônias de abelhas em
cativeiro no país (e são essas as que são usadas na agricultura), o
valor estimado de cada uma delas, em uma conta simples, seria de 6 000
dólares. Para piorar, diferentemente do Brasil, que têm ao menos 3 000
espécies de abelhas selvagens, nos Estados Unidos há só a Apis melífera,
inseto de origem europeia que está sendo afetado por essa crise. Como
só tem um tipo, qualquer ameaça é urgente.
É preciso ressaltar
que é natural que as abelhas se afastem por até três quilômetros de suas
colônias em busca de alimentos, mas a baixa de insetos considerada
"normal" é de 10%, quantidade muito menor do que a que vem sendo perdida
e facilmente reposta pela reprodução dos animais. Aliás, o que chocou
os pesquisadores não foi somente a quantidade de abelhas desaparecidas,
mas sim o fato de que, pela primeira vez na história, a baixa foi maior
durante o verão, época (em teoria) mais favorável a elas do que o
inverno.
Em países de clima temperado, as colmeias ficam cobertas
por neve durante a estação, e cerca de 20% das abelhas naturalmente não
resiste ao frio. "Nós esperávamos que as colônias morressem durante o
inverno, porque é uma estação estressante. É amedrontador notar as
perdas no verão, que deveria ser como um paraíso para as abelhas", disse
Dennis van Engelsdorp, professor da Universidade de Maryland e um dos
autores do estudo. Ou seja, se no verão está ruim, imagina no inverno.
Para
piorar, apesar de o fenômeno não ser novidade, pesquisadores ainda não
conseguiram identificar qual é a causa do sumiço. Os autores do estudo
indicaram que os motivos prováveis são uma combinação de ácaros, má
alimentação e pesticidas, mas existem outras hipóteses, como o aumento
de predadores e os efeitos negativos das mudanças climáticas. A teoria
mais aceita é aquela que aponta para os pesticidas, já que muitos desses
produtos contêm uma substância chamada neonicotinóide, que age
diretamente no cérebro do inseto, fazendo com que ele esqueça de onde
veio e, consequentemente, o caminho de volta para a colmeia. "Temos
indícios de que essa é a principal causa, mas existem muitos interesses
econômicos e conservacionistas nesse debate, por isso não se bate o
martelo", disse o biólogo Lionel Segui Gonçalves, professor aposentado
da USP e pesquisador da genética das abelhas com 50 anos de experiência.
Apesar
de os Estados Unidos estarem na situação mais crítica, o fenômeno
acomete quase toda a parte ocidental do hemisfério norte há um bom
tempo. Estima-se que algumas regiões da Europa tenham perdido até 53%
das colônias nos últimos anos. Os impactos foram sentidos no preço de
produtos agrícolas. Na Espanha, o quilo de vegetais oleaginosos bateu os
oito euros, valor mais alto desde 2005. As cerejas que eram cultivadas
em território francês foram transferidas para a Austrália, onde ainda
não se tem sinal de baixas de abelhas. Já nos Estados Unidos as amêndoas
tiveram uma inflação de 43%.
Recentemente, países fora desse
eixo começaram a também detectar indícios do fenômeno, como Japão, China
e mesmo o Brasil. Por aqui, tanto as abelhas de ferrão, que produzem
mel, quanto aquelas sem ferrão estão sendo prejudicadas. Para abordar o
problema, a organização nacional Sem Abelha, Sem Alimento lançou há um
ano o aplicativo Bee Alert, em que apicultores registram casos de
desaparecimento. Até agora, foi registrada a perda de 12 000 colônias em
13 estados brasileiros, entre os quais São Paulo é o mais afetado. "É
fácil de entender por que São Paulo lidera: no Estado, o uso de
pesticidas é intenso", definiu o biólogo Lionel Segui Gonçalves.
Mas
o que aconteceria se as abelhas sumissem da Terra? O genial físico
Albert Einstein, que gostava de palpitar sobre diversas áreas do
conhecimento, dizia que "se as abelhas desaparecessem, o homem só
sobreviveria por quatro anos". A linha de raciocínio aqui é o fato de
que sem abelhas não teríamos 70% dos alimentos que consumimos e também
haveria uma redução na parcela verde do planeta, o que levaria a uma
diminuição do oxigênio disponível. Não é preciso enxergar tão longe para
saber que o extermínio acarretaria um desastre ambiental, com o colapso
da agricultura e da flora global.