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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

EXCLUSIVO Ceasa do Rio perdeu mais de R$ 1 bilhão em negócios, em 2016

Por Jorge Seraphini (jorgeseraphini@gmail.com)

Outras centrais da Região Sudeste do país, segundo levantamentos feitos pelo governo federal, também apresentaram quedas variadas, como as do Espírito Santo, também grande, e a da Ceagesp, bem menos impactante nos seus negócios. O impacto sofrido pela Ceasa fluminense, no entanto, foi recorde.

                 
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A crise financeira que abalou o país, e principalmente o Rio de Janeiro, neste caso, também impactou diretamente nas negócios realizados pelas centrais de abastecimento de alimentos do país. Ao contrário do seu vizinho Minas Gerais, cuja a Ceasa conseguiu lucrar em 2016, o estado fluminense viu sua principal central sofrer um revés histórico ao perder mais de R$ 1 bilhão em produtos comercializados.  Na verdade, a central já vinha identificando retração dos negócios há alguns anos,, mas este é o pior de todos. 

Estamos falando da Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, onde fica a sede da empresa e a maior de todas. Situada às margens da Avenida Brasil, principal via de ligação com o sul do estado e do país, a central é cercada por 14 favelas e vive um clima de violência ao seu redor.  Numa análise direta, o que aconteceu? De acordo com especialistas, foi a conjunção de vários fatores, sendo o principal deles a falta de dinheiro: do empresário que não compra, e do consumidor que está desempregado ou todo enrolado com suas finanças.  Isso levou a Central a amargar uma queda de R$ 5,234 bilhões para exatos R$ 4, 044 bilhões. 

No entanto, outra Ceasa do estado, que fica no bairro do Colubandê, no município de São Gonçalo, deu um salto nos seus negócios entre 2015 e 2016:  negociou R$ 836 milhões contra os R$ 719 milhões do ano passado. Outra central que apresentou bons resultados foi a de Nova Friburgo, na Região Serrana fluminense, que saltou dos R$ 30.788 milhões, verificados em 2015, para R$ 37.045 milhões. 

O mercado de Paty do Alferes, também na parte sul da Região Serrana do Rio, onde existe a maior produção de tomates do estado, apresentou volume negativo: de R$ 14,731 milhões para R$ 11,043 milhões.

Outros dados

Ainda de acordo com o balanço de comercialização das Ceasas 2015/2016, elaborado pelo Sistema de Informações Setoriais de Comercialização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do governo federal temos alguns resultados que chamam a atenção. O estudo é elaborado com dados também do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP (Universidade de São Paulo).

Nesse estudo completo também destacamos que a Ceasa do Espírito Santo, unidade principal de Vitória, capital, apresentou uma queda acentuada: de R$ 935 milhões para R$ 884 milhões. 

A maior central der abastecimento da América Latina, a Ceagesp - situada na capital paulista - sofreu bem menos os efeitos da crise. Entre 2015 e 2016, a central verificou uma queda mínima em suas vendas: de R$ 7,845 bilhões para R$ 7,806 bilhões.  É bom lembrar que esta central, administrada pelo governo federal, foi a que apresentou o maior número de alimentos com preços altos durante todo o ano passado., conforme o CeasaCompras.com registrou em suas edições. 

O destaque mais positivo, conforme estamos publicando no Blog, deveu-se à Ceasa de Minas Gerais, unidade da Grande Belo Horizonte, quer saltou de R$ 3,879 bilhões para R$ 4,916 bilhões.