domingo, 4 de janeiro de 2015

Superalimentos são mais marketing do que ciência




O nosso açaí e as frutas vermelhas não estão nesse bolo de enganação, afirmam especialistas. Veja no final outros bons alimentos.

Fonte: Folha

Emagrecer, controlar o colesterol, melhorar a memória, diminuir o risco de doenças cardiovasculares e câncer. Parece lista de desejos de Ano-Novo, mas são algumas das funções atribuídas a "superalimentos" como frutas vermelhas, cacau, castanha-do-Pará, quinoa e os queridinhos da vez goji berry e chia.

Os dois últimos, especialmente, viraram panaceia em 2014. No Brasil, as pesquisas no Google por "goji berry", fruta do sul da Ásia, cresceram 10 vezes de março de 2013 a março de 2014, por exemplo.

A moda é embalada pelo marketing dos produtos, que por sua vez se alimenta de resultados de pesquisas. Mas, apesar dos estudos, os superpoderes desses alimentos estão longe de ser unanimidade.

"É mais criação do marketing do que da ciência", diz a nutricionista Manuela Dolinsky, professora da Universidade Federal Fluminense.

Para ela, o maior problema é a falta de evidências científicas. Muitos dos estudos são feitos em laboratório, com culturas de células. Também há pesquisas com animais, mas trabalhos em humanos são poucos e insuficientes.

"Basta ter um artigo comprovando um efeito in vitro que o resultado já é extrapolado para qualquer situação, sem comprovação", diz a nutricionista Ana Luísa Faller, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Um exemplo é o açaí, fonte de antocianinas, pigmento avermelhado com ação antioxidante. Estudos com ratos já relacionaram o consumo da fruta com a prevenção de câncer, de danos cerebrais e com o controle do colesterol.

"Mas os estudos envolvem simulações. Ainda não se sabe qual é o efeito real no nosso organismo, onde e como os compostos agem", diz Daniela Souza Ferreira, engenheira de alimentos da Unicamp.

ANTIOXIDANTES

Nem tudo é exagero nas propriedades dos "superalimentos". De fato, açaí e outras frutas vermelhas são boas fontes de compostos bioativos, substâncias com diversas funções, mas popularizadas pelo poder antioxidante.

O organismo humano produz radicais livres o tempo todo. Quando há um desequilíbrio entre a produção e a "captura" de radicais livres, os elétrons a mais podem afetar as células, causando envelhecimento mais rápido e desenvolvimento de câncer e de outras doenças crônicas, de acordo com Faller.

"O problema é que não conseguimos mensurar quanto antioxidante a pessoa precisa ingerir para se livrar dos riscos", afirma.

Uma xícara de goji berry, por exemplo, seria pouco para conseguir o efeito proclamado pelos estudos, calcula o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.

Também não se sabe até que ponto a forma de consumo interfere no efeito. No caso do açaí, a perda de nutrientes da fruta in natura para a versão em polpa congelada é muito grande, diz Dolinksy.

Além disso, afirma a especialista, é perfeitamente possível substituir "superalimentos" por versões nacionais, mais baratas. A jabuticaba e o morango, por exemplo, têm as mesmas propriedades das frutas vermelhas da moda.

A aveia é um bom substituto para a quinoa, porque também faz parte do grupo dos cereais, tem alta concentração de fibra solúvel e seu consumo é associado à redução dos lipídeos no sangue.

Por fim, a linhaça pode ser alternativa para a semente de chia. Ambas são ricas em ômega 3, e a linhaça é bem mais barata: 250 gramas de chia custam, em média, R$ 25, cinco vezes mais que a linhaça.

Para a nutricionista Ana Beatriz Baptistella, da VP Consultoria, a receita de uma alimentação rica continua sendo variar o cardápio, com alimentos de todas as cores.

"Não é preciso comer alimentos exóticos para ser saudável. Toda fruta e verdura tem vitaminas e antioxidantes. Não adianta comer chia e continuar indo ao fast food."

Saiba mais sobre os "superalimentos":

Chia
Semente fonte de aminoácidos e ômega 3 (gordura boa presente também na linhaça), que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e da diabetes. Não há comprovação de que a chia ajude a perder peso. Tem citatos, que diminuem a absorção de minerais e vitaminas

Freekeh
Grão do trigo colhido ainda verde e tostado. Segundo os fabricantes, tem mais fibras e antioxidantes que o trigo comum e contribui para o bom funcionamento do intestino, previne diabetes e promove a saciedade. Não há provas científicas dos benefícios, porém

Quinoa
Cereal com ômega 3, gordura boa, e alta composição proteica. Alguns estudos, a maior parte feita em animais, mostram que ele ajuda na prevenção de diabetes e hipertensão. O cereal também é fonte de citatos, que podem diminuir a absorção de vitaminas e minerais

Açaí
Rico em antocianinas, antioxidante que dá a cor roxa. Ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e é fonte de vitaminas, minerais, carboidratos e proteína. A maioria dos estudos sobre os efeitos foram feitos com animais. A polpa congelada pode ser menos benéfica

Cacau
Tem polifenóis, que reduzem o risco de aterosclerose e outras doenças cardiovasculares. O efeito é comprovado. Os benefícios estão no cacau: para o chocolate ser benéfico, precisa ser amargo (no mínimo 65% de cacau). Além disso, o cacau é um alimento calórico

Frutas vermelhas
Ricas em flavonoides e ácido helágico, substâncias antioxidantes. Há estudos que relacionam o consumo do cranberry com melhorias de males do trato urinário e do mirtilo com aumento na memória, mas frutas nacionais como jabuticaba e amora têm o mesmo efeito

Castanha-do-Pará
Rica em selênio, micronutriente antioxidante e que ajuda na cognição. Também é rica em gorduras monoinsaturadas, que ajudam contra o colesterol. Em altas quantidades, porém, o selênio causa efeitos adversos. Deve-se consumir só uma castanha por dia

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Como congelar a comida de forma saudável

Saiba como conservar a comida que sobra antes das férias ou depois das ceias de fim de ano. A dica para congelar comida é separar em pequenas porções para consumir em uma refeição.

    



Acabou as festas de fim de ano e agora é tentar acabar com toda a comida de casa antes de viajar para as férias. Depois das festas de família, então, é um empurra-empurra de potinhos com o que sobrou da ceia que dá para alimentar mais um batalhão. E a pergunta que fica: como fazer para não desperdiçar tanta comida? A resposta pode ser congelar (quase) tudo que restou e comer paulatinamente. Confira as principais dicas para garantir comida de boa qualidade por mais tempo:

Que alimentos podem ser congelados?

Quase qualquer alimento pode ser congelado. Porém, alguns perdem suas texturas e sabor característicos, o que pode não ser tão proveitoso, segundo Cynthia Antonaccio e Marcia Bonetti, conselheiras do Conselho Regional de Nutricionistas Setor 3.

Alguns alimentos, como vegetais, por exemplo, mantêm suas características nutricionais por mais tempo se congelados do que se mantidos na temperatura ambiente. Para que isso ocorra, é necessário que seja feito um processo de branqueamento (um choque térmico com gelo logo após o cozimento no vapor). Fora isso, outros alimentos são surpreendentemente bons para congelar, como pães e bolos.

Dos alimentos mais festivos, as carnes (peru, tender, lombo pernil e etc) podem todas ser congeladas após o preparo. O bacalhau também pode ser congelado, mas a textura não ficará tão similar. Caso seja uma bacalhoada. é preciso tomar o cuidado de separar a batata e outros ingredientes que não mantenham a mesma consistência depois de descongelados (confira o tópico seguinte).

Arroz, mesmo incrementado com passas ou carnes, pode ser congelado sem preocupação. A farofa também, no entanto, se contiver ovos, pode ficar com uma textura borrachuda. As tradicionais lentilhas de Ano Novo também podem ir para o congelador. Se puder ser congelada antes do tempero, é melhor.

Quais alimentos não podem ser congelados?

Alimentos como ovos, maionese, creme de leite, chantilly, folhas (como alface), pudins, batata, pepino, salsão, queijos cremosos, macarrão sem molho, cremes engrossados com farinha ou maisena tendem a perder suas características e, por isso, não são indicados.

Por isso, alguns acompanhamentos tradicionais das ceias como salpicão e maionese devem ser consumidos na hora (ou em 48 horas) para evitar contaminação. Sobremesas também não podem ser congeladas, em geral.

Qual a melhor embalagem para armazenar a comida?

Embalagens de vidro são as melhores, já que se trata de um material inerte que não vai absorver o cheio ou sabor do alimento. Potes de plástico ou sacos plásticos próprios para o congelador também são opções válidas.

Dica: deixe um espaço na embalagem para acomodar o aumento de volume de alguns alimentos quando congelados
Carnes mantém quase a mesma consistência ao descongelar. É preciso somente tomar cuidado com molhos com creme de leite, farinha ou maisena que podem ficar com uma textura diferente (Foto: Thinkstock)Carnes mantêm quase a mesma consistência ao descongelar. É preciso somente tomar cuidado com molhos com creme de leite, farinha ou maisena que podem ficar com uma textura diferente (Foto: Thinkstock)

Quanto tempo os alimentos podem permanecer congelados?

O tempo de congelamento varia muito de cada alimento e ao que ele foi exposto. Enquanto carnes cruas podem ficar até um ano congeladas, alimentos já preparados podem ficar menos tempo. Para a professora do curso de Nutrição da Unicamp Caroline Capitani, o mais garantido é consumir os alimentos até em um mês depois de congelados.

Caroline afirma que o tempo varia principalmente em relação à exposição antes de ser congelado. “No Natal, por exemplo, é comum preparar os alimentos durante o dia, consumir de noite, repeti-los no almoço do dia seguinte e só então congelá-los. Esse tempo todo aumenta a possibilidade de contaminação, o que diminui o tempo de degradação mesmo no congelador”, diz.

Dica: etiquete as embalagens e escreva qual alimento está lá e quando foi preparado e congelado.

O que fazer na hora de descongelar?

O melhor é deixar que o alimento descongele dentro da geladeira ou já seja aquecido (em banho maria ou no micro-ondas) para consumo. Uma das regras mais importantes é nunca congelar o alimento novamente. Por isso, separe os alimentos em porções pequenas ideias para o consumo em uma única refeição.

A ordem é desintoxicar das ceias de fim de ano


Como reduzir o risco de intoxicação alimentar nas ceias de fim de ano? Nutricionista diz como evitar os erros mais comuns no preparo e no armazenamento das refeições.

   


O ano de 2014 está quase no fim, chegou o momento de confraternizar e celebrar com mesas fartas. As famílias estiveram às voltas com a ceia de Natal que, para estar pronta a tempo, começaram a ser preparadas dias antes ou na manhã do dia 24. Por trás das refeições natalinas há, no entanto, inúmeros perigos para a saúde. Todos os anos, cerca de 13 mil pessoas sofrem intoxicação alimentar e 45% dos casos acontecem dentro de casa, de acordo com dados recentes do Ministério da Saúde. E agora vem a ceia de Ano Novo, quando devemos também ter cuidado em relação ao que se vai comer.

Para que a alegria das festas não se torne uma dor de cabeça no dia seguinte, é preciso tomar alguns cuidados. Segundo a nutricionista Ana Ribeiro, coordenadora do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do Tecpuc em Curitiba, no Paraná, o consumidor deve estar atento a todas as etapas de preparo dos alimentos, desde a escolha até o momento de armazenar as sobras de comida para o tradicional “enterro dos ossos”. “O cuidado básico, quando compramos os alimentos, é verificar se são frescos e se estão dentro da data de validade. As carnes, por exemplo, não devem apresentar cristais de gelo, principalmente de cor vermelha, pois é sinal de que elas foram recongeladas. Isso é perigoso”, diz. “As carnes suínas e as aves, comumente consumidas nesta época do ano, não devem ter pontos brancos – que indicam a presença de parasitas – e devem estar firmes”.

Uma das maiores causas de intoxicação alimentar é a contaminação durante o preparo. Além da higiene de quem manipula os alimentos e do local, o tempo de exposição da comida à temperatura ambiente também é um ponto fundamental. A nutricionista Ana Ribeiro explica que o ideal é preparar os pratos pouco antes de servi-los. No entanto, como a quantidade de comida costuma ser grande, muitas vezes essa medida não é viável para quem precisa preparar a ceia para muitas pessoas. “O alimento não pode ficar fora de refrigeração ou do calor por muito tempo. Se não for possível servir logo após o preparo, a orientação é que o alimento seja refrigerado, sempre com uma proteção, que pode ser uma tampa ou plástico filme”, diz.

O maior erro cometido pelas pessoas no preparo dos pratos da ceia de Natal é a falta de refrigeração dos alimentos. Mesmo que o alimento tenha sido higienizado de forma correta, ele fica mais suscetível ao crescimento e multiplicação de microrganismos em temperatura ambiente. A maioria das pessoas comete esse erro com o peru, por exemplo, que depois de assado, fica horas aguardando sobre a mesa até o momento do consumo. Além dos cuidados com a comida, é importante lembrar-se da água também: utilizada no preparo da maioria dos alimentos, deve ser potável para que não os contamine.

Exageros que prejudicam

Os exageros também fazem parte das festas de fim de ano e as sobras acabam sendo inevitáveis. Para evitar desperdícios, os pratos que sobram podem e devem ser aproveitados no dia seguinte, desde que se tenham alguns cuidados. “As sobras devem ser refrigeradas ou congeladas, além de serem armazenadas separadamente. O arroz, por exemplo, deve ser colocado em um recipiente diferente da carne”, ensina a nutricionista Ana. As sobras podem ser transformadas ainda em outros pratos, como risotos e farofas. O prazo máximo para manter os alimentos congelados é de até 90 dias, mas o ideal é consumi-los em até 24 horas. Porém, alguns alimentos não devem ser reaproveitados, pois são muito perecíveis, como é o caso de pratos que levam maionese.

 A dona de casa Jailce Guerin, de 54 anos, toma todos os cuidados necessários para que os alimentos servidos estejam frescos e seguros para o consumo. “Compro os legumes, vegetais, frutas secas, nozes e castanhas um dia antes da ceia. Para tirar as impurezas, deixo de molho por pelo menos 15 minutos na água com hipoclorito de sódio, que não pode faltar em casa. O chester, depois de temperado, fica na geladeira por causa do calor que faz nesta época do ano. E troco a água do bacalhau, que fica de molho por três dias na água gelada e na geladeira, a cada 6 horas para tirar o sal”, diz. Sua rotina de preparação da ceia também inclui a refrigeração dos doces até o momento de servir. “As sobremesas só saem da geladeira após o jantar. Quando todos terminam, embalo as sobras em sacos plásticos, específicos para guardar comida. Alguns alimentos eu congelo e, outros, reservo para o almoço do dia 25. O sanduíche de chester no lanche da tarde já virou tradição em casa”, afirma.

Para ajudar a evitar os casos de intoxicação alimentar, tão recorrentes durante as festas de fim de ano, inovações na conservação dos alimentos são bem-vindas.  A 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista aborda o tema “Segurança Alimentar e Nutricional” e busca soluções para desafios como esse. O período de inscrições já terminou, mas você pode acompanhar os resultados pelo site. O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e conta com o patrocínio da Gerdau e da BG Brasil. Criado em 1981, a iniciativa é um dos mais importantes reconhecimentos aos cientistas brasileiros, tem o objetivo de incentivar a pesquisa no país e reconhecer jovens talentos nas ciências.
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Bem Estar Conheça os alimentos para desinchar o corpo, depois das ceias de fim de ano


A retenção de líquido, causada pelo consumo de alimentos comuns nas festas de fim de ano, pode elevar o peso em até 2 quilos. Sódio em excesso pode aumentar em dois quilos o peso corporal por reter líquido no organismo.

Não se surpreenda se você acordou depois da ceia com 2 quilos a mais na balança. Trata-se de retenção de líquido, decorrente dos excessos alimentares e da ingestão elevada de sódio. Apenas 1 grama de sal pode reter até 200 ml de água no organismo. 

De acordo com o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração - HCor, em São Paulo, quando se consome muito sal, o volume dos vasos sanguíneos tende a aumentar para que o sódio seja diluído e, assim, excretado com mais facilidade. “Esse é o mecanismo que causa a sensação de inchaço. Mas é momentâneo”, explica. O sódio demora, em média, três dias para ser eliminado pelo organismo.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é ingerir até 2 gramas de sódio por dia, equivalentes a 5 gramas de sal. É fácil ultrapassar esse limite consumindo enlatados e embutidos, sempre presentes nas festas de fim de ano. Em duas fatias de presunto cozido, por exemplo, há 467 mg de sódio. A mesma quantidade de tender tem 445 mg. “Embutidos e produtos industrializados correspondem a cerca de 70% do nosso consumo diário de sal”, diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Alimentos que ajudam:

Mamão - contém a enzima papaína, que ajuda na digestão ao auxiliar a quebra das moléculas de proteína. Ao facilitar a digestão, o sódio é excretado pelo organismo com mais facilidade.

Abacaxi -  tem a enzima bromelina, semelhante à papaína presente no mamão. Com a mesma ação de auxiliar a quebra de proteínas, a enzima ajuda na excreção do sódio. “O importante é comer a fruta em si. O suco de abacaxi é muito calórico”, diz o endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), comer abacaxi logo após a refeição é ideal. Não jogue as cascas fora. Elas carregam tanta bromelina quanto a polpa e servem para fazer chá.

Água - para remover o excesso de líquido do organismo, é essencial tomar água. Ela estimulará o trabalho dos rins e ajudará a diluir o sódio. “Beber mais água faz o sistema urinário aumentar o seu funcionamento e a eliminar mais rapidamente os líquidos e os eletrólitos do sódio”, diz o nutrólogo Daniel Magnoni. A recomendação é tomar de 1,5 litro a 2 litros por dia, não mais do que isso. 

 Banana -  é uma fruta rica em potássio, nutriente que auxilia na remoção do sódio pelo organismo por contrabalancear os efeitos do sódio. “Além disso, algumas pesquisas mostram que o consumo de potássio associado à baixa ingestão de sódio está relacionado com a diminuição da pressão arterial”, diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Chás - além de estimularem os rins, como a água, os chás contêm fenólicos, compostos que reduzem o acúmulo de líquido na parede das artérias e são antioxidantes. “Se você conseguir diluir o excesso de sódio, a excreção será mais fácil”, aponta João Eduardo Nunes Salles.

Abacate - é uma das frutas que mais contêm potássio: 485 miligramas para cada 100 gramas. Assim como a banana, o abacate ajudará na excreção de sódio. Consumir frutas ricas em potássio é, ao lado da ingestão de água, uma das formas mais eficientes de desinchar.

Vegetais - possuem grandes quantidades de potássio e são alimentos de fácil digestão, características que ajudam na excreção de sódio. Por esses motivos, os vegetais devem ser os principais componentes das refeições no dia seguinte à ingestão exagerada de sódio. Mas cuidado com molhos prontos: eles são ricos em sódio.

Fontes: João Eduardo Nunes Salles, endocrinologista e vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo; Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração - HCor, em São Paulo.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Lichia faz parte da lista de produtos com preços baixos na Ceagesp


O abacaxi, figo e caju, por exemplo, estão mais caros em São Paulo.

Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de

São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:







PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Lichia, Carambola, Jabuticaba, Manga palmer, Manga tommy, Banana prata litoral/SP, Morango, Melão amarelo, Banana nanica, Coco verde, Tomate, Jiló redondo, Pepino caipira, Pimentão amarelo, Berinjela, Pepino comum, Abóbora moranga, Beterraba, Batata doce rosada, Cara, Mandioca, Pimentão verde, Couve manteiga, Couve-flor, Milho verde, Alface crespa, Alface lisa, alface americana,  Beterraba c/ folha, Cebolinha, Repolho verde, Alho porró, Cebola nacional branca e Alho chinês.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Pêssego chimarrita, Manga palmer, Melancia, Mamão papaya, Maçã fuji, Laranja seleta, Abacaxi havai, Atemóia, Banana terra, Uva Itália, Uva rubi, Maçã gala, Abobrinha italiana, Vagem macarrão, Pimentão vermelho, Chuchu, Abobrinha brasileira, Pepino Japonês, Cenoura, Abóbora Japonesa, Rabanete, Agrião, Brócolos, Salsa, Acelga, Rúcula, Brócolos ninja,  Cenoura c/ folha , Alho nacional e Ovos branco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacate margarida, Abacate breda, Mamão formosa, Banana maçã, Goiaba vermelha, Tangerina murcot, Tangerina Poncã, Limão taiti, Laranja lima, Maracujá azedo, Romã, Acerola, Fruta do Conde, Figo, Abacaxi pérola, Caju, Manga hadem, Uva rosada,Gengibre, Abóbora paulista, Inhame, Ervilha torta, Mandioquinha, Vagem macarrão, Escarola, Nabo, Rabanete, Coco seco, Cebola roxa, Batata comum e Batata lavada.


Lichia, cereja e nectarina estão mais baratas




Os preços de alguns produtos típicos do Natal estão mais baratos no mercado da CeasaMinas em relação ao ano passado. A pesquisa de preço realizada entre os dias 1 e 15 de dezembro mostra que a lichia está 59,9% mais barata do que no mesmo período de 2013. O preço do quilo caiu de R$ 30 para R$ 12,04.

A variação da cereja também é notável: - 42,4%. O preço do quilo reduziu de R$ 23,83 para R$ 13,72. A nectarina, que em 2013 foi comercializada, em média, a R$ 3,88, neste ano é encontrada a R$ 3,42 – queda de 11,9%. O pêssego também está nesta lista e apresentou redução de 5,4% no preço. O quilo da fruta passou de R$ 3,35 para R$ 3,17.



Por outro lado, amêndoa, ameixa e noz ficaram mais caras. A ameixa subiu de R$ 3,99 para R$ 4,37 – variação de 9,5%; a amêndoa, de R$ 35,80 para R$ 42,33 – 18,2%; e a noz, de R$ R$ 49,90 para R$ 60 – 20,2%. A pesquisa foi realizada pela Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas.

Veja outros produtos que ficaram mais baratos:

Abacaxi: - 10,9%

Manga: - 9,6%
Uva Niágara: - 4,6%
Ameixa importada: -14,2%

Mais caros:

Castanha: 13,9%
Melão: 43,1%
Kiwi importado: 22,3%

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Valor da produção fecha o ano com recorde de R$ 461,6 bilhões


As lavouras obtiveram um valor de R$ 290,3 bilhões e a pecuária, R$ 171,3 bilhões, de acordo com a pesquisa. Apesar desses números positivos, a lavoura do Rio de Janeiro rendeu menos que em 2013: R$ 30.060.587,437, em 2014, contra R$ 37.091.036,429 do ano anterior. Os fatores climáticos provocaram essa queda, de acordo com especialistas. O mesmo ocorreu na pecuária: R$ 14.873.852,024 contra R$ 15.019.939,040, de 2013.

O ano de 2014 se encerra com valor recorde no faturamento da agropecuária, e também com a maior safra de grãos obtida no país. As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária para o ano, calculadas pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), é de R$ 461,6 bilhões, crescimento de 2,5% em relação a 2013, que foi de 450,3 bilhões.

Na análise, a pecuária teve o valor estimado em R$ 171,3 bilhões, aumento de 10,3% em comparação a 2013, que foi de R$ 155,4 bilhões. Já as lavouras apresentaram um valor de R$ 290,3 bilhões, o que representa uma redução de 1,6% em relação a 2013, que teve valor de R$ 295,0 bilhões.

Com relação à produção regional, os dados do VBP mostram que a liderança neste ano é do Sudeste, seguida pelo Sul e Centro-Oeste. Em seguida está o Nordeste e Norte do País. 

Produtos

Entre os produtos das lavouras que tiveram melhor desempenho neste ano destacam-se a pimenta-do-reino, com aumento no VBP de 30,1%; algodão, com 28,8%; café, com 16,3%; batata-inglesa, com 14,5%; maçã, com 10,8%; mandioca, com 10,7%; banana, com 8,1%; e arroz, com 4,8%. A queda nos preços agrícolas foi determinante para os resultados obtidos pela maior parte desses produtos.

Na pecuária, todos os produtos tiveram resultado positivo. A carne bovina teve crescimento de 11,7%; a carne de frango, 11,8%; ovos, 10,0%; leite, 8,0%; e carne suína, 1,7%. Para a carne bovina e de frango, o mercado internacional tem sido o principal fator responsável pelo resultado. Já para o leite e os ovos, o mercado nacional contribuiu para o valor alcançado.

Projeção para 2015

Os primeiros resultados para o ano que vem mostram que o VBP está praticamente igual ao de 2014, com um total de R$ 461,5 bilhões. Considerando o 2º prognóstico da safra de 2015, para as lavouras, a estimativa é de R$ 288,2 bilhões. Já na pecuária, foi considerada a produção dos últimos quatro trimestres, o que resultou no valor de R$ 173,4 bilhões.