quinta-feira, 16 de abril de 2015
Circuito gastronômico no Rio vai reunir dez comunidades pacificadas
Moradores e visitantes poderão degustar diversos pratos locais. As inscrições estão abertas.
O Sebrae/RJ (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro) abriu as inscrições para a edição 2015 do Circuito Gastronômico Sebrae na Mesa em Comunidades. O evento será realizado nos dias 5, 6, 12, 13, 19 e 20 de setembro e acontecerá simultaneamente em 10 comunidades pacificadas: Santa Marta, Tabajaras/Cabritos, Chapéu Mangueira/Babilônia, Vidigal, Rocinha, Providência/Morro do Pinto e Salgueiro.
A iniciativa é uma das ações que compõem o Projeto de Fortalecimento da
Gastronomia em Comunidades de Baixo IDH do Sebrae/RJ. Os interessados em participar do circuito poderão fazer sua inscrição até o dia 4 de maio, pelo telefone 0800 570 0800. Durante o circuito, os moradores das comunidades e os visitantes poderão degustar pratos autênticos da Culinária Carioca de Raiz, criados e produzidos nas comunidades pacificadas.
O circuito visa fomentar o desenvolvimento dos bares e restaurantes das áreas pacificadas para aumentar a sustentabilidade desses negócios, por meio do aumento da lucratividade e da competitividade dessas empresas. De acordo com o gerente de articulação institucional do Sebrae, Frederico Novaes, o evento é um estímulo para os negócios locais, além de ter um cunho social.
- Este tipo de evento é uma oportunidade de aproximação de diversas áreas do Rio de Janeiro para gerações de novos negócios. O turista vai para a comunidade e pode interagir com o morador. É um desafio para integrar a cidade como um todo - disse Frederico.
O Circuito Gastronômico Sebrae na Mesa em Comunidades é organizado pelo Sebrae/RJ em parceria com o Rio+Social, AgeRio (Agência Estadual de Fomento), UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), NBS Rio+Rio, Favela Orgânica, Tabritur, Favella Inn e Coral, além das associações de moradores.
Ceasa de Juiz de Fora vai dobrar de tamanho
O entreposto da CeasaMinas em Juiz de Fora vai ganhar dois novos pavilhões. A empresa M&M Empreendimento Ltda. venceu a licitação realizada no dia 23/03 e será responsável pela construção dos novos Pavilhões GPII e GPIII. Depois de prontos, a mesma empresa colocará os espaços em disposição para a CeasaMinas licitar. O edital prevê um prazo de 36 meses para a conclusão das obras.
Segundo o gerente da unidade de Juiz de Fora, Vinícius Barros, o empreendimento irá dobrar o espaço usado para comercialização no entreposto. “A expectativa é que aumente a oferta de produtos e, consequentemente, o número de clientes”, diz. Com a expansão, vai aumentar também a diversificação dos produtos, com a chegada de novos ramos de atividade.
Marco Aurélio Vasconcellos Mattos, dono da M&M Empreendimento Ltda., resolveu investir na CeasaMinas pois acredita no potencial de crescimento do entreposto. “Sou nascido e fui criado em Juiz de Fora. Conheço a CeasaMinas há muito tempo, então eu já sabia do seu potencial para receber novos negócios. Embora eu ainda não possa falar em números, acredito no crescimento da minha empresa com esse investimento”, disse.
Pavilhões
O GPII terá 1.049,60 m², correspondente a 32 boxes de 32,80 m². O GPIII terá 1.312 m², correspondente a 40 boxes de 32,80 m². Ambos contarão com 5.000 m² de arruamento ao lado. As atividades dos futuros pavilhões serão comércio atacadista de gêneros alimentícios, hortifrutigranjeiros, cereais, industrializados, produtos de origem animal, higiene pessoal e limpeza, podendo ser acrescentadas novas atividades de acordo com a demanda.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Classe C pisa no freio e deixa de gastar
Em pesquisa, 83% dos quase 1,5 mil entrevistados consideraram que o cenário econômico piorou nos primeiros meses deste ano
Levantamentos iniciais sinalizam que as famílias com menor poder aquisitivo já se deram conta dos perigos da crise para as suas finanças. Pesquisa realizada em fevereiro pela Boa Vista Serviços, empresa de informações de crédito, mostrou essa preocupação: 83% dos quase 1,5 mil entrevistados consideraram que o cenário econômico piorou nos primeiros meses deste ano. Essa piora foi mais sentida justamente nas classes C e D/E. Nesse segmento, a piora do cenário foi identificada por 85% dos consumidores ouvidos, ante 78% das classes A e B.
“O que vemos é que o consumidor dessa nova classe média está sem dinheiro e sem confiança para gastar - o que, no atual cenário, é até bom”, diz Fernando Consenza, diretor de sustentabilidade da Boa Vista.
Contenção. Consenza lembra que esse segmento da população “salvou a pátria” após a crise internacional de 2008, indo às compras. Foi ela que manteve a economia girando no Brasil enquanto a economia dos países desenvolvidos naufragava. Mas as condições internas do País mudaram e qualquer exagero financeiro pode ter o efeito inverso. “Agora, o que vai salvar a pátria, por assim dizer, é este consumidor ser cauteloso nos gastos para manter o equilíbrio financeiro e não ficar inadimplente”, diz Consenza.
Rose Sandes entendeu o recado do momento. Moradora de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, recebe R$ 1,5 mil trabalhando como assistente administrativa num escritório de paisagismo na capital. Na virada do ano, quitou as dívidas e, desde então, sua rotina é segurar os gastos. “Sempre vivi apertada, mas as coisas eram mais baratas”, diz. “Subiu tudo: luz, aluguel, ônibus, supermercado.”
Rose tem concentrado esforços em conseguir a casa própria no CDHU, programa habitacional do Estado de São Paulo. Está inscrita e acompanha as reuniões. Abdicou da mesa de bar com amigos, do cinema, do passeio. A diversão é visitar parentes: “Para ir ao show de um Chico Buarque, por exemplo, só se eu atrasar umas duas prestações da Renner”, diz Rose.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Pé no freio do consumo começa a atingir produtos da cesta básica
Os efeitos da desaceleração econômica, da inflação e da queda de confiança chegaram estão atingindo em cheio a população.
No primeiro bimestre, itens industrializados essenciais como macarrão, farinha e óleo tiveram retração ou crescimento enfraquecido no volume consumido, segundo relatório da Nielsen, que audita 50 milhões de lares. A farinha de trigo teve queda de 6,6% no consumo neste primeiro bimestre, em relação a igual período de 2014. A redução é relevante quando se compara à alta de 3,5% registrada entre os primeiros dois meses de 2014 e igual intervalo de 2013.
O mesmo ocorre com a categoria de massas alimentícias, que teve 2% de queda ante um avanço de 3,5% na relação do ano anterior. Pães (-2,3%) e peixes enlatados (-3,6%) também surpreenderam a indústria e o varejo no início deste ano. A razão está no cenário econômico, segundo Sabrina Balhes, analista da Nielsen.
"Esse é um ano de ajuste, de consumidor endividado. Não é algo que o fabricante de cerveja ou de refrigerante tenha feito que levou a isso. A desaceleração se intensificou. No primeiro bimestre há vários compromissos, como escola e IPVA", diz Balhes.
Para Renato Meirelles, presidente do instituto Data Popular, que estuda as classes C e D, começa a aparecer um reflexo no comportamento.
"As pessoas reduzem o desperdício na crise: espaçam mais as compras e aproveitam mais os ingredientes, jogando menos comida fora."
Balhes ressalta que a desaceleração no volume de compras ocorre a despeito de um esforço da indústria e do varejo para mitigar o impacto da inflação, com descontos e embalagens promocionais.
"O preço deflacionado diminuiu em geral em relação ao período anterior. Houve esforço para segurar preço, mas não foi suficiente para preservar a demanda", diz.
Se no primeiro bimestre de 2014, o total das cestas de bens de giro rápido crescia 6,9% puxado principalmente por categorias sazonais ligadas ao verão, o calor deste ano só foi foi capaz de manter um avanço tímido, de 1,2%.
Cervejas cresceram agora só 2,7%, ante 12,4% anteriormente. O mesmo ocorreu com sorvete, refrigerante e suco.
Itens de maior valor agregado, considerados conquistas para o consumidor da classe média, como iogurtes, também registraram queda (-5,8%), conforme o mesmo relatório, que audita 137 tipos de produtos. No ano passado, a alta fora de 34,6%.
Para Cláudio Felisoni, do instituto de varejo Ibevar, "a primeira coisa que se faz é reduzir o volume, depois trocar a marca e parar de comprar".
1,3 mil
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Preço do tomate que assustou Rio de Janeiro agora despenca
O Portal CeasaCompras.com.br
prometeu no início da semana acompanhar de perto a alta de alguns alimentos que
faziam parte da dieta da Semana Santa, como a batata, o tomate, cujos preços
andaram assustando bastante os consumidores, principalmente aqueles do Rio.
Demos o alerta em nosso Blog (www.ceasacompras.blogspot. com.br), depois de
insistentes reclamações, e fomos atrás de respostas que foram as mais diversas.
Ninguém sabia direito explicar o preço da caixa de 22 quilos do tomate que
havia batido a marca de R$ 80 (isso na quinta-feira da semana passada, na Ceasa
do Irajá, no Rio). E ficamos monitorando, até que nessa quinta-feira (8/4), uma
semana depois, a mesma caixa teve uma redução de pouco mais de 30%, passando
para R$ 50. Quanto ao reflexo em relação ao bolso, os consumidores
poderão sentir a partir de hoje nas redes de supermercados e nos chamados
"sacolões" de bairro, ou até mesmo nas feiras livres.
No caso da batata, a saca com 50 kg, que era vendida a R$ 90, baixou R$ 10 (R$ 80). Mas, aquela batata maior, chamada "Asterix", igual a que você costuma comer no shopping, recheada com strogonoff, esta ainda continua com preço alto: R$ 110. O preço do alho também teve uma ótima redução no valor da caixa com 10 kg, caindo de R$ 130 para R$ 100 ( o alho argentino e nacional estão custando R$ 120).
O preço da saca de 20 kg da cebola permaneceu praticamente o mesmo valor: R$ 50. E o mesmo acontece com a caixa de 18 kg da cenoura: R$ 45.
Outras Ceasas
Em relação aos outros estados, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, os preços se mantiveram com disparidades entre as centrais de abastecimento desses locais. Na Ceagesp, maior central do país, o quilo da cenoura custava R$ 2,68; tomate (R$ 5,13); alho nacional (R$ 14,31), argentino (R$ 14,41), chinês (R$ 10); a batata (R$ 2,17); a cebola nacional (R$ 2,75), argentina (R$ 2,89), holandesa (R$ 2,04). O Ceasa paulista é o único que importa cebola holandesa, e consegue vender mais barato apesar da alta do dólar, que nesta quinta-feira fechou em queda depois de reajustes frequentes em relação ao Real.
Na Ceasa do Espírito Santo, que funciona na Grande Vitória, o quilo do tomate estava fechado em R$ 2,41; alho brasileiro (R$ 4,75), argentino e chinês (R$ 10,75); batata (R$ 2,12), cenoura (R$ 2,43); cebola nacional (R$ 2,43) e importada (R$ 2,83); o tomate (R$ 3,48).
Já na Ceasa de Minas Gerais existia uma disparidade de preços entre a central de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, em relação ao preço da saca de 50 Kg da batata: R$ 60 e R$ 140, respectivamente. Não dava para entender. Em relação aos outros produtos, a saca com 20 kg de cebola custava R$ 48; a caixa de 20 kg do tomate (R$ 55, em BH, e R$ 40, em JF); caixa de 20 kg do tomate custava R$ 35, o que nem se compara aos preços praticados na Ceasa fluminense. E olha que Minas sofreu uma das suas piores secas e ainda está com sequelas em certas regiões produtoras. O preço do alho, caixa com 10 kg (R$ 100-BH e R$ 90-JF).
Vamos continuar acompanhando de perto como havíamos prometido.
No caso da batata, a saca com 50 kg, que era vendida a R$ 90, baixou R$ 10 (R$ 80). Mas, aquela batata maior, chamada "Asterix", igual a que você costuma comer no shopping, recheada com strogonoff, esta ainda continua com preço alto: R$ 110. O preço do alho também teve uma ótima redução no valor da caixa com 10 kg, caindo de R$ 130 para R$ 100 ( o alho argentino e nacional estão custando R$ 120).
O preço da saca de 20 kg da cebola permaneceu praticamente o mesmo valor: R$ 50. E o mesmo acontece com a caixa de 18 kg da cenoura: R$ 45.
Outras Ceasas
Em relação aos outros estados, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, os preços se mantiveram com disparidades entre as centrais de abastecimento desses locais. Na Ceagesp, maior central do país, o quilo da cenoura custava R$ 2,68; tomate (R$ 5,13); alho nacional (R$ 14,31), argentino (R$ 14,41), chinês (R$ 10); a batata (R$ 2,17); a cebola nacional (R$ 2,75), argentina (R$ 2,89), holandesa (R$ 2,04). O Ceasa paulista é o único que importa cebola holandesa, e consegue vender mais barato apesar da alta do dólar, que nesta quinta-feira fechou em queda depois de reajustes frequentes em relação ao Real.
Na Ceasa do Espírito Santo, que funciona na Grande Vitória, o quilo do tomate estava fechado em R$ 2,41; alho brasileiro (R$ 4,75), argentino e chinês (R$ 10,75); batata (R$ 2,12), cenoura (R$ 2,43); cebola nacional (R$ 2,43) e importada (R$ 2,83); o tomate (R$ 3,48).
Já na Ceasa de Minas Gerais existia uma disparidade de preços entre a central de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, em relação ao preço da saca de 50 Kg da batata: R$ 60 e R$ 140, respectivamente. Não dava para entender. Em relação aos outros produtos, a saca com 20 kg de cebola custava R$ 48; a caixa de 20 kg do tomate (R$ 55, em BH, e R$ 40, em JF); caixa de 20 kg do tomate custava R$ 35, o que nem se compara aos preços praticados na Ceasa fluminense. E olha que Minas sofreu uma das suas piores secas e ainda está com sequelas em certas regiões produtoras. O preço do alho, caixa com 10 kg (R$ 100-BH e R$ 90-JF).
Vamos continuar acompanhando de perto como havíamos prometido.
Instituto Nacional do Câncer diz que brasileiros ingerem muito agrotóxico na comida
Durante um ano são mais de 5 quilos de veneno para cada pessoa, que pode
provocar, além do câncer, impotência e abortos. Embaixo, veja a relação
de feiras de produtos orgânicos no Rio. Notícia foi publicada no jornal Extra.
Por ano, cada brasileiro consome, em média, 5,2 quilos de agrotóxicos contidos em alimentos. O dado é um dos números presentes no documento técnico “Posicionamento público a respeito do uso de agrotóxicos”, divulgado ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o texto, a ingestão de pesticidas pode levar, em longo prazo, a problemas de saúde como câncer, infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal e prejuízos para o sistema imunológico.
Desde 2009, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que mais utilizam agrotóxicos: são, pelo menos, 1 milhão de toneladas de substâncias despejadas por ano sobre as lavouras, para matar insetos e plantas indesejáveis.
De acordo com o nutricionista Fabio Gomes, do Inca, os alimentos que mais exigem o uso de pesticidas são os cultivados na forma transgênica, sobretudo o milho, o trigo e a soja. Por serem ingredientes básicos de produtos industrializados, biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas e pizzas, entre outros, também contribuem para a ingestão de agrotóxicos.
— Se o alimento não é identificado como orgânico ou agroecológico, é quase certo que ele tenha sido produzido com o auxílio de agrotóxicos — diz Gomes.
Para a nutricionista Natália Eudes, doutora em nutrição pela Universidade de São Paulo, o documento divulgado pelo Inca serve de alerta, mas não pode ser usado como desculpa para diminuição do consumo de frutas, legumes e verduras.
— Eles são marcadores de boa saúde e contêm substâncias que combatem o crescimento do tumor. O ideal é que haja um equilíbrio, que a pessoa avalie o que realmente é necessário comprar orgânico, por conta do preço mais alto — orienta.
Segundo a especialista, vale a pena investir na compra de alimentos à base de soja, tomate, abobrinha, morango e maçã — itens mais vulneráveis aos agrotóxicos — que sejam orgânicos. Para os demais componentes da dieta, mesmo a presença de pesticidas não torna indicada a retirada da casca quando ela é comestível e rica em nutrientes.
— Não compensa para a saúde — diz Natália.
É mito a ideia de que deixar os alimentos de molho remove os agrotóxicos.
Safra garante orgânicos com preço em conta
Para comprar produtos orgânicos sem estourar o orçamento, o nutricionista Fabio Gomes recomenda a escolha de alimentos que estejam dentro da safra:
— Tudo que está fora de época é mais caro. Se você compra acompanhando a safra, consegue reduzir o gasto e aumentar o sabor à mesa.
Em feiras orgânicas, que já estão presentes em vários bairros do Rio (veja alguns endereços abaixo), pequenos produtores oferecem preços competitivos com os dos supermercados. Outra dica é organizar um grupo para fazer compras coletivas e, assim, obter descontos.
— A tendência é que, quando mais pessoas passarem a comprar orgânicos, os preços diminuam — diz Fabio Gomes.
Endereços das feiras orgânicas
Campo Grande: Rua Marechal Dantas Barreto 95 (atrás do estacionamento do West Shopping). Aos sábados, das 7h ao meio-dia.
Glória: Rua do Russel e Praça Luís de Camões. Aos sábados, das 7h às 13h.
Fundão: no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Centro de Tecnologia (CT) e no estacionamento do prédio da Reitoria. Às quintas-feiras, das 9h30m às 15h30m.
Tijuca: Praça Afonso Pena. Às quintas-feiras, das 7h30m às 13h30m.
Olaria: Praça Marechal Maurício Cardoso (Rua Leopoldina Rêgo, esquina com Avenida Professor Plínio Bastos). Aos sábados, das 7h às 13h.
Freguesia: Praça Professora Camisão. Aos sábados, das 8h às 13h.
Por ano, cada brasileiro consome, em média, 5,2 quilos de agrotóxicos contidos em alimentos. O dado é um dos números presentes no documento técnico “Posicionamento público a respeito do uso de agrotóxicos”, divulgado ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o texto, a ingestão de pesticidas pode levar, em longo prazo, a problemas de saúde como câncer, infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal e prejuízos para o sistema imunológico.
Desde 2009, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que mais utilizam agrotóxicos: são, pelo menos, 1 milhão de toneladas de substâncias despejadas por ano sobre as lavouras, para matar insetos e plantas indesejáveis.
De acordo com o nutricionista Fabio Gomes, do Inca, os alimentos que mais exigem o uso de pesticidas são os cultivados na forma transgênica, sobretudo o milho, o trigo e a soja. Por serem ingredientes básicos de produtos industrializados, biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas e pizzas, entre outros, também contribuem para a ingestão de agrotóxicos.
— Se o alimento não é identificado como orgânico ou agroecológico, é quase certo que ele tenha sido produzido com o auxílio de agrotóxicos — diz Gomes.
Para a nutricionista Natália Eudes, doutora em nutrição pela Universidade de São Paulo, o documento divulgado pelo Inca serve de alerta, mas não pode ser usado como desculpa para diminuição do consumo de frutas, legumes e verduras.
— Eles são marcadores de boa saúde e contêm substâncias que combatem o crescimento do tumor. O ideal é que haja um equilíbrio, que a pessoa avalie o que realmente é necessário comprar orgânico, por conta do preço mais alto — orienta.
Segundo a especialista, vale a pena investir na compra de alimentos à base de soja, tomate, abobrinha, morango e maçã — itens mais vulneráveis aos agrotóxicos — que sejam orgânicos. Para os demais componentes da dieta, mesmo a presença de pesticidas não torna indicada a retirada da casca quando ela é comestível e rica em nutrientes.
— Não compensa para a saúde — diz Natália.
É mito a ideia de que deixar os alimentos de molho remove os agrotóxicos.
Safra garante orgânicos com preço em conta
Para comprar produtos orgânicos sem estourar o orçamento, o nutricionista Fabio Gomes recomenda a escolha de alimentos que estejam dentro da safra:
— Tudo que está fora de época é mais caro. Se você compra acompanhando a safra, consegue reduzir o gasto e aumentar o sabor à mesa.
Em feiras orgânicas, que já estão presentes em vários bairros do Rio (veja alguns endereços abaixo), pequenos produtores oferecem preços competitivos com os dos supermercados. Outra dica é organizar um grupo para fazer compras coletivas e, assim, obter descontos.
— A tendência é que, quando mais pessoas passarem a comprar orgânicos, os preços diminuam — diz Fabio Gomes.
Endereços das feiras orgânicas
Campo Grande: Rua Marechal Dantas Barreto 95 (atrás do estacionamento do West Shopping). Aos sábados, das 7h ao meio-dia.
Glória: Rua do Russel e Praça Luís de Camões. Aos sábados, das 7h às 13h.
Fundão: no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Centro de Tecnologia (CT) e no estacionamento do prédio da Reitoria. Às quintas-feiras, das 9h30m às 15h30m.
Tijuca: Praça Afonso Pena. Às quintas-feiras, das 7h30m às 13h30m.
Olaria: Praça Marechal Maurício Cardoso (Rua Leopoldina Rêgo, esquina com Avenida Professor Plínio Bastos). Aos sábados, das 7h às 13h.
Freguesia: Praça Professora Camisão. Aos sábados, das 8h às 13h.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Governo federal quer estimular consumo de fruta feia
Segundo a Embrapa, órgão de pesquisa do Ministério da Agricultura (Mapa), o Brasil desperdiça 30% de todas as frutas que produz.
A fim de reduzir o desperdício de alimentos, o Mapa quer estimular o consumo das frutas e hortaliças que podem parecer “feias” por terem se desenvolvido com pequenas deformidades ou apresentarem lesões, mas que mantêm intacto seu valor nutricional.
Para a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é necessário estimular espaços onde produtores possam vender seus frutos “feios” diretamente ao consumidor a preços mais baixos, evitando mandar para o lixo um produto que seria desprezado caso estivesse na prateleira de um mercado convencional.
“Queremos mostrar aos consumidores que frutas e hortaliças feias podem chegar à mesa com o mesmo sabor e a preços menores. Não estamos falando de produtos podres ou inadequados para o consumo, mas sim daqueles que não são perfeitos, mas que todos nós podemos comer normalmente”, disse a ministra.
De acordo com estudo realizado pela Embrapa em 2000, o país desperdiça em média 30% de todos os frutos e 35% de todas as hortaliças que produz anualmente. Metade dessas perdas ocorre no manuseio e no transporte dos produtos, mas há desperdício também nas centrais de abastecimento e comercialização, nos supermercados e no próprio campo.
Treinamento
O pesquisador da Embrapa Antônio Gomes Soares, responsável pelo estudo, disse que, apesar de a pesquisa ter sido concluída em 2000, pouca coisa mudou. “Em alguns lugares, a qualidade do produto é melhor, mas em termos de perda pouca coisa mudou, porque muitas vezes não se usa embalagem adequada, os frutos perdem qualidade durante o transporte ou devido ao calor excessivo”, afirmou o pesquisador.
Soares disse que é preciso melhorar o treinamento das pessoas que lidam com as frutas e hortaliças, tanto no campo quanto nos centros de distribuição. O pesquisador chamou a atenção também para a condição de transporte e armazenamento dos produtos. “No campo, observamos muitas práticas inadequadas. Não se limpa o fruto direito e os que não estão sadios são jogados na terra, o que contamina outros pés. Isso tudo reduz a qualidade do produto”, acrescentou Antônio Gomes Soares.
Empreendedorismo social em Portugal
Em Lisboa, um projeto de empreendedorismo social lançado em 2013, chamado Cooperativa Fruta Feia, expandiu-se e atualmente já conta com 480 consumidores associados. Segundo a entidade, a iniciativa já conseguiu evitar o desperdício de 81,1 toneladas de alimentos.
Os consumidores da Fruta Feita em Lisboa devem se inscrever previamente junto à cooperativa. Todos os produtos são separados em cestas de dois tamanhos diferentes. Pelo modelo adotado na cooperativa lisboeta, todos os consumidores informam previamente a quantidade que desejam levar para casa. Caso não queira comprar os produtos naquela semana, o associado deve avisar com cinco dias de antecedência, medida que visa a reduzir ao máximo o desperdício.
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