terça-feira, 26 de julho de 2016

Por que manter as leguminosas na mesa mesmo com a alta do feijão?




O ano de 2016 é considerado o ano das leguminosas pela Organização Mundial da Saúde. Isso porque este grupo alimentar é muito completo. É rico em fibras, carboidratos, vitaminas e minerais, como o cálcio e ajudam a formar os neurotransmissores, que equilibram as nossas funções mentais e emocionais e assim controlam a ansiedade,  por exemplo, por isso que eu sempre dou um jeito de ter alguma delas na minha rotina. São também alimentos muito ricos em proteínas, quase tanto quanto os de origem animal, só lhes falta um aminoácido pra que fiquem iguais a elas e este aminoácido é trazido por grãos como o arroz. 

Por isso a dupla arroz com feijão é tão poderosa. Outra grande vantagem é que quando você consome uma leguminosa junto com um carboidrato, por exemplo, ela faz com que a glicose dos carboidratos seja absorvida mais lentamente e isso nos mantém saciados por mais tempo e com mais energia. E também ajuda a gente a perceber quando estamos satisfeitos mais cedo, o que nos faz comer as quantidades adequadas.

No Brasil o consumo das ‘comidas de verdade’, como o feijão por exemplo, tem caído a cada ano, mas o carioquinha (que é como nós paulistas o chamamos) ainda resiste nas mesas dos restaurantes e de boa parte das casas do País. Porém, isso não ocorre com outras leguminosas. Como a família da minha mãe é de origem libanesa eu estou acostumada a comer grão de bico, lentilha e feijão branco desde pequena. Na minha avó e em todas as reuniões familiares o grão de bico aparece em forma de homus, um patê feito com alho e pasta de gergelim que eu adoro, como até como molho de salada. Herdei o hábito e sempre cozinho em casa para o meu filho feijão branco com músculo e arroz integral com lentilha, que aprendi com a vovó. Nós gostamos muito. 

Outra leguminosa que pra mim tem gosto de infância é a ervilha, não aquelas congeladas ou as enlatadas que vemos por aí. Aprendi com a minha mãe a fazer uma sopa de ervilha com o grão cru, que você encontra na parte do supermercado que vende os grãos a granel. Já o chilli, feito com feijão vermelho e carne moída, é uma paixão mais recente. Comecei comendo como entrada nos restaurantes mexicanos e hoje faço em casa com os feijões que minha sogra me traz do Rio de Janeiro, parece que por lá são mais fáceis de encontrar. Só com este parágrafo já dá pra ver que é possível variar bastante o seu cardápio com base nas leguminosas, não é? E já deu pra notar também que motivos para incluí-las na sua rotina alimentar também não faltam.

Mas atenção. Sempre que você for preparar qualquer uma delas é importante deixá-las de molho, de preferência da noite para o dia e descartar essa água. Isso elimina as substâncias de difícil digestão. Muita gente diz que sente pesada quando come feijão e normalmente é por causa disso, esta dica acaba com esse mal estar. Mas se você decidir fazer no próprio dia e tiver pouco tempo, pode deixar de molho por no mínimo uma hora de molho na água quente. Depois é só seguir o tempo certo de cozimento de cada uma delas, que varia bastante e usar a sua criatividade na cozinha. Bom apetite.

Fonte: Paladar - Estadão

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