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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Fraudes nos azeites põem governo federal na mira da Justiça

                       Resultado de imagem para O 'Azeite' nosso de cada dia

O 'Azeite' nosso de cada dia coloca ministério da Agricultura e Anvisa na mira do MPF. O órgão propôs ação civil pública para combater fraudes na fabricação do produto; MPF diz que testes apontam para substâncias cancerígenas na composição. Desse grupo, de acordo com denúncias da Proteste, fazem parte as marcas Figueira da Foz, Tradição, Quinta D'aldeia e Vila Real.

O Ministério Público Federal em São Paulo propôs uma ação civil pública contra a União e a Anvisa para que se possa combater as fraudes nos azeites de oliva. Além de baixa qualidade, o MPF diz que foram encontradas substâncias cancerígenas nos azeites.

"Pensando estar comprando um produto conhecido por seus benefícios à saúde, o consumidor brasileiro acaba adquirindo, via de regra, um produto fraudado que pode, inclusive, trazer-lhe prejuízos à saúde”, alerta a procuradora da República Adriana da Silva Fernandes, autora da ação.

A ação civil foi proposta após uma representação feita pela Proteste - Associação brasileira de defesa do consumidor, que fez testes comparativos e verificou fraudes em quatro amostras de azeite de oliva extra virgens, correspondentes as marcas Figueira da Foz, Tradição, Quinta D'aldeia e Vila Real.

"As amostras apresentaram valores que nem poderiam ser considerados azeites, seriam na verdade uma mistura de oleos refinados, nem sempre provenientes de azeitonas", anotou o MPF.

Procurado, o ministério da Agricultura não se pronunciou até a última atualização desta notícia.

Fraude constatada

Outros sete produtos foram considerados apenas como "virgens" e não como "extra virgens" como se autodenominam pelos testes da Proteste (La Espanola, Carbonell, Serrata, Beirão, Gallo, Pramesa e Borges).

No inquérito aberto, o MPF pediu aos órgãos de fiscalização que checasse as informações da Proteste. "Restaram confirmadas pelos órgãos de fiscalização as irregularidades noticiadas", afirma a procuradora na ação.

Em muitos casos, apesar de o rótulo indicar azeite de oliva virgem ou extravirgem, o conteúdo é composto por uma mistura de óleos ou nem isso: há exemplos em que se trata apenas de óleo de soja.

Em situações mais graves, foi constatado que os produtos envasados continham azeite lampante, um óleo de baixa qualidade e mais barato para importação, pois é extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas.

O azeite lampante é impróprio para o consumo humano e não há garantias de que não possa fazer mal à saúde do consumidor.

Para facilitar a fiscalização, a ação civil pública ajuizada pelo MPF pede que o Ministério da Agricultura edite uma norma técnica com regras para rastrear o azeite de oliva, desde sua eventual importação até a finalização do processo produtivo.

A procuradora pede a criação de um cadastro de pessoas e empresas envolvidas na importação, fabricação e envasamento de óleos vegetais, e que os dados cadastrados sejam compartilhados com a Anvisa e com as Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais.

Com relação à Anvisa, o MPF pede que a agência implemente e execute diretrizes técnico-administrativas relativas à importação de óleos vegetais. Atualmente, o MPF diz que a autarquia tem se omitido das obrigações legais, deixando a anuência para a entrada desses produtos no país exclusivamente para o Ministério da Agricultura.

A ação requer ainda que a Anvisa edite norma técnica dispondo sobre boas práticas de produção, refino e envasamento dos azeites de oliva e dos óleos de bagaço de oliva, bem como regulamente os óleos mistos ou compostos, proibindo a mistura dos produtos ou disciplinando sua produção com especificação dos percentuais permitidos de cada item na combinação.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Vigilância Sanitária justiça ação burocrática no Rock in Rio

Parece piada a informação que você irá ler. Mas, a ação se deu não só no espaço de Roberta Sudbrack, incluiu ainda um restaurante nordestino. Eles tiveram alimentos apreendidos porque não tinham selo de inspeção com validade nacional. Podemos dizer que foi uma atitude burocrática e ridícula que em nada ajuda aos pequenos produtores.  Basta responder apenas uma pergunta: Como uma chef conhecida mundialmente iria vender produtos "estragados" em um evento deste porte?


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Desculpa esfarrapada: o queijo foi apreendido porque tinha selo só de Pernambuco.

A apreensão e descarte de centenas de quilos de alimentos em ao menos dois estabelecimentos, incluindo o restaurante da chef Roberta Sudbrack, na Gourmet Square do Rock in Rio, tem origem na falta de selos de inspeção de validade nacional. A explicação é da coordenadora de alimentos da Vigilância Sanitária, Aline Gomes.

Segundo a coordenadora, a Lei 7889 prevê que alimentos com circulação nacional precisam ter registro junto ao Ministério da Agricultura, através do selo do Serviço de Inspeção Federal (Sif).

Aline diz que quando o produto tem apenas o certificado Serviço de Inspeção Estadual, só pode ser comercializado no estado onde foi produzido. Ela explicou que foi o que ocorreu com os queijos e linguiças do restaurante de Sudbrack.

"Durante as inspeções, nós verificamos que o queijo que ela estava comercializando tinha o selo do Estado de Pernambuco. Esse produto não poderia estar sendo comercializado no município do Rio de Janeiro. Assim como a linguiça, que possui o sisp, que serve apenas para o Estado de São Paulo", esclareceu. "E como que esses alimentos vieram parar aqui? Como eles passaram pelas barreiras?", acrescentou.


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     Apreensão da carne de sol. Justificativa que beira à palhaçada.

Neste sábado, 160 kg de carne de sol foram apreendidos e inutilizados no restaurante Sertanorte, no mesmo Gourmet Square. "Neste caso, o fabricante colocou um selo, justamente para iludir, e esse produto é de origem clandestina", disse a coordenadora.

O descarte dos alimentos apreendidos no Rock in Rio, de acordo com a Vigilância, está sendo feito pela Comlurb.

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