Melhor
oportunidade de negócios para o setor no ano, data terá maior oferta de
produtos cultivados na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Se para
o comércio em geral o Dia das Mães é a segunda melhor época de vendas
do ano depois do Natal, para a floricultura, a data é disparada a maior
oportunidade de negócios do setor. Na hora de presenteá-las, as flores,
muitas vezes também complementam o presente principal, traduzindo
sentimentos de carinho, gratidão e amor.
Apesar do cenário
econômico nacional, os floricultores fluminenses esperam comercializar
neste Dia das Mães um volume de flores três vezes superior a média das
demais semanas do ano. A previsão segue a tendência nacional que estima
crescimento de 6% nas vendas, comparativamente à mesma data do ano
passado.
Para o produtor de rosas e presidente da Associação de
Produtores de Flores de Stucky, em Nova Friburgo, Carlos Alberto da
Silveira, o segmento no estado do Rio está fortalecido e vem superando
as dificuldades com profissionalismo e investimento.
- A adoção
de tecnologias como cultivo protegido, irrigação por gotejamento e
padronização de embalagens são alguns dos diferenciais que estão gerando
resultados positivos na qualidade de nossas flores - afirmou Silveira.
O
otimismo também é compartilhado pelos produtores de Vargem Alta, em
Nova Friburgo, entre eles, Vadite Chamboudet que calcula aumento de 50%
no preço das rosas comercializadas para o atacado.
- A ampliação
de pontos de vendas no varejo para a data e a maior procura pela rosa,
flor preferida nesta ocasião, me motivaram a ampliar a área de cultivo.
Tenho hoje 40 mil pés de rosas vermelhas e chá, as mais pedidas pelo
consumidor - explicou Vadit.
Segundo a coordenadora do Programa
Florescer, da secretaria estadual de Agricultura, Nazaré Dias, a Região
Serrana é a maior produtora de flores de corte do estado, com 570
floricultores. Os municípios de Nova Friburgo e Bom Jardim, se destacam
na produção de rosas gérberas, lírios, alstromérias, crisântemos, entre
outras.
- De acordo com pesquisa realizada pelo Sindflores -
Sindicato Nacional do Comércio Varejista de Flores - as rosas,
especialmente as vermelhas, lideram na preferência dos consumidores para
presentear as mães em 2015. Na segunda posição, vem os vasos de
orquídeas, seguido dos vasos floridos em geral, especialmente begônias,
kalanchoes, azaleias, etc. Os arranjos e buquês prontos chegam a
representar 13% do total das vendas para a data - informou ela.
Produção conta com apoio do governo fluminense e do governo federal.
O
Rio de Janeiro vai iniciar imediatamente o processo de inserção das
agroindústrias fluminenses em todos os mercados regionais do Brasil. A
informação foi passada pelo secretário estadual de Agricultura,
Christino Áureo, durante o lançamento do Plano de Defesa Agropecuária
2015/2020 (PDA), pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), Kátia Abreu, em solenidade com a presença da presidenta Dilma
Rousseff, em Brasília.
Na ocasião, a presidenta também assinou o
decreto que regulamenta o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (SISBI/POA) que descentraliza os serviços de inspeção
federal e amplia a industrialização de produtos da agricultura familiar.
-
Com esta ferramenta será possível retomar a presença, em âmbito
nacional, das agroindústrias do estado nas áreas de proteínas animal
(carnes, laticínios, etc) - explicou o secretário Christino Áureo.
De
acordo com a ministra Kátia Abreu, com o decreto, 2.560 agroindústrias
passam a receber emancipação, pois já estão no sistema. A adesão dos
estados será automática no momento do protocolo dos documentos e na
apresentação da lista de empresas ao Ministério da Agricultura.
-
Todos os estabelecimentos que já passaram por inspeção estadual serão
incluídos no sistema automaticamente, sem necessidade de uma nova
autorização pelo MAPA - acrescentou.
O PDA lançado hoje define
estratégias e ações para evitar e combater pragas nas lavouras e doenças
nos rebanhos brasileiros, promovendo o desenvolvimento sustentável do
agronegócio e garantindo a preservação da vida e saúde das pessoas e
animais, segurança alimentar e o acesso a mercados.
O documento
introduz um novo modelo de gestão eficiente, capaz de fortalecer uma
ação conjunta em nível federal, estadual e municipal. O plano vai
atualizar diversas normas sanitárias à realidade do agronegócio do país,
além de adaptar procedimentos e capacitar ainda mais os técnicos a
tomarem decisões na área sanitária com base em conhecimento científico e
análise de risco.
Em seu discurso, a presidenta Dilma enfatizou o
passo histórico dado com o PDA, que implementa um sistema de defesa
inteligente, eficiente e transparente.
- Ele vai funcionar como
elemento fundamental para que o Brasil possa expandir sua produção sem
exigências excessivas de selos, carimbos e comprovações. Simplificar não
significa deixar de fiscalizar. É sim, uma forma inteligente, baseada
no princípio da confiança que temos nos produtores - frisou.
O
tradicional Festival de Sopas Ceagesp começou nesta quarta-feira (6/5).
Realizado desde 2009, o evento oferece cinco tipos de caldos a preço
fechado: R$ 32,90 por pessoa. Cada um pode servir-se à vontade.
O
cardápio de sopas muda semanalmente, mantendo-se apenas as duas opções
de sopa de cebola (gratinada e sem gratinar) —que são as mais pedidas
pelos clientes.
O evento funcionará de quarta a domingo, sempre a
partir das 18h. Às quartas, quintas e domingos, fecha à meia-noite. Às
sextas e sábados, segue até 2h da manhã.
Av. dr. Gastão Vidigal,
altura do 1.946, Vila Leopoldina, zona oeste, São Paulo, SP. Qua., qui. e
dom.: 18h às 0h. Sex. e sáb.: 18h às 2h. Ingr.: R$ 32,90. Abertura:
6/5. Até 30/8.
O mês de maio
começa com boas dicas de frutas e hortaliças para os consumidores, de
acordo com elaboração da CeasaMinas. Diversos produtos estão com boa
oferta, preços baixos e ótima qualidade. Um exemplo é a Tangerina
Ponkán. O produto é rico em carboidratos, sendo importante para dar
energia necessária ao bom funcionamento do corpo. Outros elementos
presentes na Tangerina são o potássio e a vitamina B1.
Outro
produto que está em safra é o chuchu. Ao comprá-lo observe se ele tem a
casca verde bem clara e lisa. O chuchu deve medir 10 cm de comprimento
por 6 cm de largura.
O mamão formosa é mais um produto que está
entrando em safra com boa oferta e preço baixo. Uma curiosidade é que a
casca do mamão verde amacia carnes (este é um detalhe interessante já
contado tempos atrás pelo apresentador do SBT Ratinho, da época em que
ele vendia "churrasquinho de gato" na rua, quando ele usava o mamão
verde para amassiar carnes mais duras, como a pá e o acem). Basta
colocá-las em contato por alguns minutos. Veja mais oportunidades do
mês:
ABACATE
ABOBORA JERIMUM
ABOBRINHA MARIMBA
BANANA MACA
BANANA MARMELO
BANANA TERRA
BATATA DOCE
CARA
CARAMBOLA
CEBOLA IMPORTADA
CHUCHU
INHAME
JILO
LARANJA KINKAN
LARANJA LIMA
LIMAO
LIMAO CRAVO
LIMAO TAHITI
MAÇÃ BRASILEIRA
MAMAO COMUM
MAMAO FORMOSA
MANDIOCA
MANDIOQUINHA
MARACUJA
OVOS CODORNA
PIMENTAO
TANGERINA
TANGERINA PONKAN
TANGERINA RIO
UVA
UVA BENITAKA
UVA ITALIA
UVA NIAGARA
UVA RED GLOBE
Produtores de mandioca de SP estão preocupados. Sacas estão acumulando nas indústrias.
Apesar
da boa safra, os produtores de mandioca do interior de São Paulo estão
preocupados, pois o Nordeste do país também está com boa safra, o que
fez o preço da raiz despencar no mercado.
Os bons resultados nas
safras passadas deixaram o produtor Edson Schiavon confiante. Ele
aumentou a área cultivada na propriedade que fica em Tupã, no
centro-oeste de São Paulo, e investiu em melhores insumos, mas o mercado
não correspondeu à altura.
Ele é um dos 7 mil produtores do
centro-oeste paulista, onde está a maior concentração de mandioqueiros
do estado. Por ano, a produção chega a mais de 1,3 milhão detoneladas de
raiz "in natura". No ano passado, muitos paulistas apostaram na cultura
porque o norte e o nordeste não deram conta de abastecer o mercado por
causa da seca severa na região. Assim, a região abasteceu o Nordeste.
Hoje a situação inverteu.
O excesso no campo derrubou os preços.
No ano passado, a tonelada chegou a ser vendida a R$ 600. Hoje, não
passa dos R$ 150, uma queda de 75%.
A crise que começou no campo
inevitavelmente chega às fábricas. A indústria dirigida por Alcir Baldo
Júnior processa 3 mil toneladas por mês e já acumula um estoque de 20
mil sacos de fécula, quando o normal seria algo em torno de 5 mil. É
tanto produto em excesso que cada canto da fábrica virou um depósito.
Essa
é a conclusão de um estudo elaborado pela CeasaMinas, com base na
movimentação de hortifrutigranjeiros nos mercados e nos estudos do
DIEESE. O tomate, batata e cebola devem puxar essa tendência, calculam
os técnicos. Oligopólio formado por produtores de Santa Catarina
dificultam baixa nos preços da cebola. Enquanto isso, frutas como a
laranja pêra e a banana prata, maçã, terão os preços recuados.
A
central de abastecimento de Minas Gerais vem se destacando na elaboração
de relatórios econômicos importantes que estão servindo para traçarmos
um norte em relação aos preços dos produtos, e também em relação a
quantidade de hortifrutigranjeiros que chegam a esses mercados. A
CeasaMinas está substituindo e muito bem a Ceagesp, maior central da
América Latina, que todos os meses publicava o seu Índice de Preços e
deixou de publicar sem qualquer justificativa. Ambas são federais. Cabe
aqui destacar que, depois de um incêndio provocado por vândalos, a
Ceagesp não foi mais a mesma em divulgação e análise de preços para o
mercado. Ficando apenas a tabela pura e simples. Até o Blog Qualidade
foi tirado do ar.
O documento aponta também que os fatores
climáticos desordenados, como as secas intensas e as chuvas demasiadas,
junto com o fator entressafra, estão pressionando os preços do mercado
paulista. Ele tem como base pesquisa do DIEESE (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudo Sócio-Econômicos).
No
balanço, que estuda a movimentação de cargas na Ceasa de Minas, no
período compreendido entre 2014 e 2015, no caso do tomate longa vida,
proporcionou uma queda de 15,26% nos preços, no período de um ano; e
15%, entre fevereiro e março últimos.
As maiores quedas de preços
no ramo das chamadas hortaliças fruto foram verificadas nos preços do
chuchu (34,06%), em 12 meses; e 67,03% entre fevereiro e março; abóbora
italiana, 8,14% e mais 29,46% (fevereiro/março); quiabo 47,66% e 46,41%
(fevereiro/março); milho verde, 34,55% e 5,26% (fevereiro/março)
Altas consideráveis
No
caso da batata lisa não houve queda no preço. O índice verificado em um
ano foi de 10,32% entre 2014 e 2015, em média, e mais 3,47% entre
fevereiro e março de 2015. A cebola amarela teve uma alta muito
concentrada em Minas Gerais, indicando 66,14% no período de um ano e
mais 18,54%, entre fevereiro e março.
A cenoura, que tinha
registrado aumento de 38,53% em seu preço, no período 2014/2015,
apresentou queda de 4,43% (fevereiro/março). O alho importado vem
mantendo sua tendência de alta: 48,34% (2014/2015) e 7,82%
(fevereiro/março); o alho brasileiro, 22,05% (2014/2015) e mais 7,82%
(fevereiro/março).
Esses aumentos de preços não foram por falta
de produtos. No caso da batata houve aumento da oferta (17.492
toneladas), ou seja, 18% no período de 12 meses, e mais 22%
(fevereiro/março). A cebola amarela (7.075 toneladas), superando em 15% a
oferta em igual período de 2014, e mais 19% (fevereiro/março). Em
relação aos preços da cebola, o documento distribuído pela CeasaMinas
culpa os produtores de Santa Catarina, mas precisamento do Vale do
Itajaí, que formaram uma espécie de oligopólio dificultando a negociação
de preços.
Frutas brasileiras
O limão Tahiti sofreu
reajuste de 39,71% nos preços, no período de doze meses, aumentando mais
6,47% no ciclo fevereiro/março de 2015. O mamão Havaí seguiu atrás na
mesma alta, marcando 49,26% (2014/2015) e mais 52,63% (fevereiro/março).
Mas
o melão teve grande queda, registrando - 50,73% em seu preço no igual
período de um ano, e mais 46,56% (fevereiro/março). Outras quedas foram
em relação à laranja pêra (-18,35%), em doze meses, e mais -8,25%
(fevereiro/março); maçã, - 26,79% (2014/2015) e - 8,25%
(fevereiro/março); banana prata (-13,90%) e - 7,69% (fevereiro/março);
melancia, que vinha de alta nos preços, acusando + 13,25%, em um ano,
acusa agora queda de - 8,74% (fevereiro/março).
Em relação à
laranja pêra, o documento esclarece que teve uma oferda robusta da fruta
(10.029 toneladas), que pressionou a cotação de preços no entreposto
mineiro. As laranjas vieram em grande quantide de Piracicaba, Campinas e
São José do Rio Preto, regiões produtoras paulistas. Os EUA também
tiveram problemas com a produção do suco de laranja com a queda de
rendimento das lavouras da Flórida, pressionando os preços na Bolsa de
Valores de Nova Iorque.
No caso da banana prata, o aumento foi de
22% na quantidade oferecida no entreposto mineiro (7.018 toneladas), no
período de um ano, e mais 27% (fevereiro/março). A demanda pelo produto
está desaquecida, forçando para baixo os preços, bem como o aumento da
produção vindas do Norte de Minas e do Sul da Bahia.
Já a maçã
brasileira teve elevação da oferta em 16%, entre 2014 e 2015, e mais 39%
(fevereiro/março), o que, de acordo com o documento, já era esperado
pelos produtores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Pêras e ovos
Entre
as frutas importadas, a pêra teve queda de 13,45% no preço médio, entre
março e fevereiro de 2015, com a circulação do produto aumentando em
34% no período de um ano (1.764 toneladas) e mais 54% (fevereiro/março).
No
caso do ovos, os preços subiram 7,10% em um ano, e mais 5,54% no
período de fevereiro/março, apesar do aumento da produção que chegou ao
entreposto mineiro (5.134 toneladas); significando 35% de aumento no
período de um ano e mais 27% (fevereiro/março).
A Semana Santa aqueceu a demanda que sobrepujou a oferta de ovos que chegaram do Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Crise
se espalha e coloca em risco conquistas da nova classe média que faz
malabarismo financeiro e seleciona conquistas. Consumidor volta a
estocar comida em casa novamente, as chamadas compras de mês que servem
para comprar alimentos para até três meses, aproveitando produtos em
oferta.
Ao enfrentar a sua primeira crise econômica desde que
subiu na pirâmide social, classe C mostra desapego com produtos mais
básicos e sinaliza que prioriza serviços mais sofisticados
Cortar
o restaurante nas horas de lazer, mas garantir a TV por assinatura e a
internet em casa. Reduzir as idas ao shopping, mas aumentar as compras
no atacado. Manter o achocolatado de marca nobre, mas misturá-lo com
outro, mais barato. Em maior ou menor grau, ponderar escolhas como essas
já faz parte do cotidiano de milhares de famílias brasileiras.
Essas
manobras foram identificadas em pesquisas recentes que acompanham
hábitos da chamada nova classe média. Na avaliação de especialistas em
consumo e em comportamento na base da pirâmide, as escolhas indicam que a
classe C já começou a abdicar de algumas conquistas, consideradas
menores, na tentativa de preservar outras, mais importantes.
“Pesquisas
com a classe C sempre identificaram que o seu maior temor era,
genericamente, perder as suas conquistas recentes”, diz Maurício Prado,
sócio-diretor da Plano CDE, consultoria especializada em pesquisas sobre
a baixa renda. “O risco difuso virou realidade por causa da
possibilidade de perda de emprego e de queda na renda: é preciso fazer
escolhas.”
Três levantamentos realizados neste início de ano
pela Plano CDE traçam um retrato de como a classe C sente e reage à
primeira crise econômica desde que ascendeu na pirâmide social (veja
quadro). O mais recente, feito há três semanas, mostra que a maior
preocupação de famílias com renda entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil é não
ter dinheiro para pagar as contas - contas essas que têm uma composição
mais sofisticada. “Há o smartphone, a TV por assinatura, a prestação do
carro”, diz Prado. “Há 15 anos, deixar de comprar sabão em pó de marca
era perda de status, agora, já nem tanto.”
Na reacomodação de
prioridades, o celular, por exemplo, reina. A tarifa não é barata, mas
ele não está entre os itens que já foram restringidos e só aparece no
fim da lista de eventuais economias futuras. O salão de beleza, que
viveu um boom, perde força, porque unha e cabelo podem ser feitos em
casa a um custo inferior. O plano de saúde privado também começa a ser
descartado - bem ou mal, há o SUS.
A relação com produtos
básicos, mais tradicionais, por sua vez, dá sinais de que está em
transformação. Historicamente, reduzir a compra do básico, especialmente
de comida, era o último artifício de economia na baixa renda. Neste
início de ano, porém, a Nielsen, uma das maiores empresas de pesquisa de
mercado do mundo, identificou desaceleração justamente nisso.
Básico.
A Nielsen acompanha um conjunto de produtos que forma uma espécie de
cesta básica, com arroz, feijão, desodorante e xampu, por exemplo. Há um
dado curioso quando se observa a quantidade de itens. Em janeiro e
fevereiro do ano passado, em relação a 2013, quando a economia ia bem, o
volume teve uma alta de 6,9%. Em janeiro e fevereiro deste ano, em
relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de apenas 1,2% - as
pessoas compraram um número menor de itens. “A dona de casa é uma
malabarista das finanças, poupa, sim, mas em parte garante um mimo, algo
que na sua avaliação ela merece ter”, diz Olegário Araújo, diretor de
atendimento ao atacado e varejo da Nielsen.
Os mimos podem ter
outra dimensão, como mostra Vânia Lages, de 55 anos. Ela ganha R$ 1,7
mil por mês como assistente administrativa de uma escola de primeiro
grau. Sua conquista foi comprar um apartamento “perto de tudo”, no
bairro de Pituba, em Salvador. O condomínio subiu para R$ 470 reais.
Pesa. Mas ela não vai se mudar. “Tenho me privado de tantas alegrias,
mas quero morar num lugar decente”, diz Vânia. Para compensar, trocou o
plano do celular de pós para pré-pago, evita ir ao shopping e leva uma
lista ao supermercado para não comprar o que não precisa.