segunda-feira, 4 de maio de 2015

Exclusivo : Oferta de produtos nas centrais de abastecimento irão diminuir e os preços aumentarão


                           
 
Essa é a conclusão de um estudo elaborado pela CeasaMinas, com base na movimentação de hortifrutigranjeiros nos mercados e nos estudos do DIEESE. O tomate, batata e cebola devem puxar essa tendência, calculam os técnicos. Oligopólio formado por produtores de Santa Catarina dificultam baixa nos preços da cebola. Enquanto isso, frutas como a laranja pêra e a banana prata, maçã, terão os preços recuados.

A central de abastecimento de Minas Gerais vem se destacando na elaboração de relatórios econômicos importantes que estão servindo para traçarmos um norte em relação aos preços dos produtos, e também em relação a quantidade de hortifrutigranjeiros que chegam a esses mercados. A CeasaMinas está substituindo e muito bem a Ceagesp, maior central da América Latina, que todos os meses publicava o seu Índice de Preços e deixou de publicar sem qualquer justificativa. Ambas são federais. Cabe aqui destacar que, depois de um incêndio provocado por vândalos, a Ceagesp não foi mais a mesma em divulgação e análise de preços para o mercado. Ficando apenas a tabela pura e simples. Até o Blog Qualidade foi tirado do ar.

O documento aponta também que os fatores climáticos desordenados, como as secas intensas e as chuvas demasiadas, junto com o fator entressafra, estão pressionando os preços do mercado paulista. Ele tem como base pesquisa do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sócio-Econômicos).

No balanço, que estuda a movimentação de cargas na Ceasa de Minas, no período compreendido entre 2014 e 2015, no caso do tomate longa vida, proporcionou uma queda de 15,26% nos preços, no período de um ano; e 15%, entre fevereiro e março últimos.

As maiores quedas de preços no ramo das chamadas hortaliças fruto foram verificadas nos preços do chuchu (34,06%), em 12 meses; e 67,03% entre fevereiro e março; abóbora italiana, 8,14% e mais 29,46% (fevereiro/março); quiabo 47,66% e 46,41% (fevereiro/março); milho verde, 34,55% e 5,26% (fevereiro/março)

Altas consideráveis

No caso da batata lisa não houve queda no preço. O índice verificado em um ano foi de 10,32% entre 2014 e 2015, em média, e mais 3,47% entre fevereiro e março de 2015. A cebola amarela teve uma alta muito concentrada em Minas Gerais, indicando 66,14% no período de um ano e mais 18,54%, entre fevereiro e março.

A cenoura, que tinha registrado aumento de 38,53% em seu preço, no período 2014/2015, apresentou queda de 4,43% (fevereiro/março). O alho importado vem mantendo sua tendência de alta: 48,34% (2014/2015) e 7,82% (fevereiro/março); o alho brasileiro, 22,05% (2014/2015) e mais 7,82% (fevereiro/março).

Esses aumentos de preços não foram por falta de produtos. No caso da batata houve aumento da oferta (17.492 toneladas), ou seja, 18% no período de 12 meses, e mais 22% (fevereiro/março). A cebola amarela (7.075 toneladas), superando em 15% a oferta em igual período de 2014, e mais 19% (fevereiro/março). Em relação aos preços da cebola, o documento distribuído pela CeasaMinas culpa os produtores de Santa Catarina, mas precisamento do Vale do Itajaí, que formaram uma espécie de oligopólio dificultando a negociação de preços.

Frutas brasileiras

O limão Tahiti sofreu reajuste de 39,71% nos preços, no período de doze meses, aumentando mais 6,47% no ciclo fevereiro/março de 2015. O mamão Havaí seguiu atrás na mesma alta, marcando 49,26% (2014/2015) e mais 52,63% (fevereiro/março).

Mas o melão teve grande queda, registrando - 50,73% em seu preço no igual período de um ano, e mais 46,56% (fevereiro/março). Outras quedas foram em relação à laranja pêra (-18,35%), em doze meses, e mais -8,25% (fevereiro/março); maçã, - 26,79% (2014/2015) e - 8,25% (fevereiro/março); banana prata (-13,90%) e - 7,69% (fevereiro/março); melancia, que vinha de alta nos preços, acusando + 13,25%, em um ano, acusa agora queda de - 8,74% (fevereiro/março).

Em relação à laranja pêra, o documento esclarece que teve uma oferda robusta da fruta (10.029 toneladas), que pressionou a cotação de preços no entreposto mineiro. As laranjas vieram em grande quantide de Piracicaba, Campinas e São José do Rio Preto,  regiões produtoras paulistas. Os EUA também tiveram problemas com a produção do suco de laranja com a queda de rendimento das lavouras da Flórida, pressionando os preços na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

No caso da banana prata, o aumento foi de 22% na quantidade oferecida no entreposto mineiro (7.018 toneladas), no período de um ano, e mais 27% (fevereiro/março). A demanda pelo produto está desaquecida, forçando para baixo os preços, bem como o aumento da produção vindas do Norte de Minas e do Sul da Bahia.

Já a maçã brasileira teve elevação da oferta em 16%, entre 2014 e 2015, e mais 39% (fevereiro/março), o que, de acordo com o documento, já era esperado pelos produtores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Pêras e ovos

Entre as frutas importadas, a pêra teve queda de 13,45% no preço médio, entre março e fevereiro de 2015, com a circulação do produto aumentando em 34% no período de um ano (1.764 toneladas) e mais 54% (fevereiro/março).

No caso do ovos, os preços subiram 7,10% em um ano, e mais 5,54% no período de fevereiro/março, apesar do aumento da produção que chegou ao entreposto mineiro (5.134 toneladas); significando 35% de aumento no período de um ano e mais 27% (fevereiro/março).

A Semana Santa aqueceu a demanda que sobrepujou a oferta de ovos que chegaram do Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

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