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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Desavenças prejudicam um pólo gastronômico e de flôres no Rio

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Comerciantes estão em pé de guerra no Cadeg. Floristas do mercado dizem que estão sendo impedidos de trabalhar por conta de atrasos em taxas, mas direção do Centro de abastecimento nega boicote. Juiz proibiu contratação de seguranças armados para evitar problemas

Por trás da venda de iguarias, como a do bolinho de bacalhau, e da atmosfera bucólica para quem vai comprar flores e fazer programas regados a cerveja ou a um bom vinho, há uma guerra declarada por território em um dos ícones mais tradicionais de lazer do Rio. O conflito entre a diretoria do Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara (Cadeg) e os floristas da Associação dos Produtores e Distribuidores de Flores, Plantas e Artigos para Jardinagem do Rio de Janeiro ganhou terreno na 21ª DP (Bonsucesso), no Ministério Público e na Justiça.

O maior confronto é pelo controle da área de aproximadamente cinco mil metros quadrados que abriga dois galpões com 154 floristas, onde fica o Mercado das Flores. Para impedir novos embates, o juiz da 8ª Vara Cível, Paulo Roberto Correa, decidiu que a associação não pode contratar seguranças armados porque o Cadeg já tem sua guarda armada. E marcou audiência especial para o dia 26 deste mês, como a coluna Justiça e Cidadania informou com exclusividade na terça-feira.

O Cadeg entidade privada que administra mais de 714 lojas em Benfica ganhou o título de 'Mercado Municipal' da Prefeitura, em 2012. A relação da diretoria com os floristas começou a ficar espinhosa e foi parar na Justiça há dois anos. Os floristas sustentam que o terreno do Mercado das Flores é uma área pública. E, portanto, não podem ser obrigados a pagar Termo de Permissão Remunerada de Uso de até R$ 2.158,00. "O Cadeg não prova que é dono da área. Não deveria nem ter o alvará. Estamos cansados de ser enganados. Representamos 500 famílias", ataca o presidente da associação, José Manuel de Almeida Lage, de 61 anos. Ele argumenta que muitos floristas estão sendo impedidos de trabalhar, se sentem intimidados com os seguranças armados e têm mercadorias furtadas. Em 26 março, os casos e a cobrança da taxa foram denunciados ao Ministério Público. A associação sustenta, ainda, que foram filmados e fotografados funcionários e caminhão a serviço da prefeitura instalando placas de sinalização dentro do Cadeg.

Em contra-ataque, o diretor Social do Cadeg, André Lobo, apresenta certificado do 3º Ofício de Registro de Imóveis e alega que o Mercado das Flores faz parte das edificações do Centro. Segundo ele, a confusão começou porque o Google identificou o local dos galpões como Rua Buíque. "Foi fake news. Essa rua é em Padre Miguel", defende, com certidão da Secretaria Municipal de Urbanismo em punho. E mais: diz que cobra a taxa para garantir a infraestrutura. Em 15 de agosto, o Cadeg registrou na 21ª DP (Bonsucesso) contratação irregular de seguranças pela associação.

"Não impedimos de entrar nenhum inadimplente. Só exigimos o cadastramento das pessoas autorizadas pelos permissionários, como manteve a ordem judicial", afirma Lobo. Ele nega qualquer ameaça a floristas.

AUDIÊNCIA PÚBLICA FRACASSA NA ALERJ

"Não tenho como pagar taxa de mais de R$ 1 mil", desabafa José Alcemário Guerreiro, de 58 anos. Ele comprou metade de uma pedra, também chamada de vaga, por R$ 90 mil. "Mas não consegui fazer o cadastramento porque estou inadimplente com a taxa. A dívida chega a R$ 8 mil", reclamou, sem revelar seu faturamento. Alega que a direção do Cadeg já jogou suas flores no lixo. Outro florista, Márcio Adriano Heckert, de 49 anos, protestou por não conseguir trabalhar. "É um prejuízo danado", dispara.

O diretor social do Cadeg, André Lobo, rebate. Diz que cada permissionário pode deixar até quatro pessoas com autorização de uso. "Mas, por questão de segurança, é preciso o cadastramento", retruca. E sofre novo questionamento: os floristas alegam que houve audiência pública na Assembleia Legislativa (Alerj) no dia 11 de junho, mas ninguém do Cadeg apareceu. "Fomos sim. Mas pedimos que fosse feita a reunião com representantes, o que não foi atendido".

O deputado Dr. Julianelli (PSB), que convocou a audiência, diz acreditar que o terreno do Cadeg é da Companhia Nacional de Fumos e Cigarros. O Centro alega que comprou a área com financiamento do então Banco de Crédito Federal. "Pedi informações à Prefeitura", anuncia o parlamentar. O Cadeg é o principal ponto de venda de flores do estado há mais de quatro décadas e um polo turístico importante da cidade.

Fonte O Dia

domingo, 27 de maio de 2018

Procon do Rio notifica mercado que vendia acima do preço

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Supermercados Guanabara vende tomate por R$ 9,20 o quilo e é notificado a comprovar aumento de preço do fornecedor.

Oito postos de gasolina e oito supermercados foram notificados pelo Procon Carioca a apresentar as notas fiscais de pagamento a fornecedores. A exigência foi feita a partir da verificação de indício de prática de preços abusivos ao consumidor final. Os estabelecimentos poderão ser multados se não comprovarem o aumento proporcional dos valores pagos aos fornecedores aos praticados nas bombas de combustível e nas gôndolas dos mercados.

— Estamos solicitando os preços de todo o mês de maio. Se for constatado aumento abusivo, o estabelecimento será multado, pois isso é uma afronta ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), que, no artigo 39, inciso X, proíbe a elevação do preço sem justa causa — disse a presidente do Procon Carioca, Márcia Mattos.

A fiscalização, que continua até que o abastecimento seja normalizado, encontrou tomate á venda por R$ 9,20 o quilo, no Supermercado Guanabara, da Tijuca, e batata iglesa por R$ 7,99, no Supermarket do mesmo bairro. Foram notificados ainda duas filiais do Superprix, duas da rede Extra e duas do Mundial, todos na Tijuca.

Entre os postos notificados pelo Procon Carioca, três são da BR, localizados no entorno da Praça da Bandeira, quatro são da Shell, sendo dois na Tijuca e dois no Estácio, e um da Ipiringa, um localizado no Estácio e um da Shell, no mesmo bairro.

Márcia lembra que é fundamental que os consumidores exijam a nota fiscal discriminada, no caso dos postos, com o valor por litro, para comprovação dos preços abusivos. Ela orientam ainda que as denúncias sejam feitas pelas redes sociais do Procon Carioca e pelo telefone 1746.

A fiscalização, informa a presidente do Procon Carioca, continuará até que esteja normalizado o abastecimento na cidade. As empresas notificadas têm até 11 de junho para apresentar a sua defesa.


Preços em feiras livres disparam

O coentro custava R$ 4 e está sendo vendido a R $8 e a banana prata, que custava R$ 6, está custando R$ 15 o cacho. Nos hortifrutis, o quiabo chegou a quase R$ 20.

                
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                Foto Wilson Alves Cordeiro-Tijuca- RJ

No sétimo dia da greve dos caminhoneiros, os reflexos da falta de alimentos nas bancas de feiras livres do Rio são ainda mais evidentes. A tradicional feira na Rua Lineu de Paula Machado, no Jardim Botânico, Zona Sul, teve baixa movimentação na manhã deste domingo (27/5). As hortaliças estão mais que o dobro do preço e frutas como a banana, por exemplo, são comercializadas com o preço quase três vezes maior.

O vendedor de coco, Alberto Gonçalves, de 58 anos, trabalha há mais de 40 anos na feira e garante que nunca viu uma situação tão crítica.

“Eu não gosto de trabalhar assim não. Não tem nada. Olha meu carro como está vazio. Se continuar isso aí, não sei como vai ser não. Vamos rezar para melhorar isso. O coco aumentou na roça R$2. Eu pegava R$2, agora estou pagando R$4. Nunca vi uma coisa assim. Hortaliça então, está impossível. Só quem tem Horta em casa mesmo. Está feia a coisa", conta.

A cliente Célia Souza, de 66 anos, disse que veio pesquisar os preços e se assustou com os valores cobrados. "Banana R$15 ? Onde já se viu? O preço está três vezes mais caro. Estou levando ovos porque ainda está com preço normal. Mas tem muita coisa que deixei de comprar aqui", lamenta.

O G1 percorreu a feira e percebeu um aumento no valor das verduras e frutas. A couve, que normalmente custa uma média de R$4, segundo uma cliente, estava custando R$10 na feira. O coentro está custando R$8. Em dias normais, o produto não passaria dos R$4, segundo o feirante.

A banana prata era vendida por R$15. Sem a greve, e com os caminhões conseguindo abastecer os feirantes, a mesma banana custaria R$6 a dúzia. Em alguns locais era vendida por R$ 8 o quilo.


Pode faltar carne e derivados

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Situação da indústria de carnes é caótica por greve de caminhoneiros, normalização levará 2 meses, diz ABPA.

A situação da indústria de proteína animal por causa da greve dos caminhoneiros é caótica e a normalização do setor deve levar até dois meses após o término do movimento grevista, que já dura uma semana, disse neste domingo a Associação Brasileira de Proteína Animal.

O setor registrava neste domingo 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas, com mais de 234 mil trabalhadores com as atividades suspensas. Cerca de 64 milhões de aves adultas e pintinhos já morreram e um número maior dever ser sacrificado em atendimento às regras da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil, segundo a associação.

"Diante desse quadro de calamidade no setor, apelamos para a sensibilidade das lideranças do movimento grevista dos caminhoneiros, da Polícia Federal, das polícias estaduais e municipais pela liberação da passagem dos caminhões carregados com ração, cargas vivas, carnes e outros alimentos em caminhões frigoríficos", disse a ABPA em carta aberta, que seria protocolada no Palácio do Planalto neste domingo.

Os caminhoneiros entraram em greve na segunda-feira contra o preço do diesel, com o bloqueio de estradas, levando ao desabastecimento de combustíveis e de outros produtos em todo o país.

"O desabastecimento de alimentos para o consumidor também já é fato, uma vez que milhares de toneladas de carnes e outros produtos deixaram de ser transportados para os centros de distribuição desde o dia 21 de maio", disse a associação.

"Após o final da greve, a regularização do abastecimento de alimentos para a população poderá levar até dois meses!"

Além dos problemas de desabastecimento no mercado doméstico, a indústria de proteína animal disse que aproximadamente 100 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser exportadas na última semana.

"O impacto na balança comercial já é estimado em 350 milhões de dólares", disse a ABPA.

A mortandade cria uma grave barreira para a recuperação da produção do setor nas próximas semanas e meses, disse a ABPA, acrescentando que os preços dos produtos podem subir. 

Fonte Extra/Reuters


quarta-feira, 23 de maio de 2018

Paralisação dos caminhoneiros faz com que preços nas feiras livres disparem

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              Brasil pode repetir Venezuela

A paralisação dos caminhoneiros, que protestam em todo o país contra o preço do diesel e os impostos que incidem sobre os combustíveis, chegou ao terceiro dia e já afeta os preços dos alimentos nas feiras livres do Rio. Em uma delas, em Botafogo, na Zona Sul, o quilo da batata subiu de R$ 2 para R$ 6. O custo da cenoura quase dobrou, passando de R$ 3,50 para R$ 6, o quilo. Muitos feirantes não foram trabalhar porque não tinham mercadorias estocadas nem conseguiram comprar novos produtos.

Os verdureiros foram os que sentiram o maior impacto e tiveram que repassar os custos, pois precisam comprar mercadorias frescas diariamente: a alface crespa, por exemplo, está custando R$ 5.

— Só vem trabalhar quem tem coragem, porque as verduras aumentaram 100%. A caixa de alface saía por R$ 10. Comprei por R$ 60 — contou Adolfo Almeida, verdureiro há 25 anos.

Com altos preços, o consumidor deixa de comprar. O vendedor de cenouras Ailton Fernandes comprou a caixa do produto, na terça-feira, por R$ 120, quando o usual é desembolsar R$ 40. O feirante teme ter ainda mais prejuízos:

— A cenoura é muito perecível. Tenho que vender tudo até amanhã.

Há 52 anos trabalhando como feirante, dona Aureni Oliveira, de 80, tem medo de não ter mercadorias para trabalhar.

— Eu pago uma funcionária para me ajudar na barraca. Se faltar mercadoria, vou ter o prejuízo por não vender e por pagar o salário sem ela trabalhar — lamentou.

Além do prejuízo por não vender, Aureni Oliveira ainda paga salário a uma funcionária
Além do prejuízo por não vender, Aureni Oliveira ainda paga salário a uma funcionária Foto: Letycia Cardoso

A feirante conta que, normalmente, compra a saca de batatas lavadas por R$ 70. Nesta quarta-feira, foi informada de que o custo do produto subiu para R$ 300.

Joaquim Lemos, vendedor de frutas, também se assustou ao ter que pagar R$ 30 pela caixa de mamão nesta quarta-feira. No último sábado, o preço era de R$ 13. Como consequência, ele aumentou o valor cobrado dos clientes. O lote vendido a R$ 3, na semana anterior, passou a custar R$ 7.

— Geralmente, eu trago 20 caixas para a feira. Hoje, trouxe só dez. A venda caiu muito — contou Lemos.

A diarista Rita Souza sentiu no bolso os reflexos dos protestos dos caminhoneiros.

— Às vezes, compro o saco de legumes por um real. Agora, custa o dobro. A qualidade dos produtos também caiu — contou.

A aposentada Maite Hakim também reclamou dos altos preços e da falta de verduras na feira de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

— O brócolis estava a R$ 12. Já é inverno, uma época dificil para esses produtos. Com a paralisação dos caminhoneiros, então, não sei o que será de nós — lamentou.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Preço da maçã ficou barato em 6 Ceasas


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Ainda em relação às frutas, de acordo com boletim econômico do governo federal, os  seguem variados em alguns alimentos. Batata, tomate, alfece, cebola e cenoura apresentaram altas.

Os preços das principais frutas e hortaliças comercializadas nas Centrais de Abastecimento mais representativas do país não apresentaram movimento uniforme em março. O destaque foi a maçã, que registrou baixa em seis das sete centrais analisadas. É o que revela o 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2017, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A queda no preço da maçã se justifica pela grande oferta da fruta no mercado, com percentuais negativos variando entre 22,44% em Belo Horizonte/MG (R$ 2,93/kg), e 6,96%, em Brasília/DF (R$ 5,02/kg). Na contramão das Ceasas analisadas, Fortaleza/CE teve um aumento de 2,72%, com o quilo da fruta comercializado a R$ 5,63.

Com as demais frutas, não houve tendência definida na dinâmica dos preços. No caso da banana, os preços variaram entre aumento de 20,92% em Recife/PE (R$ 1,73/kg) e queda de 23,93% em Rio Branco/AC (R$ 1,54/kg). Quanto à laranja, em cinco das sete centrais houve aumento no preço do quilo da fruta: 5,8%, em Brasília (R$ 1,73), e 2,31% em Belo Horizonte (R$ 1,88). Espera-se que a partir de maio, com a colheita da nova safra, o preço da laranja ao consumidor final caia.

Em relação ao mamão, mesmo com grande oferta, a qualidade foi comprometida por causa das chuvas. Assim, o aumento foi relevante em São Paulo/SP (41,11%) e Belo Horizonte (36,94%), com preços de R$ 2,82/kg e R$ 1,68/kg, respectivamente. Já a melancia subiu 36,12% em Vitória (R$ 1,15/kg) e 30,17% em Belo Horizonte (R$ 1,15/kg).

Hortaliças- Tomate, batata, alface, cebola e cenoura apresentaram alta nas cotações de preços na maioria das Ceasas estudadas. O quilo do tomate foi comercializado em Vitória por R$ 2,08 e a R$ 3,17 em São Paulo. Mesmo assim, os preços continuam em baixos patamares para o produtor desde o segundo semestre de 2016. Esse cenário pode acarretar para os próximos meses diminuição de área plantada, retornando o movimento de alta da hortaliça.

A análise de preços praticados pelas centrais de abastecimento é feita mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas pelos principais entrepostos de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará, Acre e Distrito Federal. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

EXCLUSIVO Ceasa do Rio perdeu mais de R$ 1 bilhão em negócios, em 2016

Por Jorge Seraphini (jorgeseraphini@gmail.com)

Outras centrais da Região Sudeste do país, segundo levantamentos feitos pelo governo federal, também apresentaram quedas variadas, como as do Espírito Santo, também grande, e a da Ceagesp, bem menos impactante nos seus negócios. O impacto sofrido pela Ceasa fluminense, no entanto, foi recorde.

                 
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A crise financeira que abalou o país, e principalmente o Rio de Janeiro, neste caso, também impactou diretamente nas negócios realizados pelas centrais de abastecimento de alimentos do país. Ao contrário do seu vizinho Minas Gerais, cuja a Ceasa conseguiu lucrar em 2016, o estado fluminense viu sua principal central sofrer um revés histórico ao perder mais de R$ 1 bilhão em produtos comercializados.  Na verdade, a central já vinha identificando retração dos negócios há alguns anos,, mas este é o pior de todos. 

Estamos falando da Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, onde fica a sede da empresa e a maior de todas. Situada às margens da Avenida Brasil, principal via de ligação com o sul do estado e do país, a central é cercada por 14 favelas e vive um clima de violência ao seu redor.  Numa análise direta, o que aconteceu? De acordo com especialistas, foi a conjunção de vários fatores, sendo o principal deles a falta de dinheiro: do empresário que não compra, e do consumidor que está desempregado ou todo enrolado com suas finanças.  Isso levou a Central a amargar uma queda de R$ 5,234 bilhões para exatos R$ 4, 044 bilhões. 

No entanto, outra Ceasa do estado, que fica no bairro do Colubandê, no município de São Gonçalo, deu um salto nos seus negócios entre 2015 e 2016:  negociou R$ 836 milhões contra os R$ 719 milhões do ano passado. Outra central que apresentou bons resultados foi a de Nova Friburgo, na Região Serrana fluminense, que saltou dos R$ 30.788 milhões, verificados em 2015, para R$ 37.045 milhões. 

O mercado de Paty do Alferes, também na parte sul da Região Serrana do Rio, onde existe a maior produção de tomates do estado, apresentou volume negativo: de R$ 14,731 milhões para R$ 11,043 milhões.

Outros dados

Ainda de acordo com o balanço de comercialização das Ceasas 2015/2016, elaborado pelo Sistema de Informações Setoriais de Comercialização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do governo federal temos alguns resultados que chamam a atenção. O estudo é elaborado com dados também do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP (Universidade de São Paulo).

Nesse estudo completo também destacamos que a Ceasa do Espírito Santo, unidade principal de Vitória, capital, apresentou uma queda acentuada: de R$ 935 milhões para R$ 884 milhões. 

A maior central der abastecimento da América Latina, a Ceagesp - situada na capital paulista - sofreu bem menos os efeitos da crise. Entre 2015 e 2016, a central verificou uma queda mínima em suas vendas: de R$ 7,845 bilhões para R$ 7,806 bilhões.  É bom lembrar que esta central, administrada pelo governo federal, foi a que apresentou o maior número de alimentos com preços altos durante todo o ano passado., conforme o CeasaCompras.com registrou em suas edições. 

O destaque mais positivo, conforme estamos publicando no Blog, deveu-se à Ceasa de Minas Gerais, unidade da Grande Belo Horizonte, quer saltou de R$ 3,879 bilhões para R$ 4,916 bilhões.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Na crise, consumidores preferem promoções de alimentos

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Mais da metade das famílias aumentou o número de visitas aos supermercados por causa das ofertas, especialmente de alimentos básicos, diz pesquisa.

Na crise, o brasileiro voltou a comer um pouco melhor por causa das promoções, que vão de embalagens econômicas, dias especiais de desconto e até ofertas nas quais dois itens são vendidos pelo preço de um. No terceiro trimestre deste ano, o consumo de uma cesta de 96 categorias de produtos, entre alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza cresceu 3,6% em unidades e 4,9% em valor, já descontada a inflação, na comparação com os mesmos meses de 2015, puxado pelos alimentos e pelas promoções.

A constatação é da consultoria Kantar Worldpanel que visita semanalmente 11 mil domicílios em todo o País para radiografar o consumo da população. “Estamos menos piores e as promoções em alimentos estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas, até mesmo para a compra de produtos básicos”, afirma a diretora comercial da consultoria e responsável pela pesquisa Christine Pereira.

Entre julho e setembro, os alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis e essa foi a única cesta de produtos em que houve aumento na frequência de compras, de 2,9%, em comparação com o terceiro trimestre de 2015.

Christine explica que 55,5% das famílias aumentaram o número de idas às lojas, visitando os estabelecimentos mais de cinco vezes na semana, atraídos pelas promoções. Em três viagens às lojas, os consumidores declararam que compraram produtos que estavam em oferta, aponta a pesquisa.

Um resultado que chama atenção e revela o estrago que a crise provoca no orçamento das famílias é que na lista de ofertas que atraiu o brasileiro para as compras estão muitos produtos que são básicos e cujo consumo está consolidado, como óleo de soja, papel higiênico, biscoito, por exemplo.

No óleo de soja, a pesquisa aponta que cresceu 5,4% o número de famílias que compraram o produto porque ele estava em promoção no terceiro trimestre.

Movimento com proporções semelhantes se repetiu no biscoito, papel higiênico, iogurte e sabonete. Em contrapartida, o consumo de itens mais supérfluos, que vinha avançando, como suco pronto, antisséptico bucal, por exemplo, recuou porque esses produtos não foram alvo de promoções.

“As promoções estão dando um respiro, mas isso não significa que a crise já tenha passado. É uma alternativa para que as famílias comprem o que precisam”, diz Christine.

A força da promoção, especialmente para itens de primeira necessidade, ficou nítida na semana passada quando os supermercados lotaram no dia da Black Friday, com os consumidores em busca de ofertas em miudezas, como cerveja e refrigerante.

Falta. A corrida do consumidor para encher o carrinho, especialmente de alimentos em oferta por causa da crise, provocou a falta de muitos itens nas prateleiras dos supermercados.

Em outubro, de uma lista de cem itens, entre alimentos, bebidas, higiene e limpeza doméstica, mais de dez (10,5) estavam faltando nas lojas, segundo levantamento feito pela consultoria Neogrid/Nielsen em 10 mil lojas de supermercados espalhadas pelo País.

“Uma possível razão para a falta de produtos é o aumento nas promoções do tipo leve três pague dois realizadas pelos supermercados”, diz Robson Munhoz, diretor da consultoria e responsável pelo relacionamento com o varejo. Ele argumenta que, com as promoções, houve uma saída maior de produtos nas lojas, o que provocou a falta de mercadorias.

O índice de falta de produtos nas prateleiras, conhecido no jargão do setor como de ruptura, começou o ano em 13%, bem acima da média histórica de 8%. Caiu até julho, quando fechou o mês em 9,5%. De lá para cá veio gradativamente aumentando.

Fonte Estadão