sexta-feira, 7 de abril de 2017

Abril trás uma lita com 59 tipos de alimentos de ocasião

Essa é uma boa notícia para você que gosta de economizar e utilizar alimentos que estão em safra, ou na época.  O Blog CeasaCompras foi pesquisar e encontrou destaques como os do abacate, fruta cujo quilo está sendo negociado em três grandes centrais de abastecimento do país (Ceasa Grande Rio, Ceagesp e CeasaMinas)  aos preços de R$ 2,25; R$ 1,80 e R$ 1,70, respectivamente.

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Anote a lista para depois comprar barato:

FRUTAS

Abacate, Ameixa, Banana Maçã, Banana Ouro, Banana da Terra; Caju, Caqui, Cidra, Goiaba, Jaca, Kiwi; Limão Tahiti, Limão Galego; Maçã Nacional, Maracujá, Mamão, Pera, Pinha (ou fruta do Conde) ; Tangerina, Uva Red Globe.

LEGUMES

Abóbora; abobrinha, Berinjela, Beterraba, Cará, Chuchu, Gengibre, Inhame, Jiló,  Mandioca (Aipim), Nabo, Pepino, Tomate.

VERDURAS

Alface, Alho-porró, Almeirão, Catalonha, Escarola, Repolho.

PESCADOS

Bagre, Barbado, Cação, Camorim, Caranguejo, Corvina, Cascote, Chora-chora, Corvina, Curimbatá, Dourada, Merluza, Linguado, Lula,  Meca, Pargo, Pintado, Sardinha, Tainha, Traíra.

DIVERSOS

Alho.

Ovos de codorna: saiba mais sobre ele

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O mês de abril trás a oportunidade para se comprar ovos de codorna mais barato. A caixa com 30 dúzias está sendo negociada nas Ceasas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais a R$ 50; ou pouco mais de R$ 1,60 a caixinha com uma dúzia. Vale a pena depois seguir as receitas que estão na página do CeasaCompras no Facebook.

Os ovos de todas as aves são ótimo alimento. O ovo de galinha, que é o mais usado na alimentação humana, pesa aproximadamente 50 g, sendo que 35 g correspondem à clara e 15 g à gema. A clara do ovo contém a proteína albumina, que é solúvel em água, e outras, como a conalbumina, ovoglobulina e ovomucóide. Na gema encontra-se a ovovitelina, que é uma proteína ligada ao mineral fósforo. 

O ovo fresco tem uma reação ligeiramente ácida, devido ao dióxido de carbono que se solubiliza na clara. À medida em que o ovo envelhece, parte do dióxido de carbono sai pela porosidade da casca, dando entrada ao ar externo, que o vai alcalinizando.

Como Comprar

Compre os ovos novos e limpos. No ovo novo a casca é áspera e fosca, no velho é lisa e com certo brilho. O ovo velho flutua quando colocado na água; ao ser quebrado, observa-se que a clara se encontra quase liquefeita e a gema bem dilatada. No ovo novo, a clara e a gema estão firmes, formando uma pequena pirâmide. Ovo especial - peso mínimo 48 g Ovo comum - peso mínimo 35 g

Como Conservar

Os ovos inteiros devem ser conservados sob refrigeração por até 10 dias. Pode-se também congelar ovos inteiros (sem a casca), ou clara e gema separadamente. Neste caso, devem ser usados logo após o descongelamento e não devem voltar a ser congelados

Como Consumir

Pode ser consumido cru ou cozido. Cozinha-se em fogo brando, banho-maria ou em forno a baixa temperatura e com a vasilha colocada em recipiente com água. Com 10 min. de cocção, obtém-se um ovo cozido duro.

Dicas

Para evitar que se forme uma camada escura de sulfureto de ferro entre a clara e a gema, no ovo cozido, esfrie-o rapidamente em água corrente depois de cozido.

E para preparar ovo quente, observe a seguinte evolução do endurecimento Tempo (min.) Parte endurecida 3 1/3 da clara 4 2/3 da clara 5 Toda a clara 6 Toda a clara + 1/3 da gema 7 Toda a clara + 2/3 da gema 8 Toda a clara + toda a gema

terça-feira, 4 de abril de 2017

Minas: Safra da goiaba reduz preço da fruta em 20%


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Ela é uma fonte de energia para o nosso corpo. Veja detalhes mais embaixo. E não esqueça de ver uma receita saudável desta fruta na página do CeasaCompras no Facebook.

Sem esta fruta, um dos doces mineiros mais tradicionais não ficaria completo. É da goiaba que se faz o chamado “Romeu e Julieta”, ou simplesmente goiabada com queijo. E este ingrediente básico do doce está em plena safra na CeasaMinas, com preço de março cerca de 20% menor em relação a fevereiro. Além de aproveitar o período de maior oferta, a qual deve ir até maio, o consumidor também ganha em saúde. Estudo aponta que a fruta pode auxiliar até mesmo na redução da pressão arterial e do colesterol.

Apesar das ligações da goiabada com Minas Gerais, é o estado de São Paulo que mais fornece a fruta in natura ao entreposto de Contagem. Os paulistas foram os responsáveis por 63,6% do volume total da fruta comercializada em 2016. Para se ter uma ideia da importância do estado, os municípios paulistas de Valinhos (com 26,6% de participação) e Vista Alegre do Alto (15,6%) responderam por 42,2% da oferta geral do produto. Já Minas Gerais foi responsável por ofertar 36,4% da fruta.

Entre os municípios mineiros, a região conhecida como Campo das Vertentes é a principal fornecedora da fruta para o entreposto de Contagem. O produtor Liebert Santos, do município de Alfredo Vasconcelos, é um dos representantes da região na CeasaMinas.

Ele acredita que, no decorrer da atual safra, o preço será melhor para o consumidor do que em 2016, com redução estimada em 20% no preço. A queda do valor, segundo Santos, será influenciada pela expectativa de colheita 50% maior.

O produtor diz que, embora nos picos de safra as colheitas sejam maiores, os custos também são grandes. Para ele, a mão de obra é o principal, sendo responsável por 40% do custo total de produção. “Eu prefiro trazer menos mercadorias e vender mais caro na entressafra a trazer grandes volumes a preços baixos como acontece agora”, explica.

No último dia 22/03, por exemplo, a caixa com 6 quilos de goiaba no atacado foi vendida por ele entre R$ 12 e R$ 15. “Já na entressafra, o valor salta para R$ 25, em razão da oferta reduzida”.

Goiaba valorizada

“Eu só trabalho com as goiabas que são mais valorizadas no mercado, a exemplo das cultivares pedro sato e cortibel. Minha expectativa é colher umas 25 mil caixas (6 kg cada) até outubro”, afirma o produtor rural Carlos Antônio Mendes Morais, do município mineiro de Barbacena, também no Campo das Vertentes.

O mercado consumidor de São Paulo será o destino de cerca de 30% das goiabas colhidas por ele. Mendes explica que os frutos de maior valor têm em geral boa aceitação entre os paulistas, os quais, de acordo com ele, aceitam arcar com um preço mais elevado pelas melhores cultivares. “Enquanto no pico da safra, as cultivares mais caras ficam entre R$ 20 e R$ 25 (6kg), a partir de julho (entressafra) o preço vai a R$ 30”.

Goiaba com garantia de origem

Exemplo de adoção de boas práticas para as demais regiões produtoras do país, a goiaba produzida na região de Carlópolis, no Norte do Paraná, recebeu em 2016 o selo de indicação de procedência (IP). A IP da goiaba abrange os municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, cujos produtores trabalham com o sistema de poda total, por meio do qual é possível colher o ano todo. Um dos diferenciais da goiaba da região de Carlópolis está no tipo de manejo integrado, que inclui o ensacamento dos frutos ainda no pé, de modo a protegê-los da ação de insetos.

De acordo com técnicos e produtores da região, essa técnica tem contribuído para reduzir o uso de pesticidas, garantindo mais qualidade à fruta. Produtores também destacam a maior durabilidade na prateleira como atributo importante da fruta.

Doce vira patrimônio

Já em Minas Gerais, é o doce fabricado com a fruta que ganhou maior reconhecimento. Trata-se da “Goiabada Cascão da Região de Ponte Nova”, na Zona da Mata Mineira, que recebeu o título de patrimônio cultural e imaterial. De acordo com a Prefeitura Municipal, o título foi oficializado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) em 2014, em reconhecimento ao modo específico de produção mantido pelas famílias desde meados do século 19. No ano passado, a goiabada cascão do local ganhou um selo de identificação.

Fruta é aliada da saúde

Rica em vitaminas A e C, a goiaba oferece inúmeros benefícios à saúde. É o que apontou, por exemplo, um estudo de 12 semanas com 120 pessoas, realizado pelo Laboratório de Pesquisa Cardíaca da Índia. O trabalho descobriu que comer goiaba madura antes das refeições causou uma diminuição global da pressão arterial. Houve ainda uma redução no colesterol total de 9,9% e um aumento de "bom" colesterol HDL em 8%.

BOLO DE TANGERINA CRAVO COM CASCA

A receita desta semana é um pouco diferente das convencionais, pois aproveita quase tudo da tangerina cravo, só ficando de fora as sementes e a aquela parte branca mais grossa da fruta. Isso faz com que este bolo fique rico em fibras, tenha um aroma muito gostoso de tangerina e um sabor incrível!

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A tangerina cravo possui vitamina C e ácido fólico que são importantes antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres formados no organismo. Além disso, possui minerais como cálcio, fósforo e potássio, além de fibras (pectina, encontrada na pele que envolve os gomos), flavonoides e óleo, que aumentam seu valor nutritivo.

Como o produto está com o preço mais em conta esta semana, você pode aproveitar para testar esta receita e servir no cafezinho da tarde ou no café da manhã, para reforçar a primeira refeição do dia. Vamos à ela?

BOLO DE TANGERINA CRAVO COM CASCA

Ingredientes

    4 tangerinas cravo
    1 xícara de óleo de girassol
    2 ovos
    2 xícaras de farinha de trigo
    2 xícaras de açúcar
    1 colher de sopa de fermento em pó


Modo de fazer

    Antes de mais nada, pré-aqueça o forno, deixando a temperatura em 180 graus Celsius.

    Lave bem a tangerina, corte ao meio, retire os gomos das cascas, elimine a semente e a parte branca mais grosso e leve tudo para bater no liquidificador (inclusive as cascas) com o óleo de girassol e os ovos.

    Bata bem até formar um creme liso. Esta operação pode levar de 3 a 5 minutos no liquidificador.

    Despeje o conteúdo do liquidificador em uma vasilha e acrescente a farinha e o açúcar aos poucos, misturando bem para não formar grumos.

    Quando a massa estiver bem homogênea, acrescente o fermento em pó, misture bem e coloque numa forma redonda com buraco untada e enfarinha e leve para assar no forno preaquecido por 45 minutos, ou até passar pelo teste do palito.

    Desenforme depois de frio.

    Como opção de decoração, pode ser feita uma calda com 5 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro misturada com 3 colheres de suco de tangerina. Misture bem e espalhe por cima do bolo. Bom apetite!

Aproveite a época da tangerina cravo

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Veja também a relação de benefícios que a fruta tem para a sua saúde.

A tangerina é uma fruta cítrica que teve origem na Ásia e na Austrália, da mesma família da laranja e do limão, das rutáceas. Atualmente existem muitas variedades da fruta e o produto da semana na CEAGESP é a tangerina cravo. 

Essa fruta se destaca pelo seu perfume e sabor, sua polpa prática pode ser consumida in natura, o que não exige nada além das mãos, rende bastante suco e pode ser aproveitada em sobremesas, saladas, compotas e serve de ingrediente para drinks. Os gnomos do alimento costumam ser bem presos a casca, de aspecto rugoso, mas se desprendem com facilidade.

A tangerina cravo dá frutos de tamanho pequeno a médio, possui coloração verde a alaranjada intensa e é ideal para consumo in natura. Além da tangerina cravo, no Brasil também são populares os tipos poncã, murcote (híbrido do cruzamento entre a laranja e a tangerina) e mexerica-do-rio. 

A fruta é fonte de minerais como cálcio, ferro, sódio, fósforo, potássio e magnésio. Ela também é rica em vitamina C e do complexo B e sua combinação de nutrientes fortalece os dentes, ossos, sistema imunológico e beneficia o funcionamento do intestino.

Semana Santa terá peixes em promoção

A maioria dos  supermercados aproveitam para oferecer o produto mais em conta, já que a demanda de pescado não está lá essas coisas. Muita gente está sem dinheiro e vem deixando de comer uns dos mais nutritivos alimentos.  Há duas semanas o blog CeasaCompras já tinha dado o alerta, afirmando que este mês seria de preços baixos, principalmente para os chamados peixes populares. Veja essa matéria de O Dia.

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A duas semanas da Semana Santa, o pescado entra na lista dos itens mais procurados por consumidores nas grandes redes de supermercados na cidade. De acordo com a Associação de Supermercados do Estado do Rio (Asserj), houve alta nos preços dos peixes de 10% a 15%. Mas para aproveitar o período tradicional de celebração cristã, o varejo oferece promoções para atrair clientes.

O comércio do Rio já se prepara para receber os consumidores que buscam o alimento para a Páscoa. O presidente da Asserj, Fábio Queiroz, conta que os valores dos peixes tiveram um acréscimo, mas que ainda é uma opção para quem procura valores mais baixos.

“Devido à variação do dólar, o pescado encareceu de 10% a 15% por conta de uma menor produção no mercado externo, principalmente os filés congelados importados. No entanto, os preços são bastante competitivos, sendo ainda uma boa alternativa para o consumidor que não pode ou não quer optar pelo bacalhau”, afirmou.

O consumidor já encontra promoções. Na rede Mundial, por exemplo, elas se estendematé a Páscoa. O filé de merluza congelado Costa Sul (500g) sai por R$11,98. Já o filé de congro-rosa congelado Frescatto (500g) custa R$ 25,90 e o filé de abadejo congelado Costa Sul (800g) sai a R$29,90.

No Hipermercado Extra é possível encontrar neste fim de semana corvina inteira e tilápia por R$ 9,98 e pintado por R$ 21,90, o quilo. No Assaí, o filé de polaca do Alaska congelado (1Kg) está a R$ 14,90.

Segundo o presidente da Asserj, a expectativa é que o consumidor esteja mais criterioso e sensível ao preço, devido ao momento econômico do país. A operadora de caixa Ana Lúcia, 50 anos, não abre mão de comprar peixe devido à tradição da Semana Santa.

“É uma comida que não pode faltar na mesa lá de casa. Além disso, prefiro comprar peixe do que bacalhau, porque os preços são mais em conta”, explica a operadora de caixa enquanto esperava ser atendida. “Vou levar corvina e tilápia que servem a família toda e o que todo mundo gosta”.

Confira os preços dos pescados

MUNDIAL

Filé de merluza congelado Costa Sul (500g): R$11,98.
Filé de congro-rosa congelado Frescatto (500g): R$25,90.
Filé de abadejo congelado pedaços Costa Sul (800g): (R$29,90).

HIPER EXTRA

Corvina inteira (kg): R$ 9,98.
Tilápia (kg): R$ 9,98.
Pintado (kg): R$ 21,90.
Tambaqui (kg): R$ 10,98.
Atum (kg): R$ 12,98. Com valor até segunda-feira (3 de abril).

ASSAÍ

Filé de polaca do Alaska congelado (1Kg): R$ 14,90.
Peixe salgado tipo bacalhau desfiado polaca do Alaska (1Kg): R$ 17,50. Com valor até dia 7 de abril.

GUANABARA

Filé de merluza Buona Pesca (800g): R$15,98.

PREZUNIC

Filé de polaca Buona Pesca (800g): R$16,90.

CARREFOUR

Filé de panga Buona Pesca (800g): R$13,90. Com valor até dia 3 de abril. 

Fonte O Dia

Japoneses pagam frutas a preço de carro popular


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Por que dois melões e um cacho de uvas podem custar o mesmo que um carro novo no Japão. Em 2016, dois melões colhidos na cidade de Yubari, no norte do país, foram vendidos em um leilão por US$ 27 mil (R$ 84,2 mil).

Qual presente seria capaz de despertar um sorriso maior: um carro ou uma cesta de frutas com dois melões e um cacho de uvas? Para muitos, a resposta óbvia seria o veículo. Mas não no Japão, onde as frutas têm valor especial como presentes.

E, em alguns casos, podem custar mais que um carro: em 2016, dois melões colhidos na cidade de Yubari, no norte do país, foram vendidos em um leilão por US$ 27 mil (R$ 84,2 mil).

Em junho daquele mesmo ano, um cacho de uvas do tipo Ruby Roman (vermelhas e do tamanho de uma bola de ping pong), foi comprado por US$ 11 mil (R$ 34,3 mil).

Mas por que os japoneses pagam fortunas por frutas que em qualquer mercado do mundo alcançariam preços bem mais modestos?

"Um amigo japonês me disse que essa pergunta equivale a alguém nos perguntar no Ocidente porque apertamos as mãos como saudações", explica Bianca Bosker, blogueira especializada em temas japoneses.

Mas a resposta combina a tradição japonesa de dar presentes como forma de agradecimento com a habilidade dos agricultores para cultivar frutas especiais que reluzem quase como joias.

"Uma pessoa pode viver sem comer frutas", diz à BBC Ushio Oshima, proprietário da Sembikiya, loja de Tóquio especializada em frutas de luxo.

"No Japão, nos especializamos em dar frutas como presentes", acrescenta.

Na loja, que mais parece uma joalheira, há frutas que podem custar até US$ 13 mil (R$ 40,6 mil).

Para que as frutas alcancem esse valor, o processo é complexo e rigoroso: durante séculos, os japoneses aperfeiçoaram a forma de produzir frutas e carnes.

Melões e uvas têm atenção especial, e os primeiros frutos da estação são ansiosamente esperados, recebendo até um nome específico em japonês: hashiri.

"Todas as frutas que custam fortunas são hashiri", diz a blogueira Bosker.

Cultivo rigoroso

Yubari é uma cidade na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, que se tornou famosa nos últimos 50 anos pelos melões e pelos métodos de cultivo rigorosos.

"Há cada ano, há uma nova família de sementes. Quando os primeiros frutos, que estão em um ambiente controlado, começam a crescer, os defeituosos são descartados", diz à BBC Masaomi Susuki, um dos principais agricultores da região.

Os melões são plantados em uma terra rica em cinza vulcânica e regada com um método em que até a pureza da água é controlada. Seu funcionamento é quase um segredo de Estado.

"O cultivo comum passa por deixar crescer vários frutos de uma mesma planta, enquanto nós permitimos apenas um. E todos os frutos estão colocados em uma mesma altura", conta Susuki.

São famosas entre os japoneses fotos dos melões cobertos com uma espécie de chapéu de lona para que cresçam perfeitamente redondos.

"Dessa forma, fazemos com que os frutos cresçam de forma sustentável e com a quantidade perfeita de sol e sombra. Isso controla até o quão doce o melão será", explica o agricultor.

A arte desses melões é dominada por menos de 150 fazendeiros em todo o Japão e, segundo as autoridades de Yubari, respondem a 97% da receita da pequena localidade.

Os hashiris são colhidos em maio.

"O sabor do Yubari King, como são conhecidos os melões, fica entre doce e picante. É uma mistura de varieades americanas e europeias", diz Laura Conde, especialista em gastronomia da revista americana "Vanity Fair".

Leilões

No Japão, leilões são um fenômeno cultural: no mercado de peixes de Tusikiji, en Tóquio, compradores se reúnem nas primeiras horas da madrugada para disputar o melhor atum.

As sessões são um espetáculo marcado por gritos, ofertas urgentes e que terminam com algum preço astronômico sendo alcançado.

Em janeiro de 2016, por exemplo, Kiyoshi Kimura pagou US$ 117 mil (R$ 365,3 mil, em valores atuais) por um atum de 200kg.

"Os leilões do início do ano têm preços muito maiores, porque os compradores buscam uma espécie de sorte para o resto do ano", explica o correspondente da BBC no Japão, Rupert Wingfield-Hayes.

As frutas que "escapam" dos leilões vão parar em lojas de frutas de luxo, como a Sembiyika.

Além da qualidade das frutas, a embalagem também faz diferença.

"No Japão, a tradição estabelece duas temporadas para presentes: o verão e o inverno. E não se limita às famílias: é também um gesto de agradecimento a chefes ou sócios", explica o proprietário da loja.

Daí a importância da apresentação - mais precisamente de embalagens meticulosas, mas sem ostentações -, parte do ritual que acompanha as compras de grande parte da sociedade japonesa.

"As frutas precisam de brilho e ser bem apresentadas. É por essa combinação que as pessoas pagam", diz Oshima.