sexta-feira, 4 de março de 2016

Gastronomia: O que falta para que o Brasil mostre a sua cara?

O Blog Paladar, do Estadão, ouviu especialistas, representantes de órgãos do governo e chefs para recolher sugestões de ações capazes de dar à cozinha brasileira o lugar de destaque merecido.
          
                    
 
A vitória da brasileira Giovanna Grossi na etapa latino-americana do Bocuse D’Or, a Copa gastronômica, em fevereiro no México, reaqueceu uma antiga discussão: a falta de apoio à gastronomia no País. Giovanna treinou por meses sem patrocínio e levou ingredientes na mala para sua apresentação. Repetiu o que muitos chefs profissionais enfrentam há anos. 

A gastronomia brasileira vive o conhecido drama de ser a promessa da vez, mas nunca chegar lá. O Paladar ouviu especialistas, representantes dos órgãos de governo que trabalham na promoção do Brasil, como Apex, Ministério do Turismo e a Embratur, além de chefs, para mapear os obstáculos e recolher sugestões de ações capazes de dar à cozinha brasileira o lugar merecido. 

Qualquer ação deve envolver os setores público e privado, além de planejamento e apostas fortes. Nisso todo mundo concorda. Com a grande dimensão e a variedade cultural do Brasil, os especialistas dizem que é preciso eleger um símbolo, uma marca, que sirva de porta de entrada. Foi isso o que fez o Peru com o ceviche.


Planejamento, investimento e envolvimento de organismos setoriais transformaram a gastronomia em grande atrativo turístico da Espanha. Os espanhóis souberam mostrar ao mundo desde seus produtos artesanais tradicionais aos mais ousados pratos da cozinha contemporânea molecular.

Por aqui, ainda não encontramos um meio eficaz de promover cozinheiros, técnicas, produtos tradicionais. Nem aqui dentro nem no exterior. “O Peru é muito conhecido, mas o Brasil é mais forte na gastronomia – é o único país latino-americano que tem edição do Guia Michelin, por exemplo, mas não tira proveito disso”, diz Alex Atala. “É incrível que as pessoas pelo mundo ainda achem que a tapioca, que está na base de nossa cozinha, é asiática...”, ressalta.

A valorização dos produtos nacionais deve começar pela revisão da legislação: muitos dos maiores patrimônios da cozinha não podem ser vendidos por falta de regulamentação, caso do mel de abelhas nativas e de queijos de leite cru. 
 
                O chef Alex Atala, do D.O.M.
                         O chef Alex Atala, do D.O.M

"O problema já começa quando o taxista recomenda ao turista um restaurante francês... Não existe turismo sem gastronomia nem gastronomia sem turismo" –Alex Atala

Nos países bem sucedidos na promoção da gastronomia, as iniciativas são coordenadas por órgãos governamentais ligados ao Ministério das Relações Exteriores. Mas contam também com ampla participação de iniciativa privada e de órgãos setoriais, como os de produtores de vinho de determinada região, de fabricantes de embutidos de outra etc.

Por aqui, a situação ainda está longe disso. Um bom exemplo é o do chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, que divulga a cozinha brasileira mundo afora, mas em grande parte das vezes viajou a convite de outros países. No ano passado, representou o País na Expo Milão – e foi patrocinado pela feira. 

“Há uns quatro anos, fui para o Chile convidado pelo governo chileno. De lá para cá, anualmente, me chamam para fazer jantares para chilenos aqui no Brasil”, diz Rodrigo. Os convites, nesse caso, vêm da ProChile, órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores encarregado da promoção de produtos e do turismo. 

"A raiz da inércia está na falta de conhecimento dos órgãos. Eles não têm ideia do motor econômico que é a gastronomia.  Estou num bairro pobre, servindo comida sertaneja e atendo 20 mil clientes por mês" –Rodrigo Oliveira

O Peru tem órgão similar: a PromPerú, que promove o turismo e a imagem do país. Entre as ações, convida jornalistas e formadores de opinião do mundo todo para visitar o Peru e comer nos restaurantes (o impacto direto está nas listas de melhores restaurantes do mundo, de que são jurados).

A Espanha foi pioneira nesse tipo de ação e graças a esse expediente a revolução gastronômica provocada por Ferran Adrià foi conhecida pelo mundo. A TourSpain, órgão vinculado ao Ministério de Turismo, lançou o Marca España, ampla campanha de valorização dos atrativos do país, começando pela comida.

No Brasil, não há um órgão correlato. A Embratur é uma autarquia do Ministério do Turismo para promover destinos. Já a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), associação civil sem fins lucrativos, atua na promoção comercial de produtos e serviços para a exportação. “Recentemente trouxemos jornalistas japoneses para uma experiência de life style no Brasil, com visitas a restaurantes”, diz Christiano Braga, gerente de exportação da Apex.

Aqui e ali, aparecem ações esporádicas, como para a Olimpíada, mas falta uma articulação ampla e conjunta como política pública. “O problema é fazer o Brasil enxergar que o setor movimenta dinheiro”, diz a empresária espanhola Joana Munné, há 17 anos no Brasil e que já fez trabalhos envolvendo Apex, Embratur e órgãos espanhóis, como quando chefs mineiros foram ao Madrid Fusión em 2013.

"Quando os peruanos se convenceram de que nossa comida era tão charmosa quanto a europeia, não teve volta" –Gastón Acurio

O EXEMPLO DA ESPANHA E DO PERU

O que países como Peru, Espanha, Coreia do Sul e Tailândia fazem na gastronomia é aquilo que o norte-americano Paul Rockower chama de gastrodiplomacia: o uso da comida para comunicar cultura e conquistar o mundo pelo estômago.

ESPANHA. Cerca de duas décadas atrás, quando Ferran Adrià era um nome estranho fora da Espanha, o governo não bola para sua gastronomia. Adrià cresceu, uniu cozinheiros, viajou bastante, convidou o mundo para dentro de sua cozinha e ajudou o Ministério de Turismo a reconhecer o setor. O governo, além de apoiar eventos como o Madrid Fusión, criou projetos como o Marca España e o Saborea España, exclusivamente sobre a cozinha espanhola. 

PERU. Ali, o setor se fortaleceu em torno da figura do premiado chef Gastón Acurio, que ajudou a organizar o setor privado e a obter apoio do governo, lutando pela inclusão social como meio de fortalecer a gastronomia. Uma das ações da PromPerú é a feira Mistura, que reúne produtores e cozinheiros.

Acurio diz, no entanto, que, apesar da boa imagem internacional do país, ainda falta fazer muito para que a cozinha atinja seu potencial de desenvolvimento econômico e social, como a criação de centros públicos de formação de cozinheiros, como existe em países da Europa.

 
SEIS AÇÕES PELA GASTRONOMIA BRASILEIRA

1. INTERESSE COMUM

Gastón Acurio, o chef que capitaneou a virada peruana, ensina: “Indústria, chefs e empresas precisam colocar interesses pessoais de lado para lutar por um objetivo comum”. 

2. MARCA PAÍS

É preciso eleger uma marca, como o ceviche peruano e o sushi japonês. Os chefs Alex Atala e Rodrigo Oliveira sugerem a mandioca, que está na origem da nossa culinária.

3. PEQUENO PRODUTOR

A defesa de pequenos produtores, em oposição à indústria, é central, pois agrega qualidade. Para Atala, o foco em commodities e itens de larga escala pasteuriza nosso receituário.

4. MARCAR PRESENÇA

Ampliar a participação em congressos de gastronomia – da mesma forma como o País entra pesado em feiras de turismo, como a Abav Expo Internacional de Turismo.

5. ORGULHO PRÓPRIO

A divulgação deve começar no próprio país. Para Gastón Acurio, o ceviche não teria decolado se os próprios peruanos não tivessem antes aprendido a dar valor à receita.

6. DIPLOMACIA A FAVOR

Entendimento entre embaixadas e órgãos de turismo facilitam o trânsito de ingredientes para participação em eventos e evitam o estresse de levar ingredientes na mala.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Camarão: começa o defeso no Sul e Sudeste do país

Proibição abrange pesca, transporte e comercialização de cinco espécies marinhas. Fique atento por que os preços do camarão de mar ficará mais caro a partir deste mês, principalmente nas feiras, que é fresco, e os congelados mais sofisticados vendidos em supermercados. Nos restaurantes e botecos, então, nem se fala.

                     
Começou neste dia 1º, o período de defeso de cinco espécies de camarões marinhos (sete-barbas, branco, rosa, barba-ruça e santana ou vermelho) nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Até o dia 31 de maio estão proibidas as atividades de pesca de arrasto com tração motorizada para a captura de camarão, além de transporte e comercialização irregular do produto. Regulamentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Instrução Normativa nº 189/08, a medida visa promover a recuperação dos estoques, evitando assim a extinção das espécies e promovendo a pesca sustentável.
A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) lembra a importância do período, destacando a necessidade da colaboração do consumidor para que o defeso seja respeitado e eficiente.
- O defeso proporciona que as espécies se reproduzam, recuperando os estoques e garantindo a pesca para gerações futuras. O ideal é dar preferência ao pescado que pode ser capturado no período. Mas para quem não abre mão do camarão, a dica é só consumir o produto em estabelecimentos (frigoríficos, peixarias e restaurantes, entre outros) com declaração de estoque ou, ainda, o camarão cultivado - explica o biólogo marinho Augusto Pereira, diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj.
Fiscalização - Todas as ações de fiscalização são definidas e coordenadas pelo Ibama, sendo realizadas na ponta por destacamentos ambientais de órgãos municipais (como a Guarda) e estaduais (como a Polícia Militar), e federais (como a Marinha). Quem for flagrado desrespeitando a proibição está sujeito a multas e até detenção, além de apreensão dos petrechos de pesca, no caso dos pescadores. As penalidades e sanções são previstas pela Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (de Crimes Ambientais), e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008.

Conheça os benefícios do caqui

           


 O caqui rama forte está na lista de Dicas de Compras da Semana, entre outras frutas, legumes e verduras. Muito apreciado pelos brasileiros, esta fruta tem origem no Japão e China, onde é símbolo de riqueza e prosperidade, por sua cor que lembra o ouro.

Cultivado praticamente em todo o Brasil, o caqui se adaptou bem ao nosso clima tropical e subtropical. A época de colheita vai do final de janeiro até agosto, com o pico da safra entre março e maio.

O caqui rama forte é mais vermelho que os outros e possui consistência molinha. Ele possui fibras solúveis, que correspondem a 26% do total recomendado por dia pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e que retardam o esvaziamento gástrico, reduzem o colesterol e melhoram o controle glicêmico, prevenindo o diabetes. 

Além disso, possui bastante vitamina C, o equivalente a 66% da recomendação de ingestão diária em um único fruto. A vitamina C ajuda na produção de colágeno, prevenindo o envelhecimento precoce, melhora a imunidade e auxilia na absorção de ferro no organismo. Possui ainda vitaminas E, A, B1 e B2. 

É uma fruta rica em proteínas, cálcio, ferro e licopeno. Em média, cada 100 gramas de caqui tem 75 calorias. É rico também em betacaroteno, que atua como antioxidante e combate a formação de radicais livres. Devido à alta concentração de açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em especial por diabéticos. 

Na hora da compra, escolha os frutos que estejam livre de rachaduras, firme e com a coloração uniforme. A recomendação é consumi-lo in natura, ou seja, cru. Na geladeira, o caqui dura no máximo cinco dias. Quanto mais cedo o seu consumo, melhor.

Na hora de saborear o caqui, é importante lavá-lo com delicadeza, esfregando com as mãos, e colocar a fruta lavada em uma solução de hipoclorito de sódio (à venda em supermercados) por aproximadamente 20 minutos.

Caqui e escarola mais em conta


   
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Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos desta semana:


 
 PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Caqui rama forte, abacate, figo roxo, carambola, goiaba, laranja pêra, laranja seleta, limão taiti, jaca, coco verde, pimentão verde, chuchu, mandioca, pepino comum, pepino caipira, abóbora moranga, abóbora japonesa, berinjela, salsa, erva doce, repolho verde, escarola, alface crespa, alface lisa e americana, couve manteiga, milho verde, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Laranja lima, lima da pérsia, acerola, graviola, melancia, abóbora paulista, abobrinha brasileira, quiabo liso, pimenta cambuci, pimenta americana, nabo, rúcula, alho porró, cebolinha, beterraba com folha.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Melão amarelo, mamão papaia, mamão formosa, maracujá azedo, uvas, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, pepino japonês, batata doce rosada, tomates, beterraba, cenoura, ervilha torta, mandioquinha, pimentão vermelho, pimentão amarelo, vagem macarrão, espinafre, couve-flor, agrião, brócolis, erva doce, rabanete, coentro, alho argentino, batata lavada, alho nacional e ovos.

terça-feira, 1 de março de 2016

Ceasas estão recebendo menos mercadorias

                        

Por Jorge Lopes

Balanço econômico feito pela CeasaMinas, que voltou a ser divulgado depois de três meses, aponta que o seu principal mercado, a central de abastecimento de Belo Horizonte, teve uma queda de 17%, em 2015. Veja os detalhes.

A CeasaMinas voltou a publicar o seu boletim mensal sobre a movimentação de mercadorias, depois de ficar ausente nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015 por conta de problemas internos.  Junto com o Índice da Ceagesp, os dois formam um apanhado geral importante para orientar o produtor rural, empresário e o consumidor brasileiro. As duas análises são sempre publicadas aqui no CeasaCompras
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Os técnicos analisaram os preços praticados em janeiro passado, somente com base nas ofertas e preços praticados na unidade Grande Belo Horizonte, da CeasaMinas.  De mão dos números, fizeram a comparação com igual período do ano passado.

A oferta de produtos naquele mercado foi de pouco mais de 150 nil toneladas, cerca de 17% a menos se comparado a janeiro de 2015 quando foi de 180.602 toneladas.

Os hortigranjeiros que no ano passado respondiam  por 70,93% da movimentação de carga naquela central, sofreu uma queda de 17,80%.
A pior queda  foi em relação a venda de frutas, que antes respondia por 30,4% e que hoje caiu para 28,20%. Em janeiro de 2015,  o volume de frutas representou 62.845 toneladas; em em janeiro passado, apenas 45.124 toneladas.

Dissonâncias

Altas do dólar, que aumentou 54% em relação a janeiro do ano passado, ajudaram a encarecer os principais insumos agrícolas, em praticamente todas as culturas. Atrelados a isso estão os aumentos de custos como combustíveis e energia elétrica.

As chuvas intensas no período também prejudicaram o escoamento da produção, que tanto reduziu a oferta quanto aumentaram os custos.
No caso das chamadas hortaliças fruto, apenas o tomate apresentou aumento de participação em janeiro de 2016.

Não se iluda, por que em relação a preços, o tomate apresentou aumento de 118,85%, em um ano. Depois dele, outros tiveram alta também, como o pimentão (23,88%), abobrinha italiana ( 35,56%), jiló (28,91%), quiabo (78,13%), milho verde (54,41%) e abobrinha menina (40,86%). As chuvas ocorridas em regiões produtoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e São Paulo pressionaram os preços para cima.

Outros aumentos

Tubérculos como cenoura, cebola amarela, mandioca/aipim, beterraba sem folhas, alho importado e alho nacional, tiveram seus preços médios acrescidos, se comparados entre janeiro de 2015 e 2016.

Os reajustes foram os seguintes:

Cebola amarela (78,06%); cenoura (58,06%), mandioca/aipim (17,86%), beterraba (52,71%), alho importado (112,80%), alho nacional (88,92%).
A batata lisa sofrera apenas reajuste de 1,28%, entre os dois meses comparativos. E apresentou queda de apenas 5% no volume chegado ao mercado.

A cebola  é um caso a parte devido a importação do produto de regiões produtoras da Espanha e Holanda, que ajudaram de um lado e prejudicaram do outro.

No caso da cenoura, houve redução de 29% na movimentação de carga por conta da menor oferta, devido a problemas de produtividade e qualidade ocorridos nas regiões produtoras  do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Frutas

Em relação a fruta,  e ainda com base no estudo econômico feito pela CeasaMinas, os aumentos consideráveis de prelos ocorreram com a banana prata (48,24%), banana nanica (28,75%), melancia (24,74%), maçã (37,39%), limão Tahiti (9,71%), mamão Havaí (23,24%), coco verde (37,50%) e maracujá (37,32%).

A laranja pêra sofreu reajuste de apenas 4,08% em seus preços, apesar da queda de 20% no total de frutas enviados ao mercado (8.070 toneladas). Os municípios de Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e  Ribeirão Preto,  ambas regiões produtoras paulistas, foram os principais fornecedores para a CeasaMinas.

Já a entrega de banana prata houve recuo de 22% (4.936 toneladas). Os maiores fornecedores da fruta foram as regiões produtoras do Norte de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte e Bahia.

A CeasaMinas teve de apelar para frutas produzidas no Vale do Jequitinhonha e do Espírito Santo.

Conheça repelentes Naturais para afastar os mosquitos

                   

As dicas são da nutricionista Tatiana Zanin Tatiana Zanin, e vão ajudá-los a se defender das doenças provocadas pelos insetos.

As picadas de mosquitos são desagradáveis e podem causar doenças como dengue, Zika e Chikungunya que podem comprometer a saúde e o bem-estar. Além disso, o uso de repelentes e inseticidas em spray estão relacionados ao aumento de casos de alergias, asma, rinite e urticária.

Assim, o que se pode fazer para se proteger é usar repelentes naturais diariamente e adotar plantas que afastam os insetos e investir nos alimentos que contém vitamina B1, que também atua como repelente.
3 repelentes naturais que afastam os mosquitos

Veja quais são e como usar estes repelentes.
1. Alimentos ricos em vitamina B1

Um ótimo repelente natural é consumir alimentos ricos em vitamina B1 como carne de porco, sementes de girassol ou castanha do pará. Esta é uma ótima alternativa de repelente natural, especialmente para as pessoas que têm alergia às picadas de insetos ou mesmo aos repelentes industrializados.

Os alimentos ricos em vitamina B1 incluem:

    Levedura de cerveja em pó, gérmen de trigo;
    Sementes de girassol, castanha-do-pará, amendoim;
    Presunto, lombo de porco cozido, carne de porco assada;
    Flocos de cereais, ovomaltine.

Outra forma de garantir a ingestão de vitamina B1 é recorrer a um suplemento vitamínico orientado por um nutricionista. Assista ao vídeo e confira como consumir:

2. Óleos essenciais que protegem a pele

Uma outra excelente opção de repelente natural para aplicar na pele a cada 3 ou 4 horas são os óleos essenciais de citronela, copaíba e andiroba.

    Óleo de citronela: colocar entre 6 a 8 gotas do óleo de citronela na água do banho, ou aplicá-lo diretamente sobre a pele, diluído com óleo de amêndoa, uva ou camomila.
    Óleo de copaíba: adicionar 6 gotas do óleo essencial de copaíba a 2 colheres de sopa de óleo de calêndula e aplicar na pele.
    Óleo de andiroba: aplicar o óleo diretamente na pele, até ser totalmente absorvido.

Estes óleos devem ser usados em conjunto com a alimentação rica em vitamina B1, para afastar os mosquitos e podem ser usados em crianças com mais de 2 meses de vida e gestantes, sem prejudicar a saúde.
3. Velas e plantas que afastam os mosquitos

As velinhas de citronela e os vasos de plantas que tem cheiros mais intenso como hortelã, alecrim, manjericão, além de poderem ser usados para temperar os alimentos, também ajudam a afastar os mosquitos. Por isso ter sempre em casa vasinhos de plantas que são naturalmente repelentes pode ajudar a manter o Aedes Aegypti afastado, se protegendo contra doenças.

Combate ao mosquito começa em casa: defenda-se.

                       

Repelente caseiro afasta o mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya

Os repelentes devem ser aplicados no corpo, especialmente quando há epidemias de dengue, zika e chikungunya, porque eles previnem a picada do mosquito Aedes Aegypti que transmite estas doenças. A OMS e o Ministério da Saúde alertam para o uso de repelentes que contenham substâncias como DEET ou Icaridina acima de 20% para adultos, e de 10% para crianças com mais de 2 meses de vida.

No entanto, os repelentes caseiros também são ótimas opções para se proteger contra os mosquitos porque possuem aromas que são desagradáveis para estes e não contém substâncias tóxicas que possam prejudicar o organismo, sendo ótimas opções para adultos, crianças e gestantes.
Repelente para adultos e gestantes

Repelente caseiro afasta o mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya

Um excelente repelente caseiro para o mosquito da dengue, que pode ser usado por adolescentes e adultos, incluindo as mulheres grávidas é o de cravo-da-índia, muito utilizado por pescadores, porque o cravo da índia é rico em óleo essencial e em eugenol, uma propriedade inseticida que afasta mosquitos, moscas e formigas. Veja a receita:

Ingredientes

    500 ml de álcool de cereais;
    10 g de cravo-da-índia;
    100 ml de óleo de amêndoas, mineral ou outro qualquer.

Modo de preparo

Coloque o álcool e o cravo da índia num frasco escuro com tampa ao abrigo da luz por 4 dias. Mexa esta mistura 2 vezes por dia, de manha e à noite. Coe e junte o óleo corporal, agitando ligeiramente. Coloque o repelente num recipiente spray e aplique na pele diariamente.

Como usar o repelente caseiro

Pulverize o repelente caseiro em toda região do corpo exposta ao mosquito, como braços, rosto e pernas, e reaplique o repelente sempre que praticar esporte, suar, ou molhar-se. O tempo de duração do repelente na pele é de 3 horas, após este período ele deve ser reaplicado em toda a pele sujeita à picadas.

Outra orientação importante é pulverizar este repelente também por cima das roupas porque o ferrão do mosquito pode atravessar tecidos muito finos, chegando a pele.

Aplicar esta loção nas superfícies que costumam ter formigas também é uma ótima forma de afastá-las. Mas, se as formigas costumam ficar no açúcar, o que se pode fazer é colocar algumas unidades de cravo da índia dentro do açucareiro.
Repelente caseiro para bebês e crianças

Outro ótimo repelente caseiro para bebês, a partir de 2 meses de vida, é o creme hidratante com óleo essencial de alfazema.

Ingredientes

    1 embalagem 150 ml do hidratante Proderm
    ​1 colher de óleo essencial de alfazema

Modo de preparo

Num recipiente de vidro misture muito bem o conteúdo de cada uma destas embalagens e depois guarde-a novamente no frasco do Proderm. Aplique em todas as áreas do corpo expostas ao mosquito, diariamente, de 6 a 8 vezes por dia.

O complexo B possui um aroma que afasta os mosquitos, prevenindo suas picadas. Mas uma forma de complementar deste tratamento caseiro é acender uma vela de citronela, que também é um excelente repelente natural em cada cômodo da casa para manter os mosquitos afastados.
Veja um outro repelente indicado para todas as idades no vídeo:

Repelente eletrônico contra mosquitos

Um ótimo repelente eletrônico contra mosquitos e outros insetos é colocar 1 fatia retangular da casca de limão ou de laranja dentro do local reservado para colocar o refil dos repelentes eletrônicos que se coloca nas tomadas e trocar a casca diariamente.
Repente caseiro para moscas

Repelente caseiro afasta o mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya

Um ótimo repelente caseiro para moscas é colocar de 15 a 20 cravos-da-índia espetados na metade de um limão ou de uma laranja.

Ingredientes

    1 pacote de cerca de 10 g de cravo-da-índia
    1 laranja ou 1 limão

Modo de preparo

Espete os cravos da índia na parte exterma da fruta e deixe ao ar livre. Para potencializar o efeito pode-se ainda cortar a laranja, ou o limão, no meio e espetar os cravos no interior. Além disso, se espremer um pouco a fruta, o suco fica mais evidente e tem maior ação em conjunto com os cravos.

O cravo da índia possui propriedades que irritam os insetos e estas propriedades ficam mais evidenciadas em contato com estas frutas cítricas.

Além destes repelentes naturais, existem também alguns repelentes comerciais como o Exposis ou o Off, que podem ser usados por grávidas e crianças e que ajudam a proteger contra a picada do mosquito. Saiba quais são os repelentes industriais que podem ser usados por grávidas e que foram aprovados pela Anvisa em Repelentes mais indicados para grávidas.